Deus me Dibre
·23 de junho de 2024
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O lateral-esquerdo Marlon atendeu a imprensa na zona mista após o jogo diante do Bahia, na Fonte Nova, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Cruzeiro foi goleado por 4 a 1 e a derrota se desenhou após a sua expulsão, em lance que dividiu a bola com Gilberto, lateral do Bahia, e acabou deixando o pé alto. O árbitro Paulo Belence Alves dos Prazeres foi chamado pelo VAR e, após revisão, decidiu pela expulsão do atleta.
Foi a segunda expulsão do jogador em nove jogos do Brasileiro e num intervalo de quatro jogos. Marlon também foi expulso em duelo contra o São Paulo, no Morumbi, pela 7ª rodada do Brasileiro. Naquela oportunidade, o Cruzeiro perdia por 1 a 0 e era melhor na partida, até a expulsão do lateral aos 38′ do primeiro tempo. A Raposa acabou derrotada por 2 a 0.
Em entrevista na zona mista, Marlon expressou sua posição de forma franca e determinada ao abordar as críticas recebidas após o incidente com Gilberto no jogo. Ele enfatizou seu histórico disciplinado ao longo do Campeonato Brasileiro anterior, destacando sua tentativa de evitar o choque, apesar do desfecho infeliz. Além disso, ressaltou a amizade com Gilberto e seu compromisso em manter-se profissional, mesmo diante das críticas inevitáveis.
“Eu não sou um jogador maldoso. Joguei o Campeonato Brasileiro todo do ano passado e tomei seis cartões amarelos, não foi expulso nenhuma vez. O Gilberto é meu amigo fora do futebol e de profissão, ele mesmo no lance disse que não foi por querer. Ele chegou antes na bola e eu parei pra me proteger, tento recolher a perna mas a dele acaba pegando. É muito difícil porque como falei, no momento onde você é expulso duas vezes em sequência sei que o Marlon será jogado nas covas dos leões agora, sou um cara profissional e tenho minha batalha mental contra isso. Vou receber duras críticas mas vou seguir fazendo meu trabalho, seguir procurando evoluir para ajudar o Cruzeiro. Independente do que acontecer sei meus valores, que sou um jogador que procura ajudar, trabalhar e nunca sumi de qualquer situação.”
Sobre a reincidência num curto intervalo de tempo, o jogador reconheceu a gravidade da entrada contra o São Paulo e a natureza controversa do lance atual, onde afirmou ter tentado evitar o contato, mas sem sucesso devido ao movimento adversário. Expressando sua preocupação com as possíveis consequências disciplinares, Marlon manifestou confiança em não receber uma punição severa, destacando sua integridade como jogador e sua determinação em contribuir positivamente para o Cruzeiro:
“Não fui expulso contra o São Paulo nem hoje por querer. Contra o São Paulo dei uma entrada dura realmente e reconheci que era pra expulsão. Hoje não estou dizendo que não era pra expulsão, mas eu vou e paro na jogada só que o cara chega antes, tento tirar a perna mas a dele vem em direção ao meu pé. Claro que o clube deve tomar uma atitude, seja financeiramente ou me deixa fora de alguns jogos. Espero não pegar mais de um jogo por isso porque não sou um atleta maldoso. No momento que a situação está difícil, vamos dizer que tenho o apoio dos colegas, mas é o Marlon sozinho tendo esse dilema profissional. Quando as coisas não estão fáceis, muitos criadores de opinião se aproveitam disso, sei das minhas virtudes, do meu profissionalismo e tenho casca suficiente para lidar com as críticas e saber que tenho que fazer meu trabalho e tenho condições de ajudar o Cruzeiro.”
Com a expulsão, o jogador já é um desfalque do Cruzeiro para o duelo contra o Athlético, na próxima quarta-feira (26). Para a lateral esquerda, o técnico Fernando Seabra tem a disposição o jovem Kaiki e o zagueiro Lucas Villalba, que vem sendo utilizado pelo comandante no setor.