Mancini não vê renascimento com três clubes da Serie A nas quartas da Champions: “Usam poucos italianos” | OneFootball

Icon: Trivela

Trivela

·20 de março de 2023

Mancini não vê renascimento com três clubes da Serie A nas quartas da Champions: “Usam poucos italianos”

Imagem do artigo:Mancini não vê renascimento com três clubes da Serie A nas quartas da Champions: “Usam poucos italianos”

Roberto Mancini não perde uma oportunidade de criticar a baixa utilização de jogadores italianos pelos clubes da Serie A e a classificação de três deles para as quartas de final da Champions League foi mais uma. Na opinião do técnico da seleção, o sucesso na competição continental não significa o renascimento do futebol italiano porque poucos jogadores nascidos no país estão sendo utilizados por Milan, Internazionale e Napoli.

É a primeira vez desde a temporada 2005/06 que três clubes da Serie A se colocam entre os oito melhores da Champions. E realmente eles usam poucos italianos. O Milan tem Sandro Tonali como titular incontestável, e Davide Calabria jogava muito antes da mudança para três zagueiros – e quando não estava machucado. Matteo Gabbia e Tommaso Pobega participam da rotação, mas com menos minutos.


Vídeos OneFootball


A Internazionale tem Nicolò Barella, Alesandro Bastoni, Francesco Acerbi e Federico Dimarco entre seus principais jogadores e também dá oportunidades para Roberto Gagliardini, além dos veteranos Matteo Darmian e Danilo D’Ambrosio. O garoto Raoul Bellanova tem jogado pouco desde que chegou do Cagliari.

Líder da Serie A, o Napoli tem o goleiro Alex Meret e o lateral direito Giovanni di Lorenzo como seus jogadores mais utilizados. Depois, os italianos com mais tempo em campo são Matteo Politano e Giacomo Raspadori, que está machucado, mas nenhum dos dois é titular absoluto.

“Se você olhar para os três times da Champions League, eles têm sete ou oito italianos no total. Eu não acho que é muito. Não podemos reclamar. Essa é a realidade e precisamos fazer alguma coisa diferente. Em alguns jogos de base, não há nenhum jogador italiano. O futebol italiano não renasceu por causa disso. Talvez o de clubes. Se houvesse 33 italianos em campo, talvez, mesmo 50% seria suficiente”, afirmou Mancini.

Uma coisa de diferente que Mancini faz é convocar jogadores antes de eles se estabelecerem no time principal. Em sua última convocação, para enfrentar Inglaterra e Malta pelas Eliminatórias da Eurocopa, chamou o garoto Simone Pafundi, de apenas 17 anos, que até já estreou pela seleção adulta entrando no fim do amistoso contra a Albânia no último mês de novembro.

“Eu acredito que jogadores fenomenais emergem da América do Sul, Argentina e Brasil, onde garotos jogam nas ruas. Isso não acontece na Itália. Isso é um problema. Eu não sei sobre técnicos. Acho que técnicos italianos são todos bem preparados. Eu acho que as crianças precisam ir a campo e se divertir. Isso leva tempo. No momento, não há novos talentos na Itália. Há quatro ou cinco jogadores que deveriam jogar pela seleção”, disse.

Mancini questionou por que nenhum clube da Serie A contratou Wilfried Gnonto, 19 anos, que trocou o Zurique, da Suíça, pelo Leeds, da Inglaterra. “Ele poderia ter ido para Fiorentina, Sampdoria, poderia ter jogado por qualquer time, mas ele é titular na Premier League. Tem um jogador italiano na liga holandesa. Há jogadores por aí. Se você lhes der uma chance, pode encontrar alguns, mas neste momento esta é a situação”, afirmou.

A principal novidade da lista de Mancini foi Mateo Retegui, argentino de nascimento com nacionalidade italiana que defende o Tigre, do seu país natal. “Anos atrás, eu disse que jogadores que nasceram na Itália deveriam jogar pelo time nacional, mas o mundo mudou. Toda seleção da Europa e do mundo geralmente têm jogadores de fora ou originalmente de outras nações. Temos jogadores que estiveram conosco nos times de base, mas foram para seus países no time principal. Southgate (técnico da Inglaterra) reclamou da mesma coisa, mas nossa situação é ainda pior”, reclamou.

Saiba mais sobre o veículo