Malen rouba a cena e municia colegas na suada vitória do Dortmund contra o Hoffenheim | OneFootball

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Trivela

·22 de janeiro de 2022

Malen rouba a cena e municia colegas na suada vitória do Dortmund contra o Hoffenheim

Imagem do artigo:Malen rouba a cena e municia colegas na suada vitória do Dortmund contra o Hoffenheim

Se alguém ainda achava que Donyell Malen não havia estreado pelo Borussia Dortmund como deveria, essa impressão foi estilhaçada neste sábado (22), na partida contra o Hoffenheim, pela Bundesliga. Os aurinegros venceram por 3 a 2, em um jogo bastante suado, e o holandês decidiu a parada com três assistências.

Aos 22 anos, o holandês custou 30 milhões de euros ao Borussia no início da temporada. Vindo do PSV, clube com o qual viveu grande fase como destaque do time, Malen carregou em seus primeiros meses na Alemanha o peso de substituir o talentosíssimo Jadon Sancho, negociado com o Manchester United. Mas a adaptação não foi fácil e a subida de nível da concorrência dificultou a arrancada do atacante.


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Chama que ele dá o passe

Pelo menos até hoje, claro. Embora não tenha entregado gols, Malen foi o garçom em uma noite bastante complicada para o Dortmund. Diante de um Hoffenheim que costuma importunar seus adversários em Sinsheim, na ProZero Arena, a missão do Borussia até que começou bem. Aos seis minutos, deu a lógica: Erling Haaland abriu o placar após uma triangulação fantástica na entrada da área, envolvendo Malen, Raphael Guerreiro, Jude Bellingham e o norueguês. O gol fluiu naturalmente entre a defesa do Hoffenheim e Haaland, sozinho na pequena área, só precisou tocar para as redes.

O problema é que o Dortmund não soube manter o controle sobre o adversário e passou a ser pressionado já em sua saída. O sufocamento promovido pelo Hoffenheim tirou espaços e gerou contragolpes rápidos. Ainda no primeiro tempo, ficou claro que o Borussia levaria o gol, como em qualquer rodada comum. E ele veio segundos antes do intervalo, em jogadaça de Ilhas Bebou, que desceu até a linha de fundo pela direita e cruzou. A bola passeou pela área e encontrou Andrej Kramaric para a finalização no canto da meta de Gregor Köbel. Um golaço de centroavante aqui, outro lá.

Quase sem querer

A equipe de Marco Rose parecia satisfeita com o resultado e voltou um pouco desligada na segunda etapa. O Hoffenheim, por outro lado, forçou bastante os lançamentos longos e as infiltrações pelo meio. Além de reter a posse, o time mandante esteve bem mais perto de marcar o segundo gol, tanto pela postura quanto pelo tempo que o Borussia dava para que o adversário decidisse o destino da jogada. Como o futebol costuma ser bastante traiçoeiro, aconteceu exatamente o contrário.

O Dortmund desceu de forma aguda e Marco Reus fez a de camisa 9 para contar com a falha de seu marcador. Malen, novamente, achou uma linha quase impossível, viu o defensor do Hoffenheim errar o tempo do bote e a bola sobrou limpa para Reus completar. Foi provavelmente o gol menos merecido que o Borussia fez em muito tempo. Ainda assim, o Hoffenheim era melhor e a circunstância era meramente acidental. Mas apenas levar perigo não conta muito, o que vale é a bola na rede.

Aos 20′, veio o terceiro e duro golpe na autoestima dos donos da casa, com gol contra de David Raum. Adivinha quem fez o passe? Ele mesmo, Malen. Em pouco mais de cinco minutos, os aurinegros tiraram dois tentos da cartola, o que pareceu difícil de digerir por parte da torcida local em Sinsheim. Mas é assim que é o esporte. Até o apito final, foi um verdadeiro bombardeio na defesa do Dortmund, que não esteve em seus dias mais confiáveis. Georginio Rutter, que já havia perdido um gol claro na primeira etapa, se redimiu e deixou o seu, aos 32 minutos.

Falta de pontaria é dose

A apreensão do Hoffenheim ficou visível, e a frustração também. No fim, a ineficiência ofensiva acabou limitando o que poderia ser uma grande reação. Dos 16 chutes, apenas três foram na meta de Köbel. O desespero talvez tenha impedido que Kramaric e sua turma dessem um toque mais inteligente às ofensivas. Esses detalhes e caprichos costumam ser decisivos em uma partida. Quando o relógio se aproxima do fim e até o seu goleiro sobe para a área, é um sinal de que nada adiantou. Contudo, não foi dessa vez que o Dortmund acabou punido nos instantes derradeiros.

No domingo, o Dortmund seca o Bayern, que pega o Hertha para tentar manter em três pontos a diferença na tabela. Líderes, os bávaros não devem ter tantas dificuldades no confronto. Para o Borussia, foi um sábado feliz. Se a proposta é jogar de maneira agressiva e o time trava, mas consegue obter o resultado desejado, é um bom sinal de que talvez as coisas possam dar certo apesar das adversidades encontradas. Arrumar a defesa, no entanto, é uma preocupação para Marco Rose, que até agora não achou uma forma de levar menos gols. A muralha amarela precisa ser mais muralha. E logo.

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