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·28 de março de 2021
Luvas de ouro: goleiros que marcam história nas redes de clubes brasileiros

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·28 de março de 2021
Em um mercado da bola onde impera o famoso “troca-troca” das equipes, você já imaginou completar a marca de 250 jogos com a camisa de uma equipe? Pois esse foi justamente o feito alcançado pelo goleiro Wilson, do Coritiba. Assim, a marca foi celebrada na última terça-feira (23), na partida de estreia do Coxa no Campeonato Paranaense. Contudo, a data, que já era especial para o camisa 84, ficou ainda mais com o resultado e a atuação dele em campo. Isso porque o guarda-redes ainda pegou um pênalti e ajudou o Coritiba a vencer e ganhar seus primeiros três pontos.
E essa marca só vem para sacramentar o talento do atleta e justificar porque ele é ídolo no clube paranaense. Wilson chegou no time em 2015 e possui uma brilhante carreira na trave verde e branca. Além de colecionar defesas importantes e ser o capitão e a força da equipe, o atleta também tem outros destaques. Isso porque ele é um goleiro-artilheiro, como Rogério Ceni. Para os que não sabem, Wilson é um dos cobradores oficiais de pênaltis do Coritiba, o que é uma de suas especialidades. Versátil não? Já não se veem tantos atletas assim.
Mas, o goleiro do Coxa não é o único goleiro que enche sua torcida de orgulho por virar praticamente a cara e a garra do clube. Outros guarda-redes também compartilham dessa relação de amor pleno pela camisa de um time. Aliás, a lista com os atletas que mais atuaram com a mesma camisa tem números impressionantes, que ultrapassam a marca de 1000 partidas. Já imaginou? Então, veja a seguir uma lista dos goleiros que acumulam mais jogos por um mesmo time:
Quando falamos em amor e identificação com uma equipe de futebol não tem como não falar dele: Rogério Ceni. Você pode até não ser são-paulino, mas não tem como não admirar a relação de paixão do goleiro com o clube. E não só isso. Além de fazer belas e importantes defesas, ser um exemplo de goleiro artilheiro com gols de falta inesquecíveis, Ceni também era um líder dentro da equipe e um suporte para os jogadores menos experientes. Ao todo, o atual técnico do Flamengo fez 1237 jogos pelo São Paulo, entre 1993 e 2015. Isso sem contar o número de títulos conquistados com o Tricolor. O mais importante, com certeza, a campanha inesquecível de 2005 com a conquista do tricampeonato mundial.
Depois de Ceni, quem vem em segundo lugar com mais jogos pela mesma equipe é outro craque: Fábio. Pelo Cruzeiro já foram 923 partidas, isso contando somente até o fim da temporada passada. Em todos esses jogos sobraram talento e defesas espetaculares em momentos importantes e decisivos. Ainda, o jogador possui mais de 10 títulos com a camisa da raposa mineira. Assim como, Fábio viveu a crise que rebaixou o clube e permaneceu no time para lutar pelo acesso a Série A do Brasileirão. Quanta história não é mesmo?
Em terceiro, mas não menos importante, vem Cássio, do Corinthians, que comemorou a marca de 500 jogos pelo time paulista em 28 de janeiro deste ano (atualmente está com 511). Não precisamos discutir a qualidade técnica do guarda-redes que já foi destaque inclusive pela Seleção. Afinal, seu currículo de títulos prova sua importância para o Timão. Assim, o goleiro tem nove triunfos conquistados: Mundial de Clubes (2012), Libertadores (2012), Recopa Sul-Americana (2013), Paulistão (2013, 17, 18 e 19) e Brasileirão (2015 e 17).
É fato que não é fácil a profissão de guarda-redes. Aliás, é até injusta muitas vezes. Afinal, a cobrança e exigência são máximas, não se perdoa falhas e sobram críticas. Porém, um goleiro é uma peça fundamental num time. Não apenas por defender o gol e organizar o setor defensivo, mas também por seu papel ofensivo, ao ser uma peça importante para se iniciar uma jogada, ou dar uma virada em uma partida.
Além disso, goleiros são presença marcante em um time e, em sua maioria, usam também a braçadeira de capitão e são referência para o elenco e a torcida. Por isso, acredito, os brasileiros devem valorizar mais nossos goleiros e goleiras. Craque não é apenas quem faz gol de placa, drible ou cavadinha. Craque também é quem esbanja raça e força defendendo uma trave. Ídolo não é somente quem veste camisa 10, 9 ou 7. Mas também quem veste a número 1 ou a 12, é quem tem futebol correndo vivo nas veias, independentemente da posição em campo.
Foto destaque: Divulgação/site oficial Coritiba