Leonino
·16 de novembro de 2024
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Luís Mateus, editor-executivo do jornal ‘A Bola’, assinou uma coluna de opinião onde refletiu, e apontou alguns dedos, acerca da situação que vive o Sporting com João Pereira, nomeadamente perante a queixa feita pela ANTF contra o exercício do novo treinador dos leões.
“Ouvimos falar muito da Associação Nacional de Treinadores (ANTF) quando um jovem técnico chega a um clube e não tem as qualificações certas para trabalhar. Então, repete-se o habitual: a ANTF não reconhece X como técnico principal do clube Y. Aconteceu com Ruben Amorim (...) e agora com João Pereira (...) que já sabe que raras indicações poderá dar a partir do banco e que um dos seus adjuntos terá de fazer de conta que é o boss em múltiplas ocasiões" começou por escrever.
Luís Mateus prossegue: “A posição da ANTF, apesar de rígida, nasce da ideia legítima e fundamental de proteger o jogo de profissionais de menor qualidade, filtrando-os. Traduzindo por uma linguagem mais comum, estipula que só se pode entregar as chaves do automóvel, seja uma 4L ou um Ferrari, a quem possua carta de condução. No entanto, o organismo deverá igualmente colocar em perspetiva que uma licença para conduzir dura poucos meses e não anos a alcançar”.
“No caso de Ruben Amorim, se o atual treinador do Manchester United estivesse limitado a realizar o curso em Portugal, a brilhante e histórica passagem pelo Sporting ainda não teria acontecido, se é que alguma vez existiria. Poderia entretanto ter desistido ou se tornado noutra coisa qualquer”, explica, em clara crítica à ANTF pela sua postura.
“Como já escrevi, não consigo dizer se João Pereira é ou não um bom treinador, ou sequer se virá a sê-lo mais tarde. É, obviamente, um risco para o Sporting. Contudo, este não desapareceria com o curso UEFA Pro ou qualquer outro e, mesmo que o projeto falhe, terá de persistir a dúvida sobre o contexto”, concluiu Luís Mateus.
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