Fogo Na Rede
·24 de junho de 2022
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·24 de junho de 2022
Em entrevista coletiva nesta sexta, no Espaço Lonier, Luis Castro não mediu palavras para reclamar da estrutura encontrada no Botafogo. Segundo o profissional, é preciso melhorar as condições de trabalho dos atletas para que performem em campo.
– Nos meus 60 anos a ambição permanece igual à do menino que jogava bola na rua com 11 anos. Sou muito competitivo, detesto perder, isso tem guiado minha vida, a forma como olho para o meu dia a dia. É o que tento transmitir aos meus jogadores. Quero muito que minha equipe tenha sucesso. Estamos reunindo condições para ter sucesso. Há algumas de forma mais prática, mais visível, e outras de forma teórica. De forma prática, temos um elenco forte emocionalmente, que quer muito vencer, uma torcida que se entrega ao jogo, está presente para o bem e para o mal, é exigente, mas participativa, staff que quer ganhar.
Sem qualquer pudor, Luis Castro também disparou contra a infraestrutura do Botafogo.
– O lado prático é que temos esse campo de treinamento com piso duríssimo que é bom para estacionar carros, mas temos que trabalhar lá, nos causa problemas. Não temos um CT nas condições minimamente para o dia a dia, uma academia (base) longe de nós, quero ter mais perto porque o mercado não vai nos dar o que queremos para o elenco. Para mim é um prazer enorme desenvolver jogadores e inseri-los no meu grupo de trabalho, para fazerem carreira e o clube tirar o máximo deles. Isso é uma organização, uma estrutura que queremos ver mais perto de nós. Ainda estão distantes, não conhecemos alguns dos líderes dos departamentos porque não temos infraestrutura. Essa é a parte prática, o projeto, é o que deve preocupar. Perder para o Avaí sou eu, mas tem que se preocupar é com isso. Quero muito atingir o que o Botafogo quer, mas faltam muitas condições ainda, as pessoas têm que estar muito conscientes. Não é por acaso que se fala em projeto, é algo para se fazer no tempo, com prazos. Temos muito a andar. Vamos passar por dificuldades no caminho, não só aquela do jogo com Internacional, de ficar com 10 de forma muito injusta. É uma dificuldade tão grande quanto a que tenho aqui, de problemas físicos constantemente. Não vou me defender, saio quando tiver que sair. Um treinador chega a um clube, quando descobre os problemas e vai resolver, é mandado embora e vem outro. Quando o outro percebe os problemas e vai resolver, vai embora. O problema fica, vão os treinadores. É assim – finalizou.
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