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Luiz Signor·20 de abril de 2020
Luan Polli teve paciência para atingir status atual no Sport

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Luiz Signor·20 de abril de 2020
Luan Polli foi contratado pelo Sport em julho de 2018 para ser, em um primeiro momento, o terceiro goleiro. Esperou, trabalhou e, um ano e três meses depois, virou titular. Condição que carregou para a temporada atual. E se destacando no gol do Leão.
Revelado nas categorias de base do Figueirense, escolheu a posição como uma homenagem ao pai, “Seu” Nevílson, que atuava no gol dos times de várzea da cidade de Meleiro, Santa Catarina. Escolha feita aos oito anos, já após a morte do pai.
Luan teve passagem pelo Flamengo. Era para atuar no time sub-20, mas chegou a entrar em campo com a equipe principal. Voltou ao Figueira, foi reserva de Volpi, hoje no São Paulo, e, depois, de Alex Muralha.
Passou pelo Boa Esporte, onde teve um período como titular e acabou prejudicado por uma lesão quando defendeu o Naxxar Lions, de Malta. Era para brilhar no Sport.
“Sem dúvida, o período mais marcante da minha vida tem sido no Sport. Foi o clube em tive a ascensão profissional que a gente busca e mais espaço para mostrar meu futebol. Foi o lugar em que tive mais oportunidades e consegui, realmente, desempenhar tudo aquilo que eu trabalhei e trabalho todos esses anos”, disse o goleiro de 27 anos, em entrevista exclusiva ao Onefootball.
A trajetória no Leão não foi fácil, já que tinha Magrão e Mailson como concorrentes. Após a saída do ídolo leonino, virou o reserva imediato. Até ter a sequência que tanto esperava já na reta final da Série B do ano passado com a lesão sofrida por Mailson.
“Foi uma trajetória de muito empenho, de muita dedicação e muita luta. Até porque eu sabia que tinham grandes goleiros na minha frente, Magrão e o Mailson, que estava em ascensão. Sempre lutando, me dedicando, me esforçando ao máximo, pois sabia que uma hora a oportunidade ia chegar e eu tinha que estar preparado”, destacou o jogador, antes de completar:
“Quando chegou o meu momento eu aproveitei a oportunidade e continuo me dedicando e me empenhando para continuar essa trajetória como titular do Sport”.
A convivência com Magrão durou cerca de um ano. E ter o maior vencedor da história leonina – em 14 anos foram 731 jogos e dez títulos conquistados – ao lado fez a diferença para Luan.
“A convivência com o Magrão era das melhores. O Magrão é um cara excepcional, muito íntegro e humilde. Ele nos dava muitos conselhos. Posso dizer que ele é um amigo que tenho muito orgulho de tê-lo na minha vida e na vida da minha família”, disse o atual titular rubro-negro, que carrega muita responsabilidade:
“É um desafio muito grande substituir um ídolo. Não só para mim, mas para o Mailson também foi assim. O peso que a camisa do Sport em si tem, por ter sempre grandes goleiros, como foi a história do Magrão, é uma responsabilidade muito grande. Se Deus quiser, espero conseguir realizar um pouco do que o Magrão fez para o Sport”, completou.
Foto: Anderson Stevens/Sport Club do Recife