Liderando a Ucrânia na Euro, Yarmolenko lembra o jogador que as lesões o têm impedido de ser | OneFootball

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·17 de junho de 2021

Liderando a Ucrânia na Euro, Yarmolenko lembra o jogador que as lesões o têm impedido de ser

Imagem do artigo:Liderando a Ucrânia na Euro, Yarmolenko lembra o jogador que as lesões o têm impedido de ser

Pelo talento que sempre exibiu, Andriy Yarmolenko até demorou para se mudar para um grande centro do futebol europeu. Saiu do Dínamo de Kiev aos 27 anos para substituir Ousmane Dembélé no Borussia Dortmund. O pulo, porém, não deu muito certo. Desde então, Yarmolenko tem sido um jogador de espasmos de brilhantismo intercalados com períodos de oscilação e principalmente problemas físicos. Mas a Eurocopa tem sido interessante para mostrar o que ele ainda pode ser: um jogador decisivo.

Durante quanto tempo e com qual regularidade é que é a questão. Após 340 jogos pelo Dínamo Kiev em 11 temporadas, Yarmolenko não tem conseguido ficar muito tempo em campo. Pelo Borussia Dortmund, foram apenas 26 jogos. Teve uma lesão no pé em fevereiro daquela temporada que o deixou afastado por dois meses. E foi repassado sem muita cerimônia para o West Ham.


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“Não costumo ficar ofendido, mas não gostei da maneira com que eles se livraram de mim. Eu acredito que o Dortmund é um grande clube e deveria receber muito respeito dos jogadores. Eu não gostei de muitas coisas no Dortmund. Em comparação com a Inglaterra, os jogadores têm uma atitude muito melhor”, disse, em entrevista ao Sport.ua, em setembro de 2019.

Àquela altura, Yarmolenko estava no West Ham há uma temporada e mal tinha defendido seu novo clube. Fez as nove primeiras rodadas da Premier League de 2018/19 antes de romper o tendão de Aquiles e perder todo o resto da campanha. Uma lesão nos adutores o fez ficar afastado de mais três meses em 2019/20. No último ano, contraiu coronavírus em novembro e teve um problema no joelho que praticamente encerrou a sua participação em fevereiro.

A situação dele para a Eurocopa era parecida com a de Konoplyanka, outro jogador importante da seleção ucraniana que também deu uma passadinha em centros mais ricos do continente sem tanto sucesso. Retornou à Ucrânia para defender o Shakhtar Donetsk, após jogar por Schalke 04 e Sevilla. Ao contrário de Yarmolenko, ele não conseguiu se recuperar a tempo e ficou fora da lista de Andriy Shevchenko.

Yarmolenko estava sem ritmo de jogo, com apenas 17 minutos em campo pelo time principal do West Ham desde fevereiro, mas pelo menos teve esse retorno mais concreto e ficou no banco de reservas em outras rodadas. Também fez um jogo completo pelo sub-23 em maio para testar o seu físico. Acabou sendo uma decisão acertada de Shevchenko porque, após duas rodadas, ele tem sido o principal jogador da Ucrânia.

Contra a Holanda, fez o que o craque do time tem que fazer. Após levar dois gols em sequência, o jogo parecia decidido quando ele pegou a bola pela direita, levou à perna esquerda e acertou um chutaço no ângulo do goleiro Stekelenburg. Foi a injeção de ânimo que os ucranianos precisavam para acreditar novamente. Chegaram até a empatar antes de sofrerem o gol de Dumfries nos minutos finais.

Nesta quinta-feira, a vitória sobre a Macedônia do Norte passou pelos seus pés. Ele marcou o primeiro gol ao aparecer na segundo trave para aproveitar o desvio de letra da Karavaev, em jogada de escanteio gerada pelo próprio Yarmolenko no jogo anterior, e depois deu um tapa de primeira para deixar Roman Yaremchuk na cara do gol para o segundo gol.

Ele não deu muitos toques na bola, mas foi eficiente. O único passe para finalização se tornou uma assistência e os dois chutes certos que conseguiu acabaram construindo a jogada do primeiro gol – o que cavou o escanteio e depois o que botou a bola na rede. Saiu aos 25 minutos da etapa final, momento em que a Macedônia do Norte já estava mais engraçadinha na partida, em busca do empate.

A Ucrânia se segurou e tem condições de se classificar até como segunda colocada. O confronto direto contra a Áustria na última rodada será crítico. Yarmolenko precisará novamente mostrar o que sabe fazer e deixar o torcedor do West Ham imaginando o que os três últimos anos poderiam ter sido caso eles pudessem contar mais com ele dentro de campo.

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