Gazeta Esportiva.com
·11 de setembro de 2024
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Forte, firme e no alto: um chute carregado de desejo de vingança de James Rodríguez deu à Colômbia a vitória sobre sua carrasca Argentina, um impulso rumo à Copa do Mundo de 2026.
Por trás da cobrança de pênalti do camisa 10, que selou o triunfo de 2 a 1 de terça-feira em Barranquilla, estava a dor de ter perdido a final da Copa América para os argentinos em julho.
Com essa pequena revanche, a seleção colombiana se impôs em sua trajetória rumo ao Mundial nos Estados Unidos, México e Canadá, ao qual o técnico Néstor Lorenzo não quer chegar simplesmente como um dos 48 classificados.
Vencer a Argentina foi “perceber que é possível, estabelecer um teto alto e chegar a esse nível”, disse o treinador em entrevista coletiva.
Lorenzo se nega a falar sobre as lições aprendidas com as derrotas e prefere focar no valor das vitórias.
“Acredito que uma equipe cresce quando consegue uma vitória importante. Em que sentido? Ela sabe o que tem que fazer para vencer”, acrescentou.
Com os resultados da rodada dupla de setembro das Eliminatórias (além do empate em 1 a 1 com o Peru, em Lima), a Colômbia superou o Uruguai na tabela e é agora a segunda colocada com 16 pontos.
Apenas a Argentina (18), a número 1 do ranking da Fifa, está acima no caminho rumo à Copa de 2026.
Apesar da derrota na Copa América, Lorenzo insiste no objetivo de fazer com que a Colômbia tenha condições de desafiar os maiores.
Desde que ele chegou ao comando da equipe, em meados de 2022, a seleção colombiana derrotou Brasil, Alemanha e Argentina em jogos oficiais e amistosos, e empatou com a Espanha, que mais tarde se sagraria campeã europeia.
A ideia é “disputar com os melhores” e “estar à altura”, acrescentou o treinador na terça-feira, sorrindo por ter derrotado o seu colega campeão mundial, Lionel Scaloni.
“Acho que para vencer o melhor time da atualidade não tem um segredo, acho que é preciso fazer muitas coisas bem”, comemorou.
James Rodríguez e outros jogadores no limbo de clubes antes da chegada de Lorenzo concordam com a ideia de continuar a crescer sob a premissa de que a Colômbia pode sempre estar entre os favoritos.
“Nada mais bonito do que vencer as grandes seleções”, comemorou o meia Richard Ríos em entrevista à imprensa.
Com o apoio de Lorenzo e após o gol contra a Argentina, James tem méritos para ser considerado o jogador mais importante da história da seleção colombiana.
Com quase metade das Eliminatórias concluídas, uma equipe que tende a incorrer na “Jamesdependência” espera que seu maior destaque seja feliz no Rayo Vallecano, o tradicional apesar de modesto clube espanhol pelo qual ele assinou recentemente após sua participação na Copa América, na qual foi eleito o melhor jogador do torneio.
Seu bem-estar em Madri é fundamental para uma seleção que, com a classificação para a Copa do Mundo, busca uma posição elevada no ranking da Fifa para ser uma das cabeças de chave na Copa da América do Norte-2026.
“Queremos nos acostumar a jogar finais. Hoje foi só mais um jogo, mas contra uma seleção que ganhou tudo. Então (a vitória) tem um gosto ainda melhor”, comemorou James.
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