Lewa: “Jogar no Barça é um incentivo extra que não bota pressão em mim, mas adiciona leveza e renovação” | OneFootball

Robert Lewandowski é um dos grandes personagens da temporada europeia. Depois de fazer história com o Bayern de Munique, o centroavante preferiu mudar de ares e chegou como o símbolo de novos tempos no Barcelona. E, apesar da transferência conturbada, o veterano entrega dentro de campo. Tal mudança interfere em suas perspectivas na seleção e na própria empolgação rumo à Copa do Mundo. Em coletiva de imprensa, o capitão da Polônia ressaltou como a renovação de seu ânimo pode ajudá-lo no Mundial.

“Olhando para a forma como jogamos no Barcelona e para a maneira interessante que o projeto se desenvolve, tenho muitas razões para sorrir e estar feliz. Muito mudou para mim nos últimos meses, mas estou feliz. Estou num momento interessante da minha carreira. O caminho não foi simples, mas estou onde queria estar. Isso é um incentivo extra que não bota pressão em mim, mas adiciona leveza e renovação. É mais fácil jogar com um sorriso agora. A transferência para o Barcelona me deu poder, aumentou meu senso de valor, me fez sentir orgulho e realização”, afirmou Lewandowski.

“Sabia que precisaria decidir partidas e não tinha medo disso. Não esperava que fosse tão tranquilo e que os torcedores já cantassem músicas com meu nome tão rapidamente. Tudo isso faz me sentir como se estivesse no Barcelona há mais tempo. Tudo se encaixou de maneira muito bonita. Falo espanhol melhor, estou aprendendo sobre a cultura e a cidade, adapto minha vida. Há uma experiência interessante que mudou minha perspectiva de vida. É uma lição importante que quero aproveitar ao máximo. Sinto o ar fresco, a oportunidade de trabalhar com outro técnico fantástico. Era o momento certo de mudar”, complementou.

Também sobre o Barcelona, Lewandowski falou sobre o gosto de poder auxiliar um elenco cheio de promessas: “Não me sinto como o mentor dos jogadores mais jovens, mas percebo que eles são mais abertos ao conhecimento, dispostos a conversar e sem vergonha de perguntar. Eu compartilho meu conhecimento e experiência, porque vejo o potencial que eles têm e como podem se desenvolver rapidamente. Vamos lembrar que o Barcelona tem vários jogadores experientes e sou apenas um dos mais velhos num grupo de jovens. Quero ter uma boa relação com todos”.

Lewandowski também detalhou seus sentimentos ao se reencontrar com o Bayern de Munique na Champions League. O centroavante não escondeu que preferia não encarar os antigos companheiros tão rápido e que, de fato, a emoção pesou em sua atuação abaixo da média. Todavia, declarou ter sido um momento importante nessa transição de sua carreira, para deixar a Baviera como parte do passado.

“Para ser honesto, não estava feliz em jogar tão cedo na Allianz Arena. Emocionalmente foi um jogo diferente de qualquer outro, foi muito custoso para mim, teve uma dimensão bem maior que a esportiva. Passei oito anos em Munique, marquei centenas de gols, conquistei todos os títulos possíveis. De repente, precisei competir com meus amigos e colegas. Sou apenas humano, é impossível me afastar disso. Queria, mas havia interrogações na minha cabeça. Emocionalmente, foi o jogo mais duro da minha vida, mas também uma maneira de selar minha história no Bayern. As emoções borbulhavam em mim, queria marcar um gol, mas algo dentro não estava ajudando. É impossível esquecer oito anos em poucas semanas, mas isso agora é passado”, disse.

Apesar da maneira como a saída se desenrolou, Lewa disse não ter problemas com a torcida do Bayern: “Não tinha medo da recepção da torcida. Eu já tinha ido a Munique como jogador do Barcelona e sei o que os torcedores que encontrei nas ruas me disseram. Os torcedores do Bayern são inteligentes quando se trata do que é dito na imprensa. Eles sabem compreender e perceber a verdade. Sabem e se lembram o tipo de pessoa que sou, como eu me comportei, o que eu fiz”.

A Polônia disputa compromissos pela Liga das Nações nesta Data Fifa. A equipe recebe Holanda / Países Baixos em Varsóvia e depois visita Gales em Cardiff. Os poloneses ocupam a terceira posição do Grupo A4, sem mais chances de classificação ao Final Four.