Lenda colombiana e ídolo do Corinthians, Freddy Rincón morre aos 55 anos | OneFootball

A morte do ex-jogador Freddy Rincón, lenda do futebol colombiano e ídolo do Corinthians, foi confirmada no início da madrugada desta quinta-feira (14).

Aos 55 anos, ele não resistiu após sofrer grave acidente automobilístico na última segunda.

O carro onde ele estava bateu em um ônibus na cidade de Cali após avançar um sinal vermelho.

Em um primeiro momento, Rincón precisou passar por uma cirurgia que durou quase três horas. Seguiu em estado crítico, mas não sobreviveu.

Rincón surgiu para o futebol na condição de meia-atacante, fez história ao ser um dos líderes da melhor geração colombiana e se consagrou em solo brasileiro atuando de volante.

Lenda colombiana 🇨🇴

Freddy Eusébio Gustavo Rincón Valencia nasceu em Buenaventura, no dia 14 de agosto de 1966.

Seu início no futebol foi defendendo o Atlético Buenaventura, clube de sua cidade.

Passou pelo Independiente Santa Fe e América de Cali – onde se destacou intensamente – até ser contratado pelo Palmeiras em 1994 – também era alvo do Boca Juniors.

Foi campeão paulista junto com Roberto Carlos, César Sampaio, Zinho, Edmundo e Evair.

Foram apenas seis meses no Verdão até ser cedido ao Napoli durante a pausa para a Copa de 1994. Passou sem sucesso pelo Real Madrid e retornou ao Alviverde em 1996.

E já era uma estrela antes mesmo de chegar ao futebol brasileiro.

A Colômbia disputava a Copa de 1990 após um hiato de 28 anos. Ia sendo eliminada pela Alemanha, que seria a campeã, até os 47 minutos do segundo tempo.

Mas foi graças a um gol seu após um contra-ataque letal orquestrado por Valderrama que os cafeteros se classificaram pela primeira vez ao mata-mata de um Mundial.

O gol “mais gritado em toda a história do futebol colombiano”.

Rincón ainda seria fundamental nas Copas de 1994 e 1998 como um dos líderes de uma Colômbia histórica.

E também fez parte do grupo que tentou levar seu país ao Mundial de 2002.

Se reinventou

Então meia, chegou ao Corinthians em 1997 e, aos 31 anos, se reinventou na função de volante.

Foi o capitão do time no Mundial de Clubes em 2000 e também conquistou o Brasileirão em 1998 e 1999 e o Paulista de 99.

Era líder e referência técnica.

Em duas passagens pelo Timão, ele disputou 158 partidas e marcou 11 gols.

Ainda defendeu Cruzeiro e Santos no futebol brasileiro.

Teve passagens como técnico por São Bento, São José, Iraty e Flamengo de Guarulhos entre 2006 e 2011.

Ainda trabalhou nas categorias de base de Corinthians e Atlético-MG e foi auxiliar no Millonarios em 2019.

Foto de destaque: Shaun Botterill /Allsport