FNV Sports
·25 de novembro de 2019
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A coluna Lado B do Futebol cruzou o Atlântico e foi parar na Eslováquia, mais precisamente em Senica, e conversou com o lateral Gustavo Cascardo do FK Senica. O clube do nosso entrevistado, joga a 1ª divisão do campeonato local e ocupa a 9ª posição na tabela de classificação. Em resumo, em uma conversa agradável, o jogador falou sobre seu início de carreira e sobre sonhos. Por outro lado, contou momentos difíceis no começo e a consagração estando presente de alguma forma no ápice do Athletico-PR.
Primeiramente, aqui no Brasil, Gustavo deu seus primeiros passos no futebol com a camisa da Portuguesa. Mas hoje com 22 anos, ele relembra a rotina saindo de sua cidade, mesmo tendo que chegar na capital para treinar.
Meu começo no futebol foi como a maioria dos jogadores, muito difícil. Fiz minha base toda na Portuguesa, morava em Mogi das Cruzes e acordava 3h da manhã e pegava trem para chegar no treino às 9h, pois era em São Paulo. Em 2015 subi para profissional, fiz um jogo do Campeonato Paulista e quatro no Brasileirão Série C.
Nesse momento de muita dificuldade, relembra que além dele, seu pai o ajudava ao sair de casa. Além disso, Gustavo conta uma história que marca muita até hoje.
Nesse período treinava a tarde na Portuguesa e estudava de manhã. Saia correndo para pegar o trem e não chegar atrasado lá. Meu pai saia de casa com uma marmita e me levava na praça, mas eu tinha muita vergonha de comer sozinho na frente dos outros. Daí ele levava duas marmitas para comer junto comigo e não sentir vergonha. Para mim isso marcou muito, pois ele não precisava levar, poderia comer em casa.
Após uma boa partida contra o Guaratinguetá, no Brasileirão daquele ano, Gustavo foi observado atentamente. Até que surgiu o convite para ir ao Athletico-PR, local em que viveu muitas glórias.
No quarto jogo contra o Guaratinguetá, ganhamos de 2 x 1, e pude fazer um bom jogo com duas assistências. Tive a sorte também que estava um olheiro do Athletico lá, pois eles tinham uma parceria com o clube e entraram em contato o com meu empresário.
Fazendo parte do elenco principal em algumas oportunidades, Gustavo comenta como foi estar em algumas conquistas, e rasga elogios ao gerenciamento do clube.
Fazer parte desse período vencedor foi muito bom. Apesar de não estar na conquista da Sul-Americana e da Copa do Brasil nesse último ano, mas pude conquistar o Paranaense 2018, que foi uma evolução. O jeito que o Athletico pensa o futebol é muito incrível porque dá oportunidade para os garotos.
Mesmo jogando pouco tempo no país, o lateral cita os bons momentos que passou desde a base. Aliás, comenta que aprendeu muito mais do que o futebol jogado com a bola nos pés.
Foram períodos muito bom para mim. Na Portuguesa foram oito anos de categoria de base, onde eu aprendi tudo que sei hoje e o Athletico foi a vitrine, em que aprendi não só o futebol, mas também o ser humano. O Athletico também me levou a realizar o sonho de vestir camisa da Seleção Brasileira de base, então essas duas equipes foram as maiores conquistas no futebol.
Entretanto, ao sair do Brasil, além do futebol outras coisas ficaram difíceis de administrar por um momento.
O que mais sinto falta do Brasil, sendo sincero, é do calor e da comida. Porque aqui na Eslováquia é muito frio, e como não estava muito acostumado, sofri muito com isso.
Ele conta que consegue acompanhar o futebol brasileiro, mesmo com o fuso horário não sendo o mais favorável possível. Além disso, comenta sobre a principal diferença com a Eslováquia.
Consigo acompanhar alguns jogos do Brasil, mas aqueles que são muito tarde, pois são cinco horas de diferença. A qualidade do Brasil é muito mais alta, mas aqui as equipes são muito mais organizadas e compactas.
Gustavo e o Senica no último sábado (23), jogaram pela 16ª rodada do Campeonato Eslovaco. A equipe empatou com o Ruzomberok por 2 x 2. Dessa forma, a equipe se manteve na 9ª posição, com 12 equipes disputando. Mesmo assim, o nosso entrevistado vê com bons olhos o começo de temporada.
A temporada aqui foi muito boa. Nossa equipe é muito jovem, está fazendo bons jogos, o campeonato está bem competitivo. Mas a gente tem consciência que podemos dar mais e subir na competição.
Por fim, Gustavo revela o maior sonho da sua carreira.
Saiba mais sobre o veículoMeu maior sonho no futebol é estar na Seleção Brasileira. Atingir o nível máximo que é jogar uma Copa do Mundo.