Klinsmann: “Pelas Eliminatórias, Argentina e Brasil são favoritos para a Copa acima dos europeus” | OneFootball

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·17 de agosto de 2022

Klinsmann: “Pelas Eliminatórias, Argentina e Brasil são favoritos para a Copa acima dos europeus”

Imagem do artigo:Klinsmann: “Pelas Eliminatórias, Argentina e Brasil são favoritos para a Copa acima dos europeus”

Jürgen Klinsmann possui seu lugar entre as lendas do futebol, sobretudo, por aquilo que fez com a seleção da Alemanha. O atacante disputou três Copas do Mundo e se consagrou com a conquista em 1990. Ainda fez um simbólico trabalho como técnico no Mundial de 2006, dentro de casa. E, conhecedor do torneio, o veterano avalia que os principais favoritos ao título são Brasil e Argentina. Klinsi não caiu no papo de Kylian Mbappé e afirmou que o desempenho dos dois times nas Eliminatórias é uma credencial mais forte que a dos europeus antes da competição no Catar.

A afirmação de Klinsmann foi dada numa longa entrevista ao Olé. O craque falou também sobre as condições da Alemanha, sobre o calendário distinto desse Mundial, das Copas que viveu e até de Bayern de Munique. Abaixo, destacamos os principais trechos:


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Brasil e Argentina favoritos

“Para ser honesto, acredito que, para analisar um time como favorito, é preciso observar o que foram as Eliminatórias. E, hoje, Argentina e Brasil são candidatos acima dos europeus. São equipes que estão bastante motivadas, famintas por conquistar o sucesso no Catar. Depois, obviamente, estão Inglaterra, Espanha, França, Alemanha e Portugal. Mas, sem dúvidas, para eles será muito difícil de bater os sul-americanos”.

A torcida por Messi

“A Argentina deveria ter ganhado um par de Copas a mais desde 1990. Talvez isso aconteça no Catar. Por que não? Gostaria que acontecesse, sobretudo por Messi. Que ele possa ganhar dessa vez, como um presente de Natal (risos)”.

As chances da Alemanha

“Hansi Flick está fazendo um trabalho fantástico depois do que foi a saída de Joachim Löw. As expectativas na Alemanha são altas, claramente. Pela história do país no futebol e pela forma que jogamos os torneios, os alemães sempre querem que o time esteja na final. O certo é que a equipe teria que jogar extremamente bem para chegar entre os quatro melhores. O técnico tem a experiência para tirar o melhor de cada jogador e agora será a hora de deixarem o que aconteceu na Rússia para trás. Será um torneio fabuloso, estou seguro”.

A Copa no meio da temporada

“Estou seguro que a parada no meio da temporada vai afetar todas as equipes. Mas não só na Alemanha, no mundo todo. Claro que terá influência sobre a atuação dos jogadores, dos times. E será uma temporada dramática para cada liga. Há várias coisas que interferem. Primeiro, a transição para a Copa do Mundo e como chegam os jogadores no Catar. Depois, como voltam. Aqueles que forem eliminados antes retornam em melhores condições físicas, mas desmotivados. E, do outro lado da moeda, quem volta da Copa como campeão terá um impacto plenamente positivo na segunda metade da temporada”

A conquista da Copa em 1990

“A Copa de 1990, para os alemães, foi bastante especial pelo contexto. Uns meses antes o Muro de Berlim caiu e a unificação do país representou, no fim das contas, um impacto no nosso rendimento. Mas não pressão, e sim motivação. Naquele momento, os melhores jogadores do mundo estavam na Serie A. Especialmente Maradona. Mas as pessoas nos acompanharam durante todas as partidas e nos sentimos como em casa. O momento não poderia ser melhor para nós. Sempre digo que as coisas acontecem por alguma razão e creio que ficamos com o título porque soubemos representar uma nação unificada. Uma nova Alemanha”.

O Alemanha x Argentina de 2006

“Aquela partida foi dramática, extraordinária. Do princípio ao fim. Como um pequeno filme. Desde o apito inicial até a disputa por pênaltis. É uma dessas partidas que você pode assistir uma vez e outra sem ficar entediado. Tivemos a sorte de passar nos pênaltis e tirar coisas positivas daquele jogo. […] Definitivamente estive muito feliz de que Messi não entrou em campo. Rezava para que não estivesse”.

As mudanças do Bayern

“A saída de Robert Lewandowski é uma grande perda. Não apenas para o Bayern, mas também para a Bundesliga, porque é um jogador de alto nível. Mas acredito que a solução que encontraram, com Sadio Mané encabeçando o ataque, é a melhor. Claro que será um grande desafio para Julian Nagelsmann, porque um jogador como Robert não é facilmente encontrado no mundo. Óbvio que Mané é de primeiro nível e se sentirá bem no clube, mas sem dúvidas mudará a maneira do ataque do Bayern, desacostumado a jogar sem um 9 tradicional”.

Cristiano Ronaldo na Baviera?

“Hoje, não creio que Cristiano Ronaldo seja um bom negócio para o Bayern. Logicamente, quando você se refere a Ronaldo, igual a Messi, está falando dos jogadores que dominaram o futebol nos últimos 15 anos. Ele é um profissional, um modelo a seguir e, obviamente, um enorme futebolista. Mas acredito que o Bayern não deveria especular com ele e imagino que irão em busca de um centroavante jovem, que possa se consolidar com o passar dos anos, e não alguém afirmado”

Mata-matas na Bundesliga

“Acho a ideia de mata-matas fascinante. Gosto do formato ao final da temporada, porque o primeiro na parte regular não necessariamente é o melhor time ao final do campeonato. É um tipo de competição que mantém todos no limite até o final do ano, diferentemente do que se passa normalmente em algumas ligas, em que o Bayern ou o PSG terminam como campeões muitas rodadas antes. A Championship tem um formato parecido. Gosto da ideia pelo que vi na MLS, estou aberto a isso”

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