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Vitor Geron·02 de fevereiro de 2023
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Vitor Geron·02 de fevereiro de 2023
Além de um histórico atacante da seleção alemã, Jürgen Klinsmann foi treinador da Alemanha na Copa de 2006 e dos Estados Unidos em 2014. Aos 58 anos, fala com propriedade se seleções devem ou não apostar em técnicos estrangeiros.
Em entrevista exclusiva ao OneFootball, Klinsmann defendeu que o Brasil tenha a “mente aberta” para considerar nomes de fora na busca do substituto de Tite. Veja no vídeo abaixo.
O OneFootball transmite todos os jogos do Campeonato Alemão AO VIVO e DE GRAÇA no aplicativo, no site e no aplicativo de TV (Apple, Amazon e Samsung).
“Os brasileiros precisam ter a mente aberta e entender que as coisas mudaram ao longo das décadas. Há diferentes formas de pensar o jogo”
Alemanha e Brasil são duas seleções que nunca tiveram técnicos estrangeiros. Para o alemão, o intercâmbio é importante. Ele afirmou, por exemplo, ter aprendido muito com o brasileiro Carlos Alberto Parreira em seminários de treinadores. Por outro lado, lembrou que o treinador estrangeiro precisa se adequar ao estilo do futebol praticado no país.
“É preciso se adequar à cultura daquele país. O Brasil tem características fantásticas por ser o país do futebol. Está no DNA. Então a escolha tem de se adequar a isso. Os dois lados precisam estar confortáveis. A seleção exige um trabalho diferente do clube. Na seleção as janelas para treinamentos são diferentes, a forma de trabalhar também”
Admirador de Tite, Klinsmann declarou que apostava no Brasil e na Argentina para a conquista do último Mundial. Apesar de ter gostado do que viu da Seleção Brasileira no Catar, ele entende que a avaliação final do trabalho do treinador sempre vai passar pelo sucesso ou fracasso na Copa.
Mas será que técnicos de ponta da Europa, como Pep Guardiola e Carlo Ancelotti se interessariam em comandar a Seleção Brasileira? Na opinião de Klinsmann, não há dúvidas.
“Com certeza. Não acho que é uma questão de dinheiro, mas a chance de comandar um dos melhores times do mundo e levar essa equipe à próxima Copa do Mundo e provar para você mesmo que você pode fazer isso. […] O desafio é diferente e você precisa estar pronto para adaptar sua filosofia de futebol e seu estilo de jogo. Todos conhecem o ‘Jogo Bonito’ e por isso admiram o futebol brasileiro. Foi pelo que foi feito no passado, por tantos anos e com tantos times. Por isso que não é fácil para qualquer treinador do mundo comandar a Seleção Brasileira”.
No Mundial do Catar, Klinsmann fez parte do grupo de estudos técnicos da Fifa que assistiu aos jogos e avaliou tendências e possíveis mudanças nas regras do jogo.
Apesar da evolução, Klinsmann considera que o talento individual ainda é o mais importante para decidir as partidas. E no Catar o gol de Richarlison na estreia do Brasil contra a Sérvia foi um dos momentos mais inesquecíveis. Veja no vídeo abaixo.
“Quando o Richarlison fez aquele gol eu fiquei maluco. Eu brinquei com os outros técnicos que deveríamos ter uma camisa com a data e a “bicicleta” do Richarlison dizendo “eu estava lá” no estádio quando ele fez aquele gol. Eu admiro esse tipo de situação com atacantes, porque fui um atacante e gostava muito de tentar bicicletas também”.
Sobre os principais talentos individuais da atual geração, Klinsmann citou o alemão Jamal Musiala, do Bayern, os espanhóis Gavi e Pedri, do Barcelona, e o inglês Jude Bellingham, do Borussia Dortmund.
Mas na hora de apontar quem será o principal nome do futebol nos próximos anos, apostou no francês Kylian Mbappé.
Foto destaque: Mohamed Farag/Getty Images
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