Kléberson: Ronaldinho me disse para ir para o United... e foi para o Barcelona! | OneFootball

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·24 de abril de 2020

Kléberson: Ronaldinho me disse para ir para o United... e foi para o Barcelona!

Imagem do artigo:Kléberson: Ronaldinho me disse para ir para o United... e foi para o Barcelona!

Jogadores da base do Philadelphia Union, dos Estados Unidos, ficaram animados quando Quinton Fortune ligou para o clube, na semana passada, para falar com os jovens sobre como foi dividir o vestiário com estrelas como Ryan Giggs, Paul Scholes e Roy Keane. Mas para isso, bastava eles perguntarem para seu treinador.

"Eu já falei para eles mas eles queriam ouvir de um cara como o Quinton Fortune. Eles acreditam que o que eu falo é verdade e que eu joguei com esses jogadores também!", disse Kléberson em entrevista excluiva para a Goal.


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Um ano depois de vencer a Copa do Mundo com o Brasil, em 2002, o meio campista foi contratado pelo Manchester United. E ele esperava que outro pentacampeão se juntasse a ele no time de Sir Alex Ferguson: Ronaldinho Gaúcho, que estava se saída do PSG.

"Quando nós conversamos hoje em dia, sempre falo: 'Você me falou para ir pro United e aí você foi para a Espanha!' Nós estávamos na França, junto com o irmão dele, e conversamos sobe o interesse do United em nós dois", relembrou.

"Ele não disse que com certeza iria, mas eu fiquei convencido que sim, então eu decidi ir para o United. Quando voltei para o Brasil, depois da Copa das Confederações, comecei a assistir canais de TV em inglês, para ajudar a aprender a língua e então, Ronaldinho foi para o Barça", contou Kéblerson.

A empolgação na contratação do brasileiro era grande. Com as saídas de Juan Sebástian Verón e David Beckham naquela mesma janela, Kléberson se tornou o foco dos holofotes e havia quem projetava que ele seria, em alguns anos, capitão do clube. E ele mesmo reconhece esta euforia criada.

"Não tenho dúvidas de que ir para o United naquele foi o grande desafio da minha carreira. Eu não senti a pressão de ser o primeiro brasileiro a vestir a camisa do clube mas havia muita empolgação de todos porque eu havia ganho a Copa do Mundo um ano antes", afirmou o ex-jogador.

Kléberson relembra que Roy Keane, o então capitão do clube na época, costumava gritar com ele nos treinamentos. "Era para o bem do time e dos colegas", disse. "Mas como eu não sabia muito de inglês naquela época, eu dizia para mim mesmo que ele estava falando coisas boas e me incentivando!"

Em dois anos no Old Trafford, Kleberson só atuou em 20 partidas da Premier League, mas não guarda ressentimentos de Ferguson. Muito pelo contrário, ele é muito grato ao treinador, com quem tinha uma ótima relação.

"Nossa primeira conversa foi difícil", admitiu Kleberson. "Eu só falava português quando eu cheguei lá. Mas ele sempre tentava me ensinar palavras novas. Principalmente no começo, quando ele também queria aprender palavras em português e tentava me ensinar alguma coisa em inglês."

Em 2005, deixou o Manchester United e foi para o Besiktas, sendo taxado como uma das piores contratações da história do clube. Mas Kléberson acha que rotulá-lo desta maneira é injusto.

"Todo mundo sabe o quão difícil é mudar de país com um diferente estilo de jogo. Eu me lesionei muito e demorei um certo tempo para voltar a atuar em grande nível. Eu não era escalado porque as lesões me atrapalhavam, não porque eu não era bom o bastante", argumentou.

Kléberson não se arrepende de seu tempo em Manchester e ainda pretende voltar para a Inglaterra, agora em uma nova função: "Meu objetivo é voltar à Premier League como treinador. Não posso dizer que minha experiência foi ruim. Foi difícil mas aprendi muito e eu sei que, se pudesse voltar, as coisas sairião completamente diferentes."