Esporte News Mundo
·20 de janeiro de 2023
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A Juventus foi punida nesta sexta-feira (20) com a perda de 15 pontos na tabela de classificação do Campeonato Italiano e teve seus ex-dirigentes suspensos de suas atividades esportivas por meses. Tal decisão punitiva ocorreu após a Corte de Apelação da Federação Italiana de Futebol (FIGC) solicitar reabertura de um processo arquivado no último mês de abril após a Procuradoria de Turim encontrar novas provas de adulteração de valores em transações ao apresentarem os balanços financeiros às instituições competentes para que a equipe mantivesse a Licença Federal de permanecer no pleno uso de suas atividades esportivas nos âmbitos nacional e internacional. Apesar de outros times à época também serem investigados, apenas a Velha Senhora teve o caso reaberto por causa dos novos materiais encontrados que culminaram na pena determinada.
Além dos 15 pontos perdidos na Serie A 2022-23, os ex-dirigentes Fabio Paratici (30 meses), Andrea Agnelli e Maurizio Arrivabene (24 meses cada), Federico Cherubini (16 meses), Pavel Nedvěd, Enrico Valleno, Paolo Garimberti, Assia Grazioli Venier, Caitlin Mary Hughes, Daniela Marilungo e Francesco Roncaglio (oito meses cada) estão proibidos de exercerem quaisquer atividades relacionadas ao futebol. A princípio, tal punição aos dirigentes tem alcance apenas na Itália, mas a Uefa e a Fifa serão notificadas para que o banimento temporário tenha escala global. A Juventus afirmou que vai recorrer das punições sofridas. Para isso, um recurso será impetrado ao Colégio de Garantias do Comitê Olímpico Nacional Italiano (CONI), que irá analisar tal recurso e decidir se mantém ou altera a punição imposta pela Corte de Apelação da FIGC.
Com isso, os bianconeri descem da terceira posição do calcio, com 37 pontos, e ocupam agora o décimo posto, com 22 pontos, empatados com Bologna e Empoli, mas à frente no saldo de gols, bem afastado das vagas que garantem participação em torneios europeus. E outras acusações ainda serão investigadas, como a adulteração nos vencimentos de jogadores da equipe durante o período mais agudo da pandemia do coronavírus, em 2020, cujos valores deveriam ter sido reduzidos ao pagamento de jogadores, mas que apontam pagamento integral durante tal período como outra maneira de “passar batido” pelos órgãos financeiros responsáveis pelas auditorias e balanços.
Em meio a esse turbilhão nos bastidores, iniciado com a goleada sofrida há uma semana diante do Napoli por 5 a 1 e o fim definitivo da era Agnelli no comando do clube após 12 anos, a Juventus terá seus compromissos futebolísticos a cumprir e voltará a jogar às 16h45 do próximo domingo (22), diante da Atalanta, no Allianz Stadium, em Turim/ITA, pela 19ª e última rodada do turno do Campeonato Italiano.
Abaixo, leia nota publicada na íntegra.
Saiba mais sobre o veículoJuventus Football Club S.p.A. (Sociedade por Ações, em português, grifo nosso), (“Juventus” ou a “Sociedade”) comunica que a Corte Federal de Apelação – Seção Única, visto o recurso de cassação nos termos do artigo 63 do Código de Justiça Desportiva proposto pelo Ministério Público Federal, declarou admissível o recurso de cassação e, portanto, revogou a decisão da Corte Federal de Apelação – Seção Única, n. 0089/CFA-2021-2022 de 27 de maio de 2022 e, em consequência, determinou a penalização de 15 pontos na tabela de classificação da Juventus nesta corrente temporada esportiva e a inibição imediata do Diretor Esportivo, Federico Cherubini, de 16 meses para realizar atividades dentro do âmbito da FIGC, com pedido de prorrogação dentro da Uefa e da Fifa. Com a revogação da decisão, a Corte Federal de Apelação rejeitou a denúncia proposta pelo Ministério Público Federal contra a decisão do Tribunal Nacional Federal que, por sua vez, absolveu a Juventus e os demais deferidos por inexistência de qualquer ilícito disciplinar em relação à valorização dos efeitos de determinadas transferências de direitos de prestação de contas de jogadores em seus balanços financeiros e às contabilizações de mais-valias. A Sociedade aguarda a publicação das motivações e comunica sem demora que vai impetrar recurso ao Colégio de Garantia do Esporte nos termos do Código de Justiça Desportiva.”