Trivela
·01 de março de 2023
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Presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaïfi é investigado por um caso de sequestro e tortura contra um lobista franco-argelino. A denúncia foi realizada pela suposta vítima, Tayeb Benabderrahmane. Segundo sua versão, ele foi atacado no Catar em 2020, por possuir documentos que poderiam comprometer Al-Khelaïfi em episódios de corrupção. Três juízes de investigação de Paris irão examinar as acusações contra o dirigente catariano. O caso já era tratado pela justiça francesa, mas, segundo os advogados de defesa, de uma “maneira lenta”.
Conforme a imprensa francesa, Benabderrahmane possuiria um celular de Al-Khelaïfi. O aparelho teria informações comprometedoras sobre a maneira como o Catar conquistou o direito de sediar a Copa do Mundo de 2022. Também estariam presentes dados sobre a venda dos direitos de transmissão dos Mundiais de 2026 e 2030 para a beIN no Oriente Médio. Este último caso já chegou a ser investigado e absolvido. A negociação teria ocorrido sem conhecimento da Fifa, em negócio direto com Jérôme Valcke, antigo secretário-geral da entidade.
Por ter informações privilegiadas, Benabderrahmane teria sido sequestrado e torturado a mando de Al-Khelaïfi. O franco-argelino teria ficado seis meses em cárcere privado, de janeiro a junho de 2020, e depois levado a prisão domiciliar. Sua soltura em novembro de 2020 teria acontecido após a assinatura de um documento, em que o lobista se comprometeria a não divulgar as informações. A suposta vítima também é investigada paralelamente por tráfico de influência e corrupção dentro do PSG, em caso independente de sua denúncia.
Al-Khelaïfi nega o episódio e afirma que tentam incriminá-lo sem razão. “Você está falando de criminosos profissionais. Eles mudaram de advogados mais vezes que suas versões da história mudaram. É o cúmulo da manipulação midiática. Fico surpreso que tanta gente tenha dado credibilidade às suas mentiras e contradições, mas assim é o mundo atual. A justiça seguirá seu curso, não tenho tempo de falar sobre pequenos delinquentes profissionais”, apontou o catariano, ao jornal L'Équipe.
Al-Khelaïfi é o presidente da Qatar Sports Investments, embora não faça parte da família real do país. Por conta disso, o dirigente acumula funções como presidente do Paris Saint-Germain e também foi membro do Comitê Organizador da Copa do Mundo. Com a derrocada da Superliga Europeia, Al-Khelaïfi ascendeu como presidente da Associação de Clubes Europeus (ECA). Além disso, como ex-tenista profissional, ele preside a federação de tênis do Catar e também é vice-presidente regional da Federação Asiática de Tênis.