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·07 de junho de 2023

Júnior Moraes vence Alessandro e rescinde contrato com Corinthians na justiça

Imagem do artigo:Júnior Moraes vence Alessandro e rescinde contrato com Corinthians na justiça

O atacante Júnior Moraes obteve uma liminar da Justiça do Trabalho nesta terça-feira e rescindiu seu contrato com o Corinthians. O jogador tinha vínculo com o clube até o final de 2023, mas, com a decisão provisória, agora está autorizado a romper o contrato unilateralmente.

O Corinthians tem um prazo de 48 horas para registrar a rescisão contratual de Júnior Moraes na Federação Paulista de Futebol (FPF) e na Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Caso não cumpra essa exigência, o clube estará sujeito a uma multa. É importante ressaltar que há possibilidade de recurso por parte do clube nessa questão.


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O pedido do jogador foi acatado pelo juiz Victor Goes de Araújo Cohim Silva, da 43ª Vara do Trabalho de São Paulo, de acordo com informações apuradas pelo ge.globo. O juiz concedeu a autorização porque entendeu que nem o clube nem Júnior Moraes seriam prejudicados com a rescisão.

Aos 36 anos, o atacante estava afastado do elenco profissional do Corinthians desde o dia 12 de maio, decisão tomada pelo técnico Vanderlei Luxemburgo. Algumas semanas após seu afastamento, Júnior Moraes ingressou com um processo na justiça solicitando a rescisão contratual e uma cobrança de R$ 38 milhões.

Esse montante, de acordo com a petição inicial dos advogados, refere-se a 11 parcelas atrasadas do direito de imagem (no valor de R$ 260 mil mensais cada), além de valores relacionados ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), férias e multas estabelecidas pela legislação trabalhista. O salário total do jogador no Corinthians, incluindo a parte regida pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), era de R$ 651 mil mensais.

Alguns fatores que contribuíram para o pedido de rescisão de Júnior Moraes foram supostas ameaças sofridas pelo jogador nas redes sociais e as declarações do gerente de futebol, Alessandro Nunes, após o jogo contra o América-MG. Após o confronto com a equipe mineira, o dirigente chamou o atleta de “covarde” e “mentiroso”.

“As recentes notícias acerca do caso permitem afirmar, comrelativo grau de segurança, que a relação entre as partes seencontra insustentável. O reclamante já está treinandoseparadamente dos atletas da equipe principal. O diretor do clubese referiu negativamente ao reclamante em entrevista coletiva. Eé possível constatar o desgaste entre jogador e torcida, peloscomentários postados em diversos portais de notícias e redes sociais.A rescisão contratual é consequência inexorável desta ação”, diz odespacho do juiz Victor de Araújo.

“Conclui-se que há elementos que evidenciam a probabilidade dodireito à rescisão contratual. Além disso, há perigo de dano aoreclamante, em razão da conduta praticada pelo diretor dareclamada, bem como pelas manifestações dos torcedores nos portaisde notícias e nas redes sociais”, reafirma em outro trecho dodocumento.

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