Portal dos Dragões
·31 de julho de 2025
Juíza dirige-se a Fernando Madureira: “Tem capacidade para gerir pessoas, mas o tempo de Salazar já foi há muito”

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·31 de julho de 2025
Após a leitura do veredicto da Operação Pretoriano, realizada na quinta-feira, a juíza encarregada dirigiu-se a Fernando Madureira.
Após condenar o ex-líder dos Super Dragões a três anos e nove meses de prisão efetiva, a juíza reconheceu não ter afinidade com o fenómeno desportivo, mas expressou desagrado pela maneira como Madureira abandonou a liderança da claque do FC Porto.
“Falo consigo porque foi a figura central deste processo. Sinceramente, não sou nada ligada ao desporto, não me interessa o futebol nem as claques. Reconheço-lhe traços de liderança. É uma pena e um desfecho abrupto a forma como terminou a sua liderança nos Super Dragões”, afirmou.
Apesar de reconhecer a Madureira como um líder, a juíza salientou que o ambiente no clube azul e branco era de uma verdadeira “ditadura”, sublinhando que todos têm o direito a expressar a sua opinião.
“Aquilo era uma imposição de uma ditadura e o tempo de Salazar já passou. É lamentável, porque o desporto não deve ser assim. Tem carisma e reconheço-lhe a capacidade de liderar, mas as pessoas têm o direito de ter a sua opinião. Foram muitos anos de Pinto da Costa e sei que a mudança é difícil, mas o que ocorreu não deve repetir-se. As pessoas devem ter a liberdade de estar e de se expressar”, acrescentou.
Por fim, a juíza destacou a seriedade dos incidentes que envolvem outros clubes, mas que se tornam ainda mais preocupantes quando se tratam de pessoas da mesma cor clubística.
“As desavenças entre Benfica e FC Porto já são preocupantes, mas aqui estamos a falar de pessoas da mesma camisola. Isto não pode acontecer na nossa cidade, de forma alguma”, concluiu.
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