Leonino
·15 de novembro de 2024
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·15 de novembro de 2024
A recente queixa apresentada pela Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) contra João Pereira, devido à alegada falta de habilitações para treinar o Sporting, levantou um debate significativo sobre a formação e regulamentação da profissão de treinador em Portugal. José Pereira, presidente da ANTF, destacou, num artigo de opinião publicado no Record, a importância de credibilizar esta profissão para assegurar o desenvolvimento e a justiça no futebol nacional.
"Não nos escusamos de discutir a lei vigente, quais as suas vicissitudes e pontos a melhorar, pois estamos certos de que se trata de um processo em contínuo desenvolvimento. Porém, a aplicação da lei quer-se universal, sem discriminação de classes ou contextos", afirmou José Pereira.
“Vem isto a propósito do assunto que ultimamente tem sido amplamente discutido, porquanto alguma opinião pública questiona a necessidade de os treinadores terem ou não formação adequada ao nível competitivo onde vão exercer a sua atividade”, escreveu o presidente da ANTF, destacando a relevância do sistema de certificação nacional e internacional, bem como a sua articulação com os regulamentos da UEFA.
“No deve e haver deste tema, importa ter uma perspetiva mais global, impessoal e desapaixonada de correntes clubísticas, compreendendo que acima de tudo se trata de uma profissão legalmente enquadrada. Todos os que fazem parte da classe deverão ter os mesmos critérios de acessibilidade e as mesmas oportunidades de consecução da carreira e objetivos”, defendeu José Pereira, apelando à equidade no acesso à profissão.
"Naturalmente que não se poderá extrapolar que a competência profissional advirá somente do plano formativo, porventura, tal como em tantas outras profissões, será algo intrínseco, modelado com as vivências e formações realizadas ao longo da vida. Porém, impõe-se credibilizar a profissão de treinador, para bem do futebol português", concluiu.