Esporte News Mundo
·30 de junho de 2022
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·30 de junho de 2022
Considerado um dos mais promissores talentos das categorias de base do São Paulo, Luan Caruso seguirá vinculado ao Tricolor. O novo compromisso do atacante com o clube do Morumbi, válido por mais um ano, foi assinado pelo jogador e por seu pai, Danilo Caruso, que responde pela carreira do atleta que tem 12 anos de idade
– A diretoria do São Paulo nos procurou propondo um vínculo federativo para que ele participe de competições da categoria sub-13 que serão realizadas no decorrer da temporada. Estamos muito felizes com esse novo acerto, que mostra que o clube confia no futuro dele – afirmou Danilo.
Desde 2021 Luan possui contrato com a Nike. A famosa marca norte-americana de material esportivo é a patrocinadora e fornecedora exclusiva de chuteiras e outros produtos de Luan até 2026.
Marcas apostam em jogadores cada vez mais novos
Os casos de crianças sendo patrocinadas cada vez mais cedo por grandes empresas, como o caso de Luan, vem se tornando uma prática recorrente e se acentuou apenas nos últimos anos. Antes, dava para contar nos dedos, como Neymar, que assinou com a Nike quando tinha 13 anos, e o atacante Rodrygo, atualmente no Real Madrid, que também assinou com a mesma empresa aos 8 anos.
O atacante Diego Lionel, de apenas 9 anos, acertou nesta semana dois contratos que prometem mudar sua vida: o primeiro, de formação de base com o Palmeiras, e de quebra, outro de patrocínio com a empresa de materiais esportivos Adidas.
– Esse processo de antecipação na busca de novos talentos que as grandes empresas de material esportivo têm realizado nos últimos tempos vai muito em linha com a relação de risco que elas correm caso o atleta não vire um jogador expoente. Se o atleta vinga, existe uma narrativa de ter feito parte de toda a história dele, e caso ele não vingue, financeiramente não foi feito um grande investimento, até porque esses contratos, na grande maioria, são feitos em relação a produtos, ou seja, além de receber kits para o atleta performar ele recebe uma cota de aquisição de produto nas lojas oficiais, mas financeiramente não existe um valor envolvido. Além disso, tem o fator que de o Brasil é um país onde esses jovens despertam a atenção desde muito novos – disse Bernardo Pontes, sócio da Alob Sports, agência de marketing de influência focada no esporte.
– Tem uma linha que separa materiais esportivos e outras marcas em geral. O material esportivo é mais óbvio, pois o atleta precisa calçar, precisa vestir, e o investimento é muito pequeno. Na maioria das vezes sem dinheiro nenhum, porque são poucos os “neymares” ou jogadores do gênero, mas que também não começaram com grandes contratos, mas vão lá e amarram o garoto por um período. Existe uma corrida dessas marcas por esses talentos, e o custo é muito baixo. Além disso, tem a quesão da confiança e a identificação com a família ao assinar um contrato deste porte – afirmou Armênio Neto, especialista em geração de receitas na indústria esportiva.
De acordo com especialistas, essa deve ser uma tendência cada vez mais constante no futebol mundial, já que a procura dos clubes por jogadores mais novos é cada vez maior, e a ascensão destes meninos acompanha esse movimento.
– Os investimentos no futebol estão cada vez mais precoces. Assim como os clubes iniciam a formação de jogadores muito cedo, também os agentes de jogadores buscam atletas nas divisões iniciais das categorias base, é de se esperar que outra ponta relevante da cadeia do futebol, que são os patrocinadores esportivos, também busquem alinhar-se comercialmente o mais cedo possível aos atletas já que neste estágio os investimentos financeiros são baixos – finalizou o advogado especializado em direito desportivo, Eduardo Carlezzo.