Gazeta Esportiva.com
·21 de novembro de 2022
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O técnico da seleção do Irã, o português Carlos Queiroz, admitiu que os jogadores de sua equipe estão sofrendo com a pressão dos protestos no país. Ele falou depois da goleada sofrida para a Inglaterra na estreia pelo Grupo B da Copa do Mundo, nesta segunda-feira.
“Não é bom vir ao Mundial e pedir a eles que façam coisas que não são sua responsabilidade. Eles querem dar orgulho e alegria ao povo”, afirmou. “Vocês nem imaginam o que esses rapazes estão vivendo a portas fechadas nos últimos dias”, acrescentou.
“Não importa o que eles digam, as pessoas querem matá-los. Você imagina estar em um momento de sua vida em que pode ser assassinado por tudo o que você diz? Com certeza, temos sentimentos e crenças e, em seu devido tempo, no momento adequado, os expressamos”, concluiu Queiroz.
Os jogadores do Irã optaram por não cantar o hino nacional no estádio Al Khalifa, aparentemente em uma demonstração de de apoio aos protestos contra o governo de seu país.
Liderados pelo capitão Alireza Jahanbakhsh, os iranianos permaneceram de pé e em silêncio na execução do hino antes do jogo.
Jahanbakhsh tinha dito que a equipe decidiria de forma conjunta se cantaria ou não em solidariedade às manifestações, que começaram após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos.
Amini, uma iraniana de origem curda, morreu três dias depois de ter sido presa em Teerã por violar o estrito código de vestimenta que obriga as mulheres do país a usar o véu em público.