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·26 de abril de 2023

Jogadores brasileiros fogem de conflitos armados do Sudão

Imagem do artigo:Jogadores brasileiros fogem de conflitos armados do Sudão

Os conflitos armados no Sudão deixaram jogadores brasileiros em situação de perigo.  O atacante Paulo Sérgio, que defendeu com sucesso o Flamengo entre 2007 e 2012) chegou ao Al-Merrikh em janeiro deste ano, havia se queixado, no fim de semana, da inércia do governo federal. Afinal, segundo ele, o Itamaraty, responsável pelas Relações Exteriores, não havia tomado providências para retirar os brasileiros da área de guerra.

Finalmente, nesta segunda-feira (24/4), os 9 brasileiros que fazem parte do time de Al-Merrikh – 4 jogadores e 5 membros da comissão técnica – conseguiram sair do Sudão. Eles pegaram um micro-ônibus e atravessaram a fronteira com o Egito, em direção à cidade de Assuã, a 3 horas do limite entre os dois países.


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O veículo, fretado pelo clube, tinha deixado Cartum, a capital do Sudão, ainda no domingo. E ao chegar à fronteira o grupo passou seis horas na alfândega.

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Paulo Sérgio, em primeiro plano, deixou o Sudão ao lado de companheiros do Al-Merrikh – Arquivo pessoal/Paulo Sérgio

Cessar-fogo de 72 horas no Sudão

O time aproveitou o período de cessar-fogo concedido pelos paramilitares da Força de Apoio Rápido (RSF), que, na sexta-feira (21), aceitou fazer uma trégua de 72 horas.

Os conflitos no Sudão vêm se intensificando desde dezembro de 2022. Na ocasião, a família do assistente técnico do time, José Esdras Lopes, já demonstrava preocupação . Esdras havia chegado à África em novembro e. já no mês seguinte, foi surpreendido com o barulho dos confrontos armados.

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Jogadores do Al-Merrikh usaram micro-ônibus fretado pelo clube para sair do Sudão e entrar no Egito – Arquivo pessoal/Paulo Sérgio

Combates intensos em abril

Os combates se intensificaram bastante no último dia 15 de abril. Dessa forma, envolvem, de um lado, o exército liderado por Abdel-Fattah al-Burhan, o comandante das Forças Armadas. De outro, está o grupo paramilitar RSF do general Mohammed Hamdan Dagalo.

Dias após os confrontos, atletas brasileiros e parentes comentaram sobre a situação insustentável no Sudão. Afinal, a internet e a rede elétrica ficaram intermitentes e as pessoas começaram a estocar água e mantimentos.

Ao portal G1, o Itamaraty declarou que havia 16 brasileiros no Sudão, mas 15 conseguiram sair e um estava em segurança. O Ministério das Relações Exteriores afirmou que o governo brasileiro age em coordenação com a ONU e monitora a situação de forma permanente.

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