Jogada10
·13 de abril de 2024
Jogada10
·13 de abril de 2024
Kleiton estava afastado desde setembro por causa de denúncias que 19 jogadoras santistas fizeram alegando assédio moral e sexual. Na época, o treinador pediu afastamento. Porém, retornou no último dia 9 de abril. A informação da diretoria santista é que o compliance do clube apurou, mas não confirmou que ocorreu assédio, mesmo com 19 denúncias anônimas.
Jogadoras do Corinthians tapam a boca durante o Hino. O mesmo ocorreu no jogo do Palmeiras com o Avaí – Foto: Reprodução de vídeo SporTV
Das 19 jogadores, que fizeram as denúncias anônimas, muitas não estão mais no elenco do Santos. Afinal, 14 atletas saíram do clube. Em entrevista ao SporTV, a coordenadora de futebol do Santos disse que, para a diretoria recolocar o treinador no cargo, uma das ações que ela fez foi conversar com várias das atletas que saíram. Porém, nove dessas atletas foram às redes sociais e disseram que não ocorreu contato algum, mostrando indignação com a volta do técnico ao cargo.
Tudo isso irradiou entre as jogadoras de outros times. Prova disso é que, além do jogo do Corinthians, ocorreu o mesmo protesto antes do outro jogo desta sexta-feira, entre Palmeiras e Avaí Kindermann. E o Cruzeiro, pouco antes do início do jogo entre santistas e corintianas soltaram um vídeo. Já Kleiton Lima, entrevistado pelo SporTV, antes da bola rolar, se negou a responder, preferindo dizer que estava focado no jogo.
Contudo, assim que fez um gol para o Santos, no primeiro tempo, a atacante Ketlen, principal jogadora do time, correu para abraçar o técnico, uma prova de que há apoio, pelo menos de algumas jogadores do Santos ao treinador. No intervalo, Ketlen não comentou sobre a sua atitude de apoio.
Mas Vic Albuquerque, que fez um gol para o Corinthians no primeiro tempo (que terminou 1 a 1), colocou a mão tapando a boca. Em seguida, todas as jogadores do time repetiram a atitude na celebração. No intervalo, Vic desceu o verbo.
“Foi um manifesto. As mulheres precisam ter segurança para serem ouvidas. É isso o que queremos. Segurança para, no trabalho, não sermos abusadas moral ou sexualmente. No trabalho e na vida”.