Jogador do Grêmio, Felipe Carballo fala sobre resgate no RS e retorno ao Uruguai: “Estava assustado” | OneFootball

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·12 de maio de 2024

Jogador do Grêmio, Felipe Carballo fala sobre resgate no RS e retorno ao Uruguai: “Estava assustado”

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A situação no Sul do Brasil segue em estado de calamidade, e com isso, os clubes da região seguem com suas atividades esportivas suspensas. Dessa forma, movimentações seguem acontecendo pelo Brasil todo para buscar doações e ajuda para os desabrigados e atingidos por essa catástrofe climática.

Com os jogos recentes adiados, os clubes do estado, como é o caso do Grêmio, seguem com suas atividades suspensas, com previsão de retorno para a próxima semana. Em meio a isso, alguns atletas do clube conseguiram deixar o estado e voltar para seus países, como é o caso de Felipe Carballo, jogador uruguaio.


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Em entrevista à Rádio Sport 890, de Montevidéu, o atleta contou como conseguiu sair de sua casa, em Eldorado do Sul, que foi afetada pelas enchentes no Rio Grande do Sul.

O que está se passando é catastrófico. Eu, por sorte, pude vir ao Uruguai. O bairro em que eu moro [em Eldorado do Sul, região metropolitana de Porto Alegre] está inundado. Estávamos incomunicáveis, sem eletricidade, sem internet. Eu estava sozinho. Por sorte, no bairro em que moro, há vários companheiros. Em um primeiro momento, vendo de longe a situação, parecia que tinha um pouquinho de água. Mas cresceu muito rápido. Como estava incomunicável, tomei a decisão de sair e caminhar. Fui até a casa do meu companheiro Pavón. Com a comida que tínhamos e a água potável, que não era muito, passamos duas noites. Fui até minha casa em uma espécie de tábua, peguei algumas roupas. E quando estava voltando, apareceu um bote. Me disseram que seria o último a sair do bairro, que eu tinha que subir. Subí, e fomos com as famílias dos outros companheiros a Porto Alegre, que tinha algumas zonas que não estavam inundadas. Um companheiro nos hospedou por uma noite. Anunciaram que estava faltando água potável e comida na cidade, e que quem pudesse sair, que saísse. Ajudei o máximo que pude, mas também estava assustado por estar sozinho, e tomei a decisão de vir [para o Uruguai]. Há gente que trabalha no clube que perdeu tudo. Ainda não vimos o fim de tudo isso, porque se anuncia mais chuva. Pedir às pessoas do Uruguai que possam ajudar, porque houve muito dano.

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