Trivela
·06 de janeiro de 2021
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·06 de janeiro de 2021
Nem Sergio Agüero, nem David Silva, Vincent Kompany, Kevin De Bruyne ou Yaya Touré. Para a torcida do Manchester City, nenhum desses ídolos da rica e gloriosa era recente foi maior que Colin Bell, falecido nesta terça aos 74 anos vitimado por doença não revelada (mas sem ligação com a Covid-19). Para eles, o condutor do meio-campo do grande time do fim da década de 1960 – outro período vencedor da história dos Citizens – foi simplesmente o Rei. Ou o “Rei de Kippax”, para ser mais exato e fazer referência à rua que margeava a geral do antigo estádio de Maine Road, seu palco por 13 anos.
Bell era um meio-campista completo, moderno, a personificação do termo “box-to-box”, hoje popularizado. Desarmava, conduzia, passava e com frequência ainda aparecia na área adversária para finalizar. A qualidade técnica que o permitia controlar a bola mesmo nos gramados terríveis da época (como o do Baseball Ground, em Derby) aliava-se a um preparo físico assombroso, que lhe rendeu o apelido de “Nijinsky”, numa referência a um cavalo de corridas que vencera várias provas famosas do Reino Unido na virada daquela década.
Não era, entretanto, um jogador velocista. A boa colocação em campo, a inteligência e a grande visão de jogo ajudavam a conservar as energias para os momentos certos. E também colaboravam para que ele aparecesse sempre em boa condição para finalizar: por seis temporadas seguidas, entre 1966-67 e 1971-72, ele marcaria mais de uma dezena de gols pela liga. Ao todo, seriam 142 em 481 jogos pelo City – marca ainda mais expressiva por se tratar de um meia-armador, não de um centroavante.
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Além de colaborações periódicas, quinzenalmente o jornalista Emmanuel do Valle publica na Trivela a coluna ‘Azarões Eternos’, rememorando times fora dos holofotes que protagonizaram campanhas históricas. Para visualizar o arquivo, clique aqui.
Confira o trabalho de Emmanuel do Valle também no Flamengo Alternativo e no It’s A Goal.