Calciopédia
·06 de setembro de 2021
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O domingo, 5 de setembro, foi de recorde e de amargor para a Itália. A Nazionale chegou a 36 jogos sem derrotas e igualou o recorde de invencibilidade no futebol de seleções, anteriormente estabelecido pelo Brasil, entre 1993 e 1996. Ao mesmo tempo, manteve a liderança do Grupo C das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022. Porém, teve pouco a comemorar.
O empate por 0 a 0 ante a Suíça, na Basileia, não foi um resultado ruim. O problema, para a Nazionale, é que a paridade se combinou ao tropeço em casa, frente a Bulgária, e deixou Roberto Mancini com a calculadora e o secador nas mãos. A seleção italiana soma 11 pontos na chave e é seguida de perto pelos suíços, com sete pontinhos e duas partidas a menos. Dessa forma, o time treinado por Murat Yakin pode ultrapassar os azzurri na data Fifa de outubro, quando irá recuperar os jogos e a Itália disputará o Final Four da Nations League.
A Itália foi a campo com quatro alterações em relação ao time que jogou contra a Bulgária – Di Lorenzo, Chiellini, Locatelli e Berardi entraram nas vagas de Florenzi, Acerbi, Verratti e Chiesa. Como a Suíça tem mais técnica e gosta mais de ter a bola do que o seu adversário de quinta, a equipe de Mancini começou a partida realizando pressão alta, buscando retomar a bola rapidamente. No entanto, abaixava o bloco se não conseguisse roubá-la antes de os suíços superarem a primeira linha e passarem do meio-campo.
Nessa toada, os visitantes foram superiores em quase toda a partida e Donnarumma sequer teve de trabalhar. No primeiro tempo, enquanto a Suíça também pressionava e tentava levar a Itália ao erro, os azzurri ficaram muito perto de abrirem o placar. Aos 19 minutos, Locatelli iniciou um contra-ataque de forma esperta, lançando Berardi em velocidade. O jogador do Sassuolo arrancou do meio-campo e ficou cara a cara com Sommer, mas finalizou em cima do goleiro e perdeu chance inacreditável.
O duelo acabou ficando um pouco amarrado no St. Jakob-Park, enquanto Sow e Aebischer brigavam com Locatelli, Jorginho e Barella pelo controle do meio-campo. Oportunidades mais claras só aconteceram na reta final da primeira etapa: pelo lado italiano, Insigne finalizou à esquerda da baliza defendida por Sommer e viu o goleiro espalmar uma cobrança de falta, enquanto os helvéticos assustaram com uma cabeçada de Akanji, que saiu em tiro de meta.
Jorginho lamenta o pênalti perdido contra Suíça, na Basileia (LaPresse)
No início do segundo tempo, a Itália teve a chance de abrir o placar. A pressão alta funcionou e forçou Rodríguez, do Torino, a errar na saída de bola. Após ter o seu passe interceptado, o lateral-esquerdo ainda derrubou Berardi com um carrinho, dentro da área. Jorginho foi para a cobrança, mas facilitou para Sommer: chutou de forma centralizada e sem potência, deixando o arqueiro em ótimas condições de defender o pênalti. Foi a primeira vez que o ítalo-brasileiro desperdiçou uma tentativa da marca da cal pela Nazionale durante uma partida – havia convertido as cinco anteriores, excluindo decisões por penalidades.
Depois da clara oportunidade perdida, a Itália se desmotivou. Mancini tentou alterações, sacando Berardi e um apagadíssimo Immobile para oxigenar o ataque com falsos nove, mas não deu muito certo. Zaniolo, Chiesa e Insigne se revezaram na função, mas apenas o jogador do Napoli conseguiu levar perigo a Sommer: aos 72, quando recebeu em profundidade, obrigou o goleiro a fazer uma defesa em dois tempos.
Com o passar dos minutos, as duas seleções abaixaram o ritmo: estava claro que não queriam arriscar a perda de um ponto que poderia levá-las a um passo em falso potencialmente letal. O cenário da chave continua bastante aberto, mas a Itália tem uma vantagem: em novembro, pela penúltima rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo, receberá a Suíça no Olímpico de Roma. O palco perfeito para resgatar o espírito e a eficácia ofensiva da Euro – afinal, os azzurri fizeram 3 a 0 sobre os helvéticos na própria Cidade Eterna.
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