Itália avança na Euro Sub-21, mas expulsões e desempenho coletivo preocupam | OneFootball

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Calciopédia

·31 de março de 2021

Itália avança na Euro Sub-21, mas expulsões e desempenho coletivo preocupam

Imagem do artigo:Itália avança na Euro Sub-21, mas expulsões e desempenho coletivo preocupam

Em novo formato, agora com 16 seleções, o Europeu Sub-21 teve seu pontapé inicial durante a data Fifa de março. A Itália começou a edição de 2021 do torneio garantindo a classificação para as quartas de final, que serão disputadas apenas em maio, quando o certame será retomado.

A Itália realizou uma fase qualificatória muito sólida e liderou o Grupo 1, que tinha Islândia (também classificada), Irlanda, Suécia, Armênia e Luxemburgo – perdeu apenas um jogo, para os suecos. Depois de se garantir com certa facilidade na Euro Sub-21, que está sendo sediada por Eslovênia e Hungria, os azzurrini entraram no torneio cientes dos desafios que enfrentariam contra os eslovenos, donos da casa, e também ante Chéquia e Espanha. Ao mesmo tempo, também tinham a consciência de que representariam o país de histórico mais rico na competição, com 21 participações (a Inglaterra, segunda colocada, tem 16) e cinco títulos (tal qual a Espanha).


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Confiante em uma boa campanha e a classificação para as quartas de final, o treinador Paolo Nicolato teve o reforço de nomes importantes em relação ao grupo das eliminatórias – peças como Matteo Lovato, Sandro Tonali e Patrick Cutrone. Com a equipe fortalecida, o início da caminhada no Grupo B, sediado na Eslovênia, poderia ser facilitado.

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O primeiro jogo representava o maior risco, já que os azzurrini teriam pela frente uma boa seleção da Chéquia. Deixar pontos pelo caminho naquele momento, tendo a Espanha na rodada seguinte, poderia custar muito caro para Nicolato e companhia. Pensando na capacidade técnica e na experiência de Tonali entre os profissionais, o treinador optou por sacar Nicolò Rovella – grande maestro da equipe na campanha das eliminatórias – para a entrada do jogador do Milan.

No primeiro tempo, a troca não representou grandes mudanças, seja em termos estratégicos ou de desempenho. A Itália controlou a posse de bola, direcionando o jogo para o lado direito do campo, onde encontrava Davide Frattesi e Gabriele Zappa para atacar a profundidade. Dentro dessa dinâmica, Cutrone e Gianluca Scamacca se associavam no comando do ataque. Foi dessa maneira que o gol foi marcado, com Cutrone descolando lindo passe para Scamacca finalizar.

No segundo tempo, entretanto, a Chéquia veio com tudo para o ataque e a equipe italiana sentiu falta de um jogador mais presente no meio-campo para carimbar as jogadas e somar posse de bola – Tonali parecia bem desconcentrado e ausente do jogo. O crescimento da seleção checa acabou resultando no gol de empate, com Maggiore desviando cobrança de falta alçada à área e marcando contra.

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A atuação abaixo da crítica de Tonali ainda piorou quando o volante do Milan cometeu falta desnecessária e acabou expulso. Mesmo jogando com 10, a Itália ainda teve três boas oportunidades para marcar o gol da vitória, mas acabou concluindo mal. Riccardo Marchizza também acabaria expulso nos minutos finais.

Sem poder contar com Marchizza e Tonali, que acabou sendo suspenso por dois jogos e perdeu o restante da primeira fase, Nicolato mudou bastante a equipe para a partida contra a Espanha. O técnico deslocou Enrico Del Prato para o centro da defesa e entrou com Lovato aberto pela direita, com Luca Ranieri na esquerda. Além disso, Rovella voltava ao centro do campo para encarar uma partida na qual a Espanha deveria controlar a posse de bola. Seria de extrema importância para a Itália ter uma peça que conseguisse direcionar os ataques e potencializar cada posse ofensiva que tivesse – e acabou sendo esse o cenário do jogo.

Apesar da capacidade de Rovella e da expectativa em torno da partida, o campo acabou nos apresentando 90 minutos de um futebol pobre. De um lado, a Espanha tinha enorme dificuldade para transformar sua posse de bola em volume real de chances criadas; do outro, a Itália não somava saídas em velocidade e contava apenas com a ligação direta com Scamacca para levar algum perigo ao sistema defensivo espanhol. No final, boas defesas de Marco Carnesecchi garantiram o empate em 0 a 0, o que foi um bom resultado para os azzurrini. Contudo, a equipe italiana perdeu novamente dois jogadores por expulsão: Scamacca, que recebeu o segundo amarelo de maneira pouco inteligente, e Rovella num entrevero com os adversários.

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O cenário, que parecia bastante animador do começo da competição, já não era tão bonito para a partida decisiva contra a Eslovênia, que jogaria em casa. A Itália ainda dependia apenas de uma vitória para avançar sem fazer contas e até mesmo um terceiro empate serviria aos azzurrini no caso de vitória da Espanha contra a Chéquia. Porém, Nicolato precisaria lidar com muitos desfalques para armar o time.

O treinador não teria titular e reserva para executar a função de regista e também perdera o seu alvo para jogo direto. Para tentar resolver os problemas, Nicolato acabou apostando em Pobega como o homem da saída de bola e em Raspadori para completar o ataque junto a Cutrone. Embora a Eslovênia tenha assustado nos primeiros 15 minutos de partida, as soluções apresentadas pelo técnico surtiram efeito e o jogo representou a melhor atuação da Itália neste Europeu.

Pobega ditou o ritmo da seleção italiana, carimbando todas as jogadas e conseguindo ativar boas dobradinhas em campo, tanto com Frattesi e Raoul Bellanova pela direita quanto com Maggiore e Marco Sala pela esquerda. Além disso, Cutrone assumiu o papel de pivô, deixando apoios no centro do campo e ativando o companheiro Raspadori. O resultado foi um 4 a 0 bem construído por uma Itália que precisava muito da vitória e que está garantida nas quartas de final da competição.

Nicolato não faz muito segredo quanto às propostas que faz o seu coletivo aplicar em campo. O seu time gosta de controlar a posse de bola e faz a saída sempre em três jogadores mais um – abrindo bem os zagueiros e contando com o primeiro volante para direcionar o ataque da equipe. Mas, acima de tudo, a dinâmica entre a dupla de ataque precisa estar sempre alta para gerar jogo ofensivo e permitir que os alas participem bem da construção. Até maio, quando acontecem os jogos da fase final, o treinador terá bastante tempo para pensar quais dos 23 convocados – por regulamento, o grupo escolhido para esta fase é o mesmo da seguinte – representarão as melhores escolhas para o mata-mata, quando a concentração será fundamental e erros não costumam ser perdoados.

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