“Isto está tudo minado” – Record exposto em 3 capas | OneFootball

Record e a imparcialidade seletiva: quando o presidente do Benfica disse “isto está tudo minado”, não exagerou

Três capas bastam para expor, de forma clara, a linha editorial tendenciosa do Record e confirmar as palavras do presidente do Benfica num áudio divulgado de forma vergonhosa pelo canal CMTV, ao qual este jornal pertence: “Isto está tudo minado.”

Vejamos os factos. Quando António Silva cometeu um erro ao serviço da Seleção Nacional, o Record fez capa com o título “António não é Santo”, acompanhada de uma imagem isolada do central do Benfica. Quando João Félix falhou um penálti, a primeira página do jornal estampava “Infélix”, também com destaque individualizado. Em ambos os casos, jogadores formados ou ligados ao Benfica foram alvo de crítica direta e personalizada.

Mas o tratamento não é igual para todos. Nos Sub-21, após a eliminação de Portugal com um penálti falhado por Geovany Quenda, não houve qualquer destaque equivalente. Nenhuma manchete, nenhum trocadilho depreciativo. O jogador, curiosamente ligado ao Sporting, passou ao lado do rigor a que outros são sujeitos.

E há mais. Quando Quenda brilhou num jogo anterior, foi capa com referência direta ao Sporting. Mas após a eliminação, o mesmo Record já o identificava como jogador do Chelsea, emprestado ao Sporting. Pequenos detalhes que dizem muito.

Para o Record, o Sporting deve ser protegido — mesmo quando os factos exigem crítica. Não há imparcialidade, não há equilíbrio e, pior ainda, nem se esforçam por disfarçar. Quando o presidente do Benfica denunciou um sistema “minado”, referia-se exatamente a isto. E não faltam exemplos para lhe dar razão.