Investidores fecham modelo da SAF do Fluminense e prometem foco nos resultados esportivos antes do retorno financeiro | OneFootball

O Fluminense está prestes a dar um passo decisivo rumo à transformação em Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Investidores fecharam o modelo e devem apresentar oficialmente uma proposta nos próximos dias, abrindo caminho para uma nova etapa na gestão do clube.

Trata-se de um fundo liderado por 15 torcedores milionários, articulado pela gestora Lazuli Capital e que será administrado pela subsidiária LZ Sports. A proposta ainda prevê a possibilidade futura de venda de cotas em valores menores para outros torcedores, ampliando potencialmente a estrutura de sócios-investidores.

Caso o modelo seja aprovado pelo Conselho Deliberativo e, posteriormente, submetido ao voto dos sócios, o fundo se tornará sócio majoritário da futura SAF, com preponderância na gestão do futebol. O atual presidente do clube, Mário Bittencourt, deverá desempenhar um papel significativo na nova estrutura organizacional, com a possibilidade de ser designado como CEO da SAF.

Entre os nomes já associados ao fundo, estão figuras de destaque no meio financeiro e ligadas ao Tricolor: André Esteves (BTG Pactual), Thiago De Luca (Frescatto), José Zitelmann (Absoluto Partners) e integrantes da família Almeida Braga (Icatu Seguros).

Na proposta, está prevista prioridade aos resultados esportivos antes da busca por retorno financeiro. Os investidores assumem compromissos de aportes à vista e ao longo dos próximos anos, planejamento da folha salarial, e também a incorporação da base, do CT de Xerém e do futebol feminino sob a gestão da SAF. Além disso, a SAF teria responsabilidade sobre as dívidas do clube, estimadas em R$ 865 milhões até dezembro de 2024.

Ainda não houve confirmação sobre a data da votação entre os sócios. Como os investidores têm afirmado que não há pressa, é possível que a decisão fique para após a eleição presidencial, prevista entre a segunda quinzena de novembro e início de dezembro.