Inter avalia modelos de SAF dentro da cultura do clube; entenda | OneFootball

Com uma dívida total que já ultrapassou R$ 800 milhões, o Internacional encontra dificuldades para manter o alto nível da equipe em campo.

Em virtude dos gastos anuais apenas para quitar juros, o Colorado não consegue fazer investimentos sequer próximos a de outros times do país.

Para piorar, a entrada das SAFs no mercado nacional inflacionou o mercado e times que anteriormente não possuíam poder de investimento agora gastam milhões em reforços.

Diante deste cenário, a possibilidade do Internacional adotar um modelo de gestão diferente voltou a ser discutido internamente, justamente visando manter a competitividade.

A ideia, contudo, é tentar encontrar uma forma de comandar o clube respeitando a cultura e a história do Colorado sem, por exemplo, vender a equipe para uma empresa ou pessoa.

Essa informação foi revelada por Dalton Schmitt Jr., vice-presidente do Internacional, em entrevista aos portais “GE” e “GZH”.

“A gente não precisa ter um dono, pode ser uma sociedade de duas partes. Pode ser uma sociedade minoritária, onde vem um investidor que não necessariamente precisa comprar o controle, mas vai amarrar aquilo que lhe interessa”, iniciou o dirigente.

Para isso, o Internacional pretende contratar uma consultoria externa que aponte o melhor modelo a se adotar dentro da cultura atual do Colorado.

“A nossa ideia é muito rapidamente colocar esse barco na rua, em conjunto com o Conselho, para disparar esse estudo. Não podemos demorar muito para fazer, para chegar lá na frente e poder pelo menos ter a visão das alternativas que o clube pode expor”, acrescentou o vice-presidente que, por fim, destacou a importância da proximidade com a torcida.

“O torcedor é muito apaixonado no Brasil. A gente que olha as ligas de outros países percebe como essas relações são muito menos emocionais. São muito mais ligadas ao entretenimento do que propriamente à emoção. E não é o caso no futebol daqui”, finalizou Dalton Schmitt Jr.