Esporte News Mundo
·14 de junho de 2021
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Hoje, uma das relações mais bonitas entre clube e treinador teve fim. Lisca foi durante um ano e quatro meses o América-MG. Seu sangue pulsou as cores verde e branco, e ele realizou um dos principais trabalhos de sua carreira, levando o Coelho a um protagonismo nacional que há muito não se via. Luiz Carlos deixa seu cargo com a dignidade de um trabalhou feito com suas características: intensidade e trabalho duro.
Fizemos a seleção de alguns dos principais momentos dele treinando o Deca. Obviamente a campanha na última Copa do Brasil ganha destaque, mas existem também algumas outras ocasiões em que ele mostrou o porquê o seu auge na carreira foi vestindo o agasalho do América.
Confira:
A primeira grande demonstração de força do time no estado foi a vitória contra o rival da cidade, na Série B. Com um primeiro tempo arrasador, o time conseguiu abrir 2 a 0 na Raposa comandada por Enderson Moreira. Bauermann e Matheusinho marcaram.
Arthur Caíque descontou para os azuis, mas sem influência no resultado final. Lisca então iniciava uma série de jogos memoráveis contra o Cruzeiro. Foi sua principal vítima nos mais de 500 dias em Minas Gerais.
Além desse jogo, na fase anterior também tinha tido uma vitória histórica contra a Ferroviária. Porém, contra o Corinthians a força daquele time foi mostrada ao Brasil. A começar pela vitória fora de casa, surpreendendo muita gente. Marcelo Toscano marcou no finalzinho da partida, garantindo uma vitória enorme para o Coelho.
Na volta a estratégia foi jogar no contra-ataque. O Timão até conseguiu fazer o primeiro gol, mas a sorte estava do lado americano. Rodolfo converteu pênalti e empatou o embate. Com isso, Lisca e o América se classificaram para as quartas de final da competição. Para escrever mais histórias.
Talvez a maior catarse da “Era Lisca”. A começar pela vitória no Rio Grande do Sul. Contra o time que projetou o treinador para o mundo do futebol, ele montou uma estratégia para sair na frente. Rodolfo ainda no comecinho da partida saiu na frente, marcando. O time se segurou, levando novamente uma vantagem enorme para o jogo da volta.
Abel Braga, iniciando a arrancada com o Inter, conseguiu fazer o colorado vencer no Independência. Mas, Matheus Cavichioli estava lá e defendeu dois pênaltis.
Foi depois desse jogo que ele caiu na graça da torcida, comemorando a vitória. Os torcedores entoaram canções feitas para ele. Não foi por acaso: o América chegava a sua melhor campanha na história da Copa do Brasil.
Para conseguir subir, o Coelho teve que fazer um trabalho extremamente constante na Série B. Através de estratégias pensadas jogo a jogo, o time foi construindo pontuação suficiente não só para atingir o objetivo de subir, como também de ser campeão da Série B.
Destaco o periodo de setembro a novembro de 2020, quando a equipe ficou invicta por mais de 20 jogos. Um tropeço contra a Chape impediu a grande conquista, mas nada apaga a história.
Em 2021 Lisca também contruiu grandes histórias. E foi contra seu maior “freguês”. Foram três jogos contra o Cruzeiro, com três vitórias. O grande destaque vai para o jogo de ida da semi do Mineiro, com uma virada histórica. Alê e Ademir remontaram o placar, levando a vitória para o Independência. Aumentando a vantagem que já era grande da fase classificatória.
Como se não bastasse o resultado, ainda teve diversos momentos marcantes, como a discussão em campo contra o Fábio e a provocação no vestiário.
Na volta, outra vitória, ainda mais impositiva. Um 3 a 1, que inclusive marcou a sua última vitória como treinador do América.
Lisca deixa o cargo com lágrima nos olhos. Mas não pode ser esquecido o que ele construiu nesse período. Sua intensidade marcou o trabalho, o colocando como um dos grandes treinadores da história recente do Decampeão.
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