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·03 de dezembro de 2024

<i>Czech</i>-mate: olá, Campeonato da Europa!

Imagem do artigo:<i>Czech</i>-mate: olá, Campeonato da Europa!

Como é que está o vosso francês/alemão/italiano? Se não está nas melhores condições, sugerimos que comecem a estudar até ao próximo verão, porque vai ser passado na Suíça. Caro leitor, Portugal está no Campeonato da Europa 2025!

Depois do empate caseiro na histórica noite do Dragão, a equipa lusa foi buscar o apuramento a Teplice. Perante a Chéquia, Portugal venceu por 1-2 e assegurou a presença numa fase final do Campeonato da Europa pela terceira vez consecutiva.


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Entrada forte antes da falta de energia

A seleção nacional recomeçou exatamente do ponto de interrupção em relação ao primeiro encontro. Dinâmica, com pressão forte e agressiva na luta pelas segundas bolas, a equipa portuguesa dominou totalmente a partida nos primeiros 25 minutos. Patrícia Morais foi mera espetadora nesse período e o ascendente luso traduziu-se no golo, conseguido num desvio infeliz de Aneta Dedinová para a própria baliza.

Perante a boa entrada portuguesa, o encontro parecia caminhar para uma toada semelhante à que se verificou no Dragão. Porém, as checas subiram as linhas e colocaram mais problemas do que nunca à equipa lusa. Os maiores riscos cometidos pelas checas, aliados a uma aparente quebra de energia no meio-campo português - Kika Nazareth muito desaparecida do jogo - e a dificuldades no lançamento de uma pressão que foi cada vez menos em bloco, levaram o jogo a mudar completamente de figura.

Embora o ascendente checo não estivesse a ser traduzido em oportunidades de golo, o desconforto e a intranquilidade portuguesa sentiam-se. A circulação deixou de ser limpa, a segurança deu lugar a muitos passes falhados em zonas baixas, a bolas despejadas na frente e a um excesso de cruzamentos que beneficiaram mais quem os defendeu do que quem os atacou.

A dez minutos do intervalo, numa grande penalidade descortinada pelo vídeo-árbitro (VAR), a equipa da casa chegou ao empate. Justo, diga-se. O golo serviu também para espicaçar a equipa lusa, que nos derradeiros minutos da etapa inaugural começou novamente a dar sinais de maior controlo.

Jogar em metade do campo

Os sinais já estavam novamente a ser positivos quando as equipas recolheram aos balneários e a segunda parte trouxe novamente Portugal à procura de replicar a receita da primeira metade. O primeiro quarto de hora foi repartido, mas com Portugal a passar relativamente bem defensivamente e sem grandes problemas.

A seleção nacional continuou por cima, com mais bola e a descortinar caminhos para o último terço, muitas vezes através dos flancos e solicitando muito as subidas de Joana Marchão e Catarina Amado. Também houve mais Kika Nazareth, o que ajudou na qualidade da circulação lusa, e uma grande entrada de Andreia Norton para ajudar a equipa a reter bola.

Apesar das facilidades em chegar a zonas de decisão, Portugal continuou a revelar dificuldades no último passe. O acerto no cruzamento foi reduzido e a Portugal faltava apenas isso mesmo, maior eficácia no último passe.

Ironia do destino, Portugal resgatou o apuramento num momento do jogo onde as checas deveriam ser mais fortes: a bola parada. Apesar da maior estatura das adversárias, foi num livre lateral que a equipa lusa conseguiu o golo necessário: Joana Marchão cruzou com mestria e Diana Silva, nas costas da defesa, desviou de primeira para o golo.

Até ao final, Portugal soube controlar o encontro, mas ainda passou por um sobressalto: depois de Jéssica Silva desperdiçar uma ocasião soberana para fazer o 1-3, as checas só não forçaram o prolongamento porque o remate de Katerina Svitková esbarrou no travessão.

Depois de 2017 e 2022, Portugal vai estar no Campeonato da Europa pela terceira vez consecutiva. A prova realiza-se no próximo verão, na Suíça.

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