Ibrahimovic e Milan caminharão juntos por mais um ano, mas e o futuro? | OneFootball

“Eu sempre disse: jogar pelo Milan é como estar em casa”. Assim Zlatan Ibrahimovic comemorou sua renovação contratual com o clube milanês na noite desta quinta-feira, 22 de abril. O sueco foi à Casa Milan, sede do Diavolo, e ampliou seu vínculo com os rossoneri até junho de 2022. A diretoria milanista acredita, assim, que o atacante continuará sendo um diferencial dentro do elenco. No entanto, é necessário buscar no mercado um substituto para o goleador.

Desde que retornou ao Milan, em janeiro de 2020, Ibrahimovic fez a diferença na equipe comandada por Stefano Pioli. Foi um dos principais nomes do time na exuberante campanha de pós-lockdown e, na atual temporada, contabiliza 17 gols e três assistências em 25 partidas (somando todas as competições). O craque sueco certamente quebrou o tabu da segunda passagem vestindo vermelho e preto. O problema, entretanto, é a sua condição física.

Por causa de lesões e da covid-19, Zlatan perdeu, até o fechamento desta matéria, 20 jogos entre campeonato nacional e copas. Na primeira parte da temporada, a equipe conseguiu se virar bem sem o grandalhão, mas a situação degringolou a partir de janeiro, de modo que o ataque rossonero sentiu bastante a ausência do camisa 11.

De contrato renovado, Ibrahimovic jogará até os 40 anos – assim como Paolo Maldini, Javier Zanetti, Francesco Totti, Gianluigi Buffon, Ryan Giggs e outros ícones do futebol. Porém, a condição física instável do atacante põe em dúvida seu rendimento em campo até 2022. Mario Mandzukic, contratado em janeiro, não deverá renovar com os rossoneri, visto que perdeu vários jogos devido a lesões musculares. Já Rafael Leão não convence atuando na referência do ataque. Ante Rebic, por sua vez, não é centroavante de ofício.

Então, para não ser refém de um jogador que, embora decisivo, pode desfalcar o time em jogos importantes, a diretoria milanista já está trabalhando em possíveis substitutos do sueco. A imprensa italiana aponta três nomes como prováveis “vice-Ibra”: Andrea Belotti, 27 anos, o líder incansável do Torino; Dusan Vlahovic, 21, o sérvio que faz ótimo campeonato a serviço de uma decepcionante Fiorentina; e Gianluca Scamacca, 22, o prodígio do Sassuolo, emprestado ao Genoa e fã do próprio Ibra.

Andrea Belotti

Torcedor do Milan quando criança, Belotti chegou a ser fortemente especulado no Diavolo em 2017, mas acabou permanecendo no Torino. Hoje, o Galo, como é carinhosamente conhecido, é capitão e principal referência técnica do Toro. Em 2018, foi avaliado em 100 milhões de euros pelo presidente dos granata, Urbano Cairo. Todavia, o jogador, que tem como ídolo a lenda rossonera Andriy Shevchenko, não deverá suportar um eventual rebaixamento à Serie B com o Torino, podendo, com isso, buscar novos ares.

Dusan Vlahovic

O camisa 9 da Fiorentina desandou a balançar as redes adversárias em 2021, destoando do desempenho pífio apresentado pela Fiorentina na Serie A. Os gigliati lutam contra o descenso, mas Vlahovic traça um caminho totalmente oposto. Ele soma 16 gols e duas assistências em 34 jogos. Segundo a imprensa italiana, o sérvio não pretende renovar contrato com a Viola – o vínculo expira em junho de 2023 – e provavelmente deixará Florença no mercado de verão. O presidente da Fiorentina, Rocco Commisso, quer 40 milhões de euros para liberá-lo, valor que o Milan considera alto.

Gianluca Scamacca

Tido como a opção mais em conta, Scamacca está emprestado pelo Sassuolo ao Genoa até o fim da atual temporada. Avaliado entre 30 e 40 milhões de euros, ele desperta o interesse da cúpula rossonera para ser o vice-Ibra. O atacante deixou “boa impressão” ao marcar o gol contra que deu a vitória por 2 a 1 ao Milan sobre o Genoa, em San Siro, pela 31ª rodada do Italianão. E, antes do jogo, o jovem já havia rasgado elogios a Zlatan. “Para mim, [Ibrahimovic] é um ícone”, afirmou Gianluca, em entrevista à Sportweek. “Vê-lo fazer certas coisas com aquela idade, talvez com mais determinação que antes, carregar a equipe nos ombros me fascina e me estimula muito. Eu penso: se ele faz isso, por que eu não posso fazer?”, questionou.