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·31 de dezembro de 2020

Héctor Scotta: o homem a marcar 60 gols em uma temporada argentina

Imagem do artigo:Héctor Scotta: o homem a marcar 60 gols em uma temporada argentina

Essa semana, a Coluna Catimbando mostra uma das histórias mais malucas do futebol. Um pouco da carreira de Héctor Scotta, o homem que marcou 60 gols em um ano no argentino, e dali até os dias de hoje, está marcado na história. Não era o mais habilidoso, no entanto, o Gringo, como era chamado,  tinha muita vontade de buscar o gol, como um jogador de ataque deve ser. Seu irmão, Néstor Scotta, também foi jogador, e teve inclusive uma passagem pelo Grêmio.

Héctor nasceu no dia 27 de setembro de 1950, em San Justo, localizada na região central da província de Santa Fé. Ele começou no futebol em 1970, no Santa Fé, mas logo se transferiu para o San Lorenzo: clube onde faria história. Curioso que, ele começou como meia, e depois adaptado para o ataque. Teve também passagens pelo Sevilla e até mesmo o Boca Juniors.


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Do título ao mediano, e a ascensão de Scotta

Ele conquistou no time do Papa, o título argentino de 1974. O time jogava bem e Scotta era fundamental: 17 gols em 20 jogos. Já em 1975, o time ficou apenas na 10ª colocação do campeonato. No Metropolitano, ele marcou 32 gols em 38 jogos. No Nacional, com 28 gols em 23 partidas. Com isso, tinha mais gols do que jogos.

Como time, teve uma temporada ruim. No entanto, foi uma das maiores personalidades do futebol da época. Foi o maior goleador não só na Argentina, mas na América do Sul, e no mundo. Isso com apenas 25 anos. O jogador se lesionou em 1973 e poderia nunca mais voltar a jogar. Mas voltou, e foi gigante.

Como Scotta rendeu assim?

Bem, naquela época, o futebol tinha um teor mais ofensivo. Dessa maneira, acabavam saindo muitos mais gols do que hoje em dia. De qualquer forma, é muito difícil imaginar como chegou em tantos gols.

Era um time intermediário, e nada mais. Mas o espírito artilheiro está sempre latente‘, disse o jogador em uma entrevista, em 2010, parecendo também não entender. Mas o argentino tinha Negro Ortiz, um ponta esquerda lendário do futebol argentino, como companheiro de equipe, que, segundo o próprio jogador, tinha facilidade em dar assistências: “Além disso, tive como ponta um fenômeno como Negro Ortíz, que nem precisava olhar para mim para saber onde jogar a bola“.

E DEPOIS DO 60 GOLS VEM…

Depois de quebrar um recorde tão importante, a carreira de Héctor tinha tudo para decolar. Logo após seu grande ano, foi transferido ao Sevilla, da Espanha. Lá, também é muito lembrado por torcedores do time. Ficou até 1980 em solo espanhol. Em 2020, em seu aniversário de 70 anos, o Gringo lembrou seu último gol pelo clube, diante do Barcelona.

A partir daquele momento, as coisas começaram a complicar ao jogador. Ele passou a se transferir com frequência, e não se destacar. Teve até uma passagem, ou melhor, duas ao San Lorenzo, onde o time foi rebaixado. Chegou até mesmo a passar pelo glorioso Boca Juniors. Mas não rendeu como esperado, e Héctor chegou a disputar Segunda divisão.

PÓS CARREIRA DE HÉCTOR SCOTTA

Para finalizar, uma declaração do próprio Héctor Scotta, que buscou muito se manter no San Lorenzo, mesmo aposentado, mas não recebeu convites: “Lutei muito por mim e outros ex-jogadores que tanto deram ao San Lorenzo, mas eles nunca abriram as portas a nós.” O atacante ainda viria a completar: “os dirigentes não se lembram dos grandes jogadores, que poderiam trabalhar em escalões inferiores, como em outros clubes. Eu acho que deveria ser diferente“.

Essas raiz deveria ser preservada, e ser levada como meio de inspiração para jovens que começam hoje no clube argentino. Infelizmente, no caso do Scotta, acabou “esquecido pelo mundo”.

Foto Destaque: Olympia/Twitter

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