Há exatos 20 anos, o Vasco concretizava Virada do Século; relembre | OneFootball

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Matheus Palmieri·20 de dezembro de 2020

Há exatos 20 anos, o Vasco concretizava Virada do Século; relembre

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O dia 20 de dezembro abrigou um dos maiores jogos da história do futebol mundial. Em São Paulo, Vasco e Palmeiras decidiam a final da Copa Mercosul de 2000, no que ficou conhecida como a “Virada do Século”. Foram sete gols na terceira decisão da competição, que hoje atende como Sul-Americana, naquele ano. O OneFootball, então, relembra como foram os 90 minutos do histórico 4 a 3 que resultou no título vascaíno (spoiler alert!).


Pré-Jogo

O Vasco havia vencido a Libertadores de 1998, disputava as semifinais do Brasileirão daquele ano e havia despedido o técnico Oswaldo de Oliveira, após desentendimentos com o presidente Eurico Miranda a respeito da escalação na partida anterior contra o Cruzeiro, em São Januário. Já o Palmeiras tinha conquistado a Libera no ano anterior e a Copa dos Campeões e o Rio-São Paulo de 2000 – este inclusive sobre os vascaínos com um 4 a 0 na final.


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Após uma vitória do Cruz-Maltino no primeiro duelo por 2 a 0 e um trinfo alviverde por 1 a 0 no segundo, a decisão de quem seria campeão daquele ano ficou por conta da terceira e final partida. Isso porque o regulamento do duelo não previa desempate por saldo de gols.


Primeiro tempo

Boa parte da primeira etapa foi equilibrada, tanto que o Palmeiras só desandou a marcar a partir dos 30 minutos. Após cobrança de escanteio de Taddei, Junior Baiano colocou a mão lá no alto e desviou a bola. O árbitro Márcio Rezende de Freitas marcou pênalti, convertido por Arce.

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Enquanto a torcida do Palmeiras comemorava e transmissão da partida mostrava o replay do gol, o Verdão marcou o segundo com Magrão após rebote do goleiro Hélton: um banho de água fria em qualquer reação vascaína naquele momento. E ainda deu tempo para Tuta receber na entrada da grande área e bater cruzado rasteiro para fazer o terceiro antes do intervalo e enlouquecer um Palestra Itália lotado com quase 30 mil pessoas.


Segundo Tempo

O técnico do Gigante da Colina, Joel Santana, precisava ser ousado se ainda queria disputar o título. E foi. Tirou o volante marcador Nasa para a entrada do atacante Viola. E o camisa 9 foi um dos destaques do que viria a seguir, infernizando a defesa adversária pelo lado esquerdo. O Vasco, então, foi para cima.

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Logo aos sete minutos, Euller foi chutado por Fernando dentro da área, mas o árbitro nada marcou. Quando o volante se enroscou com Juninho Paulista, aos 13 minutos, no entanto, a penalidade foi assinalada. E lá foi Romário converter e iniciar a reação. E o camisa 23 voltaria a ser decisivo na partida: ele invadiu a área, e o Márcio Rezende de Freitas viu pênalti após carrinho imprudente de Gilmar na área. Nova penalidade, novo gol do eterno 11, aos 23 minutos.

Só quem foi vilão no primeiro tempo voltou a aparecer negativamente no segundo. Junior Baiano deu entrada perigosa em Flávio Luís na meia direita, bem distante da meta vascaína. O Vasco ainda assim se lançou ao ataque e conquistou o empate. Aos 40 minutos, Euller levantou a bola na área, e Romário furou. Só que até quando o gênio erra, ele acerta: a bola foi perfeita para Juninho Paulista bater de canhota e concretizar o impensável, o empate estava feito.

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A imagem de Juninho Pernambucano pedindo o apoio da torcida e batendo no peito, em sinal de raça, ecoa até os dias de hoje na memória de todos os vascaínos. O fim, no entanto, não era naquele momento. Tentar repetir a jogada do quarto gol do Vasco é uma tarefa complexa, uma vez que em um único lance há a habilidade de Viola em invadir a área, o individualismo de Jorginho Paulista para tirar a bola de seu companheiro, a reação imediata de Juninho Paulista em bater de primeira e o oportunismo – e marra ao sair comemorando pedindo silêncio – de Romário. A virada estava feita, e a história para sempre marcada.

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Foto de destaque:  Allsport UK/ALLSPORT