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AVANTE MEU TRICOLOR

·03 de outubro de 2024

Há 81 anos a moeda caía em pé: conheça a origem da expressão símbolo do São Paulo

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Em 1943 duvidaram da grandeza do São Paulo e se deram mal (Reprodução)

RAFAEL EMILIANO


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No dia 3 de outubro de 1943, o São Paulo enfrentou o Palmeiras no Pacaembu e, com o empate em 0 a 0, obteve o resultado que precisava para sagrar-se campeão paulista daquela temporada. Foi o primeiro título de competição oficial do Tricolor depois de reorganizado em 1935, e o primeiro no então ainda jovem Estádio Municipal de São Paulo (inaugurado em 1940 e que somente em 1961 foi batizado com o nome do são-paulino Paulo Machado de Carvalho), na conquista que entrou para a história como quando a moeda caiu de pé.

O São Paulo, que em 1930 havia nascido em berço de ouro, fruto da união de dissidentes do Paulistano, 11 vezes campeão paulista, com a AA das Palmeiras, três vezes vencedora do certame estadual, foi reconstruído ao custo de muito trabalho e perseverança, em 1935. De inquilino em um porão no centro da cidade, em 1936, a detentor de um dos maiores patrimônios do Brasil, atualmente, o caminho percorrido pelo clube foi árduo e repleto de histórias cativantes.

Em meados dos anos 1940, o Tricolor batalhava para reconquistar o posto de grande potência no futebol paulista, outrora alcançado com o Esquadrão de Aço e o título do Campeonato Paulista de 1931. A contratação de Leônidas, em 1942, foi o primeiro passo. Com ele, Luizinho, King e outros grandes jogadores, o São Paulo passou a ser visto como favorito ao certame. Mas não na opinião de todos…

Reza a lenda que na reunião do conselho arbitral que definiria o regulamento do Campeonato Paulista de 1943, os presidentes dos times debateram normas e mais normas, detalhes após detalhes quando, encerrada a discussão, um dirigente ou repórter teria afirmado que tudo aquilo não seria necessário, que bastaria jogar ao ar uma moeda para definir o vencedor daquele ano. Se ao cair desse cara, o campeão seria o candidato alvinegro, se desse coroa, o postulante alviverde – até então os tradicionais favoritos.

– “Mas e o São Paulo?” – Questionaram-se, levando a dúvida também ao representante do Tricolor. Como toda mitologia que se preze, muitas versões diferentes existem a partir daqui. Alguns dizem que esse homem foi Décio Pedroso, presidente são-paulino. Outros contam que era Frederico Menzen ou ainda Porphyrio da Paz (sabe-se que este não foi, pois prestava serviço militar em Natal, no período).

Em uma das histórias, um dos cartolas rivais ou dos jornalistas presentes teria afirmado: “Só se a moeda cair de pé!”.

E os dirigentes tricolores compraram a idéia, afinal éramos o Clube da Fé: “A moeda vai cair de pé!”. O São Paulo tratou de se reforçar mais ainda. Trouxe Zezé Procópio, Noronha, Ruy, Zarzur e Sastre – que os rivais chamavam de “Desastre”, por considerá-lo velho – e o time deslanchou.

No dia 3 de outubro, o cenário para disputa pelo título era o seguinte: o São Paulo necessitava apenas do empate para se sagrar campeão estadual pela primeira vez desde o “Esquadrão de Aço”, de 1931, e da reconstrução do clube, em 1935.

O Palmeiras, caso vencesse, proporcionaria um empate tríplice na primeira posição da tabela e forçaria a realização de um “Supercampeonato” junto ao Corinthians, que vencera os dois últimos confrontos dele. Ou seja, uma possível derrota são-paulina significaria um triangular envolvendo o “Trio de Ferro” para o desempate da questão.

Invicto há 13 jogos e com uma sequência de 12 vitórias seguidas nesse cartel, possuindo o vice-artilheiro da competição (Leônidas, com 16 gols em 15 partidas disputadas por ele), o São Paulo assumiu a figura de favorito para a conquista do troféu de campeão. A decisão não seria na “base da moeda”, no final das contas.

“O São Paulo possui, no momento, um ‘onze’ respeitável, em que não há ponto fraco. Com uma defesa boa, uma linha média de rara eficiência e uma vanguarda bem articulada, rápida e firme nos remates, está em condições de efetuar feitos maiores do que o esperado na luta de logo mais […]. Não é fácil prever, a despeito do favoritismo do S. Paulo F. C., qual dos dois clubes será o vencedor”.

A história da moeda, na “reviravolta” dessa situação, rapidamente veio à tona. O jornal O Esporte, de 1º de outubro, estampou em manchete: “Essa moeda é capaz de cair de pé!”, embora não tenha explicado a origem da brincadeira (o que demonstra que a conversa já era de conhecimento comum ao público).

O mesmo veículo ainda ressaltou que “Palmeiristas e corinthianos: unidos num pensamento comum, a derrota do São Paulo F. C.”. Nada mau para o Tricolor unir as duas faces da moeda, ditas sempre tão rivais.

Naquele dia 3 de outubro de 1943, o Pacaembu recebeu 50.143 torcedores ansiosos pela grande decisão, que era quase uma “revanche” do ano anterior. Embora o Municipal não estivesse completamente lotado, o “Choque-Rei” proporcionou outra quebra recorde para o futebol sul-americano. A renda de Cr$ 522.587,00 estabeleceu um novo marco, superando os números obtidos com esse mesmo confronto no 1.º turno do Paulistão daquele ano.

A partida preliminar, disputada pelos aspirantes tricolores e alviverdes, terminou empatada em 1 a 1. O placar deu o título de campeão da categoria ao time do São Paulo, que estava invicto nesse torneio! Bom sinal!

A causa principal de todos estarem ali presentes teve início às 15h45. Joreca mandou ao campo o goleiro King, os zagueiros Piolim e Virgílio, os médios Zezé Procópio, Zarzur e Noronha, e os avantes Luizinho, Sastre, Leônidas, Remo e Pardal. Tudo o que o Tricolor tinha de melhor.

O jogo começou, como era de se esperar, muito disputado, sem que ninguém se sobressaísse, e com muitas faltas e ataques encerrados antes de oferecerem perigo de gol. Em um avanço são-paulino, Remo lançou Sastre, que só foi parado mediante falta de Junqueira (que repetia as tristes atitudes de 1942). O argentino teve que sair de campo para ser atendido pelo massagista, ficando ausente do jogo por, aproximadamente, quatro minutos.

Sabedor da importância da partida, “El Maestro” fez de tudo para voltar ao jogo, mas, daí em diante, não esteve mais com 100% das condições físicas, trocando de posição com Luizinho, que passou a armar o time.

O próximo a sofrer pelas ríspidas ações alviverdes foi Leônidas, que foi ao chão depois de “duelo” com Og. Recuperado, o “Diamante Negro” revidou, no lance seguinte, com uma “bicicleta” em cima de Osvaldo. Infelizmente, a tentativa não resultou em gol.

“A batalha é já tigrina e provoca ondas de assaltos agressivos! O juiz admoesta Villadoniga, que está abusando…”.

Mais algumas tentativas tricolores de infiltração (com Sastre e Luizinho), e mais alguns minutos se passaram… “Acirra-se mais a luta e o juiz é obrigado a advertir severamente alguns alvi-verdes, pelas atitudes. Positivamente, existe muito má intenção… escondida. O juiz não deixa, porém, de deitar água fria no caldeirão da incorreção”.

Ah, o que não teria sido diferente se um juiz tão mais respeitado, como o dessa decisão de 1943, Carlos de Oliveira Monteiro, o “Tijolo”, tivesse apitado também o clássico do final de 1942 entre esses dois times?

De todo modo, o jogo estava quente e o Tricolor seguia pressionando. Depois de um ataque barrado com choque dentro da área palmeirense, a bola sobrou para Remo bater de primeira, “sem pulo”, e quase abrir o placar, não fosse a difícil defesa executada pelo goleiro Oberdan.

Não muito tempo depois, novo avanço são-paulino. Zézé encontrou Leônidas pela ponta, o atacante invadiu a área e serviu a Pardal, pelo meio, a quatro metros do gol, mas o jogador tricolor vacilou, por uma fração de segundo, no momento de chutar e o arqueiro adversário pulou sobre a bola.

O tempo fechou (nuvens de chuva cobriram o estádio), mas em campo a linha ofensiva do São Paulo tomava conta da partida e não cedia à violência alviverde. Sastre e Remo tabelaram e o último cruzou para Pardal, que finalizou de cabeça, sem acertar o alvo, contudo. A seguir, outra bola levantada por Remo teve como resultado o cabeceio de Leônidas e a defesa do guardião.

Antes do final da primeira etapa, o Tricolor teve ainda outras duas chances claras de gol. Na primeira, após drible de Remo, Pardal passou para Luizinho finalizar, mas este foi impedido de arrematar, no momento derradeiro, por Junqueira. Na segunda, Pardal penetrou pela linha de fundo e chutou forte, nas redes, mas pelo lado de fora.

A fase inicial foi plenamente dominada pelo São Paulo, que cedera pouquíssimas oportunidades para os rivais. Porém, o jogo virou drasticamente no segundo tempo.

“O Tricolor, uma vez gasto seus melhores cartuchos no 1º tempo, achou bom não tirar mais os olhos da defesa… Sua grande virtude foi essa. Claro, que si o adversário fizesse um ‘goal’ estaria frito…”.

Apesar de ter ameaçado a meta adversária com alguns contra-ataques, os são-paulinos não tiveram mais sossego no campo de defesa. Zarzur, impedindo o nascimento da maioria das jogadas ofensivas palmeirenses na “cabeça da área”, e King, se tornaram os principais nomes da partida pelo Tricolor. “King e Zarzur foram verdadeiros heróis”. O goleiro do São Paulo, de fato, fez milagres.

Aos 23 minutos, o maior: “Se isola uma bola malígna a Caxambu, que a explora completamente e corre como um fantasma em direção à meta. Três tricolores acodem desesperadamente para alcançá-lo, mas é impossível. King, por sua grande felicidade, sai e se antepõe; Caxambu, certo de visar as redes, finaliza, mas King, com um golpe mágico de mão, desvia a escanteio! É indiscutível a emoção e o nervosismo que causa esse episódio! A massa ‘torcedora’ alvi-verde parece doída…”

O arqueiro são-paulino continuou a fazer “miséria” lá atrás, salvando, na sequência, um chute forte de González. Após tantas intervenções do setor defensivo, evitando o perigo maior, o time são-paulino percebeu, nos 15 minutos finais, que era “imperiosamente necessário manter o empate”, enquanto a mentalidade adversaria fosse “vencer ou morrer”. Porém, de forma oposta ao que se imaginaria, os tricolores não recuaram totalmente, armando um ferrolho passivo e impenetrável. Pelo contrário, foram ao ataque!

“Eis que, nos últimos minutos, o alívio é grande, livra-se o São Paulo da mordaça que o quer sufocar, atira-se audaciosamente à frente e tenta perfurar a área, mas o verdadeiro objetivo é realmente ganhar tempo nas disputas de bola”.

E foi assim, de modo aguerrido e inteligente, que o Tricolor controlou o fim do jogo. O cronômetro, impassível, se tornou aliado, e, assim, “após um escanteio, […] por saída lateral da pelota, ouve-se o apito fatal… Acabou o jogo! Sai um grito histérico e histórico da garganta da massa de espectadores sampaulinos: ‘o São Paulo ganhou o campeonato!’”.

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A MOEDA CAIU EM PÉ

“Ei-lo: Campeão, soberbo, altivo e varonil!!! Lutas, glórias, sonhos, tudo se confunde no bimbalhar dos sinos, na aleluia da alma sampaulina radiante”.

Uma das primeiras reações dos campeões, ainda em campo, foi carregar o goleiro King nos ombros, em júbilo e em merecida homenagem. Nos vestiários, a festa seguiu aos brados de “Somos campeões, somos campeões!”.

Em meio à comemoração, o outro grande destaque da tarde, Zarzur, expôs as agruras daquela conquista: “Estou cansado e enegrecido de pó. Foi uma luta dura, o adversário não nos deu tréguas, e tivemos que fazer verdadeiros milagres para mantê-lo a distância em seus momentos mais inspirados”.

O treinador, Joreca (que também não podia conter a alegria), ainda tentou ser crítico e analisou o confronto com um viés técnico: “Jogamos apenas com dez homens. O curso da luta teria sido outro se Sastre não houvesse sofrido, inicialmente, aquele terrível golpe de Junqueira. Um homem como Sastre faz uma grande falta ao quadro”.

Já Luizinho, que guardava no peito e na alma os acontecimentos de 1942, desabafou triunfante: “Ganhamos um campeonato que nos custou muitos sacrifícios. Isso, por si só, é alguma coisa que nos faz orgulhosos. Tenho muitos títulos em minha carreira. Nenhum, porém, como esse”.

Sobre essa recordação e sobre o tão desejado título, o presidente Décio Pedroso afirmou: “Não tenho nada que dizer, meu amigo. Os fatos são os melhores argumento para justificar todo o brilho desta campanha”. Décio, contudo, revelou que havia feito uma promessa, ou melhor, uma profecia, “ainda sob a mágoa de uma terrível derrota: há um ano atrás, disse […] que ganharia o campeonato”. Motivado pelo “estupor da amarga derrota”, mobilizou mundos e fundos para formar um “quadro de futebol poderoso, respeitado e digno de um autêntico campeão”. Cumpriu o almejado (e o predito) com honras.

Cabe dizer que os dirigentes palmeirenses Del Debbio, Odílio Cochine e Higino Pelegrino tiveram um bonito gesto ao visitarem o vestiário são-paulino, no Pacaembu, para congratular os vencedores.

A festa são-paulina se irradiou pelo bairro do Pacaembu afora e tomou a cidade noite adentro. No Ponto Chic, tradicional restaurante paulistano no largo do Paissandu, os filhos de Paulo Machado de Carvalho, Paulinho e Alfredo, comemoraram junto ao compositor e radialista Denis Brean (todos os três tricolores fanáticos), e desta celebração surgiu uma “marchinha” improvisada:

“Acabou a marmelada

Acredite quem quiser

Até a macarronada foi comida de colher

Ehhhhh, São Paulo! Campeão!

A moeda caiu de pé!”

A referência à “marmelada” foi uma resposta à incrível e absurda ideia que circulou entre torcedores de que o Tricolor “entregaria” o jogo, que se deixaria vencer pelo Palmeiras, para forçar a realização do tal Supercampeonato, o qual, imaginavam e justificavam, proporcionaria rios de dinheiro aos clubes.

AS ORIGENMS DA HISTÓRIA

Os primeiros relatos conhecidos em registro impresso sobre “Moeda de pé” só foram encontrados nos dias 1º, 7 e 9 de outubro nos jornais O Esporte e A Gazeta Esportiva (nesse, com uma versão dos acontecimentos acima abordados).

Com exceção ao relato acima descrito, os demais são decorrentes da grande comemoração são-paulina pelo título. Toda forma, a passagem foi eternizada pelo traço do cartunista Nino Borges, de A Gazeta Esportiva, em duas caricaturas publicadas no jornal. A primeira, de 9 de outubro, com o presidente Décio Pacheco Pedroso ostentando um cetro de campeão ornamentado com a moeda de pé (acima exibida). A segunda, com o representante tricolor confrontando os dirigentes rivais com a prova da conquista em mãos – datada de 4 de março de 1944.

A grande comemoração planejada pelo Grêmio Sampaulino, para desentalar uma certa moeda da garganta, foi preparada para dias depois. Originalmente pensada para o fim do dia 4 de outubro (porém, adiada devido à chuva), a marcha au flambeaux pela conquista do Campeonato Paulista de 1943 partiu, no dia 6, às 19h30, da Rua 24 de Maio em desfile pelo centro da cidade, contando com uma imensa massa de tricolores, e paralisando a capital.

Essa passeata, sob luz de archotes, contou com batedores em motocicletas, fanfarra e bandas musicais, faixas saudando cada um dos jogadores campeões, como também homenagens aos dirigentes do Tricolor (como Décio Pedroso e Porphyrio da Paz), aos membros da imprensa e, até mesmo, aos clubes adversários.

“Era incalculável a massa popular que se cotovelava naquele trecho da movimentada artéria central. E todo aquele povo vibrava de entusiasmo, dando expansão à sua alegria pela conquista do título por parte do Tricolor”.

A principal atração do cortejo ficou a cargo de um carro alegórico sobre o qual uma moeda gigante, de pé, foi instalada (infelizmente, não são conhecidos registros fotográficos dessa alegoria).

“No carro alegórico vimos uma lembrança felicíssima. Uma enorme moeda, de pé, continha os seguintes dizeres: ‘E a moeda caiu de pé. Campeão de 43’. Ninguém ignora o caso da moeda. É que diziam que somente o S. Paulo conquistaria o galardão se a moeda da sorte caísse de pé, querendo [com] isto afirmarem a impossibilidade de o Tricolor vir a ser o campeão. Mas, ela caiu de pé mesmo, para o gáudio da família tricolor”.

A repercussão da mobilização tricolor tomou conta da mídia esportiva nos dias seguintes. O jornal O Esporte estampou na capa uma grande fotografia da torcida uniformizada do Grêmio Sampaulino.

“E A MOEDA CAIU DE PÉ! A um grande feito, grandes homenagens! Comemorando o término de uma luta de titãs, a gente sampaulina realizou ontem um cortejo-monstro. Apoteótica a manifestação pelo expressivo triunfo. A cidade jamais viu coisa deste gênero. Verdadeiro carnaval em pleno mês de outubro! Inteiramente coroada de sucesso a passeata da vitória”

Cinquenta anos depois, no dia 22 de outubro de 1993, o São Paulo, em recordação à conquista do Campeonato Paulista de 1943, instituiu a “Ordem da Moeda”, uma comenda honorífica que condecorou os atletas e dirigentes campeões, assim como sócios do clube ativos desde aquela data e, até mesmo, cronistas esportivos que vivenciaram tão significativo momento.

Nessa ocasião, cada homenageado recebeu um pequeno troféu, simples e simbólico: uma moeda de pé…

Nos 50 anos de celebração da conquista do Campeonato Paulista de 1943, o São Paulo Futebol Clube instituiu uma comenda em homenagem aos vencedores daquele torneio. Na noite de 22 de outubro de 1993, no Ginásio Poliesportivo do Morumbi, comemorou-se esse cinquentenário presenteando-se os atletas campeões, os dirigentes, os sócios e até mesmo cronistas esportivos do período. E, por causa da recente glória, os jogadores campeões do mundo de 1992 também foram condecorados com o prêmio.

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