Gazeta Esportiva.com
·28 de abril de 2020
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Inaugurado em 1960, o Morumbi passou por diversas transformações em sua história, e uma das principais aconteceu há exatos sete anos, quando todos os assentos passaram a ser da cor vermelha. A obra foi tão marcante que o São Paulo criou um uniforme comemorativo para a ocasião, mas que não foi tão bem recebido pela torcida.
No dia 28 de abril de 2013, a troca dos assentos foi oficialmente finalizada, horas antes do duelo contra a Penapolense, pelas quartas de final do Campeonato Paulista daquela temporada. A obra teve início ainda no ano anterior, e custou cerca de R$ 3 milhões aos cofres são-paulinos. O presidente do clube na época, Juvenal Juvêncio, foi o responsável por instalar a última cadeira, localizada em frente ao seu camarote.
Para festejar a nova fase do Morumbi, que até então contava com assentos nas cores amarela, azul e laranja, além da vermelha, o São Paulo lançou um uniforme que gerou polêmica. Assim como o estádio, tanto a camisa, como o calção e o meião eram todos tingidos de vermelho, inclusive o escudo e os patrocinadores.
Para poder ser utilizada em campo, a nova vestimenta do São Paulo precisou ser aprovada pelo Conselho Deliberativo. Isso porque o Estatuto do clube não permitia a utilização de uniformes que fugissem dos modelos tradicionais. Com a aprovação, o Tricolor iniciou a campanha com o mote “Vermelho, a cor da raça”, para lançar a camisa.
Não demorou para as primeiras críticas começarem a surgir. Mas fato é que o uniforme estava sendo falado, e era um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no dia de sua estreia. Uma das grandes reclamações dos torcedores era o escudo monocromático. Muitos são-paulinos entenderam como uma falta de respeito ao símbolo do clube.
Além do escudo, os patrocinadores e a numeração dos jogadores ficavam pouco visíveis na camisa. O uniforme foi planejado sem saber a data exata de lançamento, e a expectativa era que a estreia acontecesse em um tradicional domingo à tarde, às 16h. O jogo de estreia, entretanto, aconteceu às 18h30, quando já era noite em São Paulo. O horário da partida, segundo a diretoria de marketing na época, não foi o ideal.
Ainda assim, a camisa teve bons resultados nas vendas. O primeiro lote produzido pela fornecedora de materiais do clube na época, com cerca de 25 mil peças, foi esgotado rapidamente. Durante e depois do duelo contra a Penapolense, a loja do clube no Morumbi também registrou um grande volume de torcedores em busca do novo uniforme.
Depois de uma verdadeira festa, com direito à bateria de fogos no momento em que Juvenal Juvêncio instalou a última cadeira, o São Paulo entrou em campo com o novo uniforme e teve dificuldades para sair com o resultado positivo. Contra uma Penapolense muito retrancada, o Tricolor só conseguiu a vitória a partir do gol contra de Jaílton, após jogada de Osvaldo.
Os assentos do Morumbi permanecem todos vermelhos até hoje. De lá para cá, o estádio ainda passou por outras reformas, como a instalação dos refletores de LED e dos telões. Por outro lado, o polêmico uniforme foi utilizado apenas naquela partida, e é visto com pouca frequência nas arquibancadas da casa são-paulina.
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