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·06 de agosto de 2019
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A PL Brasil apresenta abaixo o guia da Premier League do Aston Villa 2019/2020.
Após amargar três temporadas na Championship, o Aston Villa enfim está de volta à Premier League. E se a campanha para o acesso teve início turbulento, com a demissão de Steve Bruce, a classificação aos playoffs só foi possível porque impulsionada por uma incrível sequência de dez vitórias na reta final do campeonato, com o técnico Dean Smith.
O triunfo se deu justamente na primeira temporada sob o comando de Wes Edens e Nassef Sawiris. Os donos bilionários resgataram a estabilidade financeira do clube, trazendo suporte e comprometimento, além, é claro, do capital necessário. E, com eles, veio também o prestígio, reconquistada a vaga na Premier League.
Mais que orgulho, o retorno à elite nacional representa alívio, por dar fim ao martírio na segunda divisão. O desastroso rebaixamento na temporada 2015/16 foi um grande choque, tanto para os torcedores quanto para o clube. Até então, os Villans se mantinham como uma das sete equipes presentes em todas as edições da Premier League.
Desta vez, para evitar que a tragédia se repita, e voltar a brigar na parte de cima da tabela, o Aston Villa não poupou investimentos para a temporada que se inicia. Pelo contrário, foi o terceiro clube inglês que mais gastou em contratações, um total estimado de 133,5 milhões de libras.
Inevitáveis as comparações com o Fulham, que, vindo de acesso, também ultrapassara a quantia dos 100 milhões de libras, contratando diversos jogadores, porém foi rebaixado. E é claro que a semelhança gera certa desconfiança quanto ao desempenho na temporada.
Mas, diferentemente da equipe londrina, as contratações dos Villans não foram motivadas por desespero, no prazo final da janela, e sim por necessidade, visando reposições, com planejamento e antecedência.
O clube manteve a base da temporada 2018/19 e se reforçou, sobretudo, nas posições de maior carência do elenco. Aliás, três das contratações foram para segurar importantes peças da equipe – os zagueiros Tyrone Mings e Kortney Hause, além do atacante Anwar El Ghazi.
A filosofia no mercado foi de apostar em jovens talentos, sem fazer loucuras por jogadores renomados. Assim, a exorbitante quantia na verdade reflete diversos contidos investimentos, que ainda podem render muito ao clube, não só em campo, mas também financeiramente.
A única contratação que foge do perfil é a do experiente goleiro Tom Heaton. Em um nível superior a Jed Steer, Lovre Kalinić e Ørjan Nyland, o ex-capitão do Burnley chega para ser titular absoluto.
Como o futuro de James Chester é incerto e Axel Tuanzebe retornou ao Manchester United, a zaga contará com dois novos reforços – Bjorn Engles, do Reims, e Ezri Konsa, do Brentford.
Para a lateral esquerda, a escolha foi Matt Targett, antiga promessa do Southampton, que deve ocupar a vaga de Neil Taylor. Já na lateral direita, contratado em janeiro, Frédéric Gilbert chega para fazer frente a Ahmed Elmohamady, após a saída de Alan Hutton.
O meio-campo segue sendo setor de destaque, graças à manutenção da dupla Jack Grealish e John McGinn, além do versátil Conor Hourihane. Na contenção, as saídas de Glenn Whelan e Mile Jedinak serão supridas em alto nível, com as contratações de Douglas Luiz e Marvelous Nakamba.
Para o setor ofensivo, chegaram Jota, do rival Birmingham City, e Trezeguet, do Kasimpasa. Junto de Anwar El Ghazi eles disputam entre si duas vagas na equipe titular.
Mas a esperança de gols está mesmo em Wesley Moraes, o jogador mais caro da história do clube – 22 milhões de libras. O brasileiro tem a missão de substituir Tammy Abraham, artilheiro dos Villans na Championship 2018/19, agora de volta ao Chelsea.
VAI: Ritchie De Laet (dispensado), Alan Hutton (dispensado), Mile Jedinak (dispensado), Micah Richards (aposentadoria), Glenn Whelan (dispensado).
VEM: Tyrone Mings (Bournemouth, £26.5m), Wesley Moraes (Club Brugge, £22m), Douglas Luiz (Manchester City, £15m), Matt Targett (Southampton, £14m), Ezri Konsa (Brentford, £12m), Marvelous Nakamba (Club Brugge, £11m), Björn Engels (Reims, £9m), Tom Heaton (Burnley, £9m), Trezeguet (Kasimpasa, £8.8m), Anwar El Ghazi (Lille, £8m), Frédéric Guilbert (Caen, £5m), Jota (Birmingham City, £4m), Kortney Hause (Wolverhampton, £3m).
Nascido em Birmingham, Jack Grealish chegou às categorias de base do Aston Villa em 2002, ainda criança. Hoje, aos 23 anos, é ídolo do clube, adorado pela torcida. Já são 145 partidas, com 23 assistências e 15 gols marcados. Se em sua última Premier League ainda tinha o status de promessa, entra na atual temporada como realidade.
O jogador evoluiu bastante durante os anos na Championship. Tanto que atraiu forte interesse do Tottenham na última temporada. E seria difícil segurá-lo novamente, caso os Villans não conquistassem o acesso.
Referência da equipe, em liderança, técnica e raça, Grealish foi protagonista no retorno à primeira divisão. Com o camisa 10 em campo, o aproveitamento do Villa foi de 66,7%; sem ele, de 31,1%. E para outra boa temporada, o clube confia, e muito, em seu capitão.
Mahmoud Hassan, mais conhecido como Trezeguet, é um jogador veloz e ofensivo, que atua pelo lado esquerdo do campo, e tem o drible como característica marcante. Terá concorrência na posição, mas chega ao Villa Park para ser titular, cercado de muita expectativa.
Iniciou carreira no Al Ahly e teve passagens por Anderlecht e Mouscron, da Bélgica, antes de se destacar no Kasimpasa, da Turquia. Na temporada 2018/19, disputou as 34 partidas do Campeonato Turco, todas como titular, totalizando nove gols e nove assistências.
Pela seleção egípcia, já são 41 partidas, com seis gols marcados. Teve desempenho apagado na Copa do Mundo, com destaque maior na Copa Africana de Nações.
4-3-3: Heaton; Guilbert, Mings, Engels, Targett; Douglas Luiz, McGinn, Grealish; El Ghazi, Trezeguet, Wesley. Técnico: Dean Smith.
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