Guia da Premier League 2022/23 – West Ham: Uma estranha calmaria | OneFootball

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·05 de agosto de 2022

Guia da Premier League 2022/23 – West Ham: Uma estranha calmaria

Imagem do artigo:Guia da Premier League 2022/23 – West Ham: Uma estranha calmaria

Cidade: Londres Estádio: Estádio Olímpico de Londres (60.000 pessoas)


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Temporada passada – 7º lugar

Depois do Big Six, qual o melhor time da Inglaterra? Durante um período, foi o Wolverhampton de Nuno Espírito Santo. Entre 2019 e 2021, o Leicester de Brendan Rodgers. E agora é o West Ham, que havia deixado Tottenham e Arsenal para trás na temporada anterior e confirmou seu crescimento com um sétimo lugar e uma excelente campanha na Liga Europa. É a primeira vez que os Hammers terminam duas edições da primeira divisão do Campeonato Inglês seguidas entre os sete primeiros colocados.

O recorte, claro, é arbitrário. Entre 1997 e 1999, o West Ham foi oitavo e quinto colocado. Mas quatro meses sem uma passadinha na parte de baixo da tabela, só para ver se a zona de rebaixamento está com saúde, são raros em sua história. O atual período se deve a David Moyes, que respondeu a todos – e havia muitos – os críticos e comanda um dos melhores trabalhos da Inglaterra, que quase foi premiado com vaga na Champions League.

Mas como acontece frequentemente com os clubes do segundo escalão, o West Ham, que no meio do campeonato ainda figurava entre os quatro primeiros, perdeu fôlego. Principalmente porque em paralelo avançava na Liga Europa, com direito a uma incrível virada sobre o Sevilla na sua maior noite no estádio Olímpico, que está pouco a pouco ficando menos frio e caindo no gosto do torcedor. O West Ham teve a oitava melhor campanha como mandante.

Na Premier League, foi muito competitivo até o fim de fevereiro. Havia perdido apenas seis vezes e desafiara os grandes. Foi responsável por uma das duas derrotas do Liverpool. Bateu o Tottenham e o Chelsea. Mas quando começou o mata-mata da Liga Europa, obrigado a dividir atenções e rodar o elenco, não conseguiu manter o ritmo. Nos últimos 11 jogos da liga inglesa, ganhou apenas de Everton, Aston Villa e Norwich.

Essa compreensível derrapada impediu que retornasse à Liga Europa. Ainda ameaçou o Manchester United, mas perdeu do Brighton na última rodada e ficou a dois pontos do sexto lugar. Sua próxima campanha europeia será na Conference League e, bem reforçado, espera mais uma vez brigar no topo da tabela da Premier League.

O mercado

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Nayef Aguerd, zagueiro do West Ham (Foto: Divulgação)

Principais chegadas: Gianluca Scamacca (Sassuolo), Nayef Aguard (Rennes), Flynn Downes (Swansea), Alphonse Areola (PSG)

Principais saídas: Andriy Yarmolenko (Al-Ain), Ryan Fredericks (Bournemouth), Arthur Masuaku (Besiktas), Mark Noble (aposentado), David Martin (sem clube)

É o mercado de mais investimento do West Ham desde 2018. Como continua ativo, os gastos devem passar de € 100 milhões, sem nenhuma venda (por enquanto). E está com a visão direcionada: chegaram dois reforços por cerca de € 35 milhões cada e está em busca do terceiro, o meia Amadou Onana, do Lille e da seleção belga.

Mas vamos falar dos que já chegaram. Gianluca Scamacca, que estava na mira do PSG, é a milésima oitava tentativa do West Ham de ter um centroavante goleador. Entre os que falharam, nomes como Sébastien Haller, Chicharito Hernández, Jonathan Calleri, Andy Carroll, Simone Zaza e muitos outros. Parecia que havia até desistido, feliz em efetivar Michail Antonio no comando de ataque.

Scamacca é uma ótima aposta. Perambulou entre as categorias de base de Roma, Lazio e PSV antes de chegar à do Sassuolo. Teve que suportar empréstimos antes de ganhar a sua chance no começo da temporada passada. Depois de um começo mais hesitante, enfileirou gols decisivos, garantindo pontos contra Milan e Napoli. Terminou a Serie A com 16 em 36 rodadas. Tem 1,95 metros, porte físico e velocidade, características que encaixam perfeitamente no perfil do West Ham, que gosta de esticar para o centroavante e castigar no contra-ataque.

O outro reforço notável dos Hammers é o zagueiro marroquino Nayef Aguerd, do Rennes. Fez 66 rodadas de Ligue 1 nas últimas duas temporadas, nas quais seu time esteve entre as melhores defesas e se classificou para competições europeias. Titular absoluto da sua seleção neste momento, e canhoto, como David Moyes queria.

O West Ham lembrou que seu goleiro titular tem 37 anos e confirmou a permanência de Alphonse Areola, bem mais jovem, para ter uma solução interna caso Lukasz Fabianski comece a decair. Fez uma aposta no volante Flynn Downes, titular do Swansea na última Championship.

O elenco

Fabianski tem moral com David Moyes. Também tem muitos anos na estrada e em breve precisará ser substituído. Tentará provar que essa hora ainda não chegou, em uma disputa quente com Areola pela camisa 1. Aguerd tem tudo para ser titular da defesa, provavelmente ao lado de Craig Dawson ou Kurt Zouma. Após muitas lesões, Angelo Ogbonna renovou por mais um ano para completar o setor, e Issa Diop deve ser colocado no mercado.

Vladimir Coufal é o dono da lateral direita desde que foi contratado do Slavia Praga, com o garoto Ben Johnson pedindo passagem. A lateral esquerda ficou um pouco descoberta com a saída de Masuaku e talvez vire um foco do West Ham no mercado. Apenas Aaron Creswell é natural da posição. Os nomes especulados – Filip Kostic e Maxwel Cornet – são praticamente de atacantes, o que indica que Moyes pode estar pensando em um esquema com três zagueiros.

Poucas duplas de volante na Inglaterra são mais qualificadas que Declan Rice e Tomas Soucek. Fortes na marcação, complementares em suas qualidades ofensivas. Do meio para a frente, Moyes conta principalmente com Jarrod Bowen, principal artilheiro (17 gols) e assistente (11) do time na última temporada, e Pablo Fornals para municiar Michail Antonio. Com a chegada de Scamacca, Antonio pode ficar livre para fazer outras funções. Saïd Benrahma e Manuel Lanzini são peças de apoio importantes. Nikola Vlasic ainda não brilhou desde que chegou do CSKA Moscou.

O técnico

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David Moyes, do West Ham (Foto: CLIVE ROSE/POOL/AFP via Getty Images/One Football)

Poucos esperavam que desse certo. Ninguém esperava que desse tão certo. Havia ficado com a imagem manchada pelo fracasso no Manchester United, mas principalmente por Sunderland e Real Sociedad. Fora dispensado do West Ham após um trabalho razoável e retornou para salvá-lo do rebaixamento. Mesmo com as dificuldades da pandemia, reorganizou a sua equipe para emendar duas campanhas entre os sete primeiros colocados e ainda fez muito barulho na Liga Europa. É um dos melhores trabalhos da Premier League.

O futuro

Mark Noble, importante capitão do West Ham que se aposentou ao fim da última temporada, tinha uma tradição: sempre limpava os vestiários em partidas fora de casa, em respeito aos anfitriões. Agora, quem assumirá essa responsabilidade é Ben Johnson. Apropriado que seja assim porque o lateral direito de 22 anos é outra cria das categorias de base muito identificada com o clube. Tem um concorrente duro em Vladimir Coufal, mas já soma 57 jogos no time principal em duas temporadas.

Expectativa para a temporada

O West Ham tomou gosto pelo futebol europeu e deve dar atenção à Conference League, na qual teoricamente tem até mais condições de chegar longe do que na Liga Europa. Em paralelo, se evitar lesões e uma queda de rendimento que às vezes surge em clubes do seu patamar atuando acima das expectativas, tentará mais uma vez se enfiar entre os seis primeiros colocados da Premier League e esboçar uma briga por vaga na Champions League, mas se terminar novamente na Liga Europa, estará bem satisfeito.

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