Guia da Premier League 2022/23 – Leeds: A vida pós-Bielsa | OneFootball

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Trivela

·05 de agosto de 2022

Guia da Premier League 2022/23 – Leeds: A vida pós-Bielsa

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Este texto faz parte do Guia da Premier League 2022/23. Clique e leia sobre todos os times. Cidade: Leeds Estádio: Ellan Road (37.890)

Temporada passada – 17º lugar

Após surpreender com a nona colocação em seu retorno à Premier League, a dúvida era se o Leeds, comandado por Marcelo Bielsa, daria um passo à frente ou se deterioraria na segunda temporada na elite inglesa. Opção B. Mas não foi culpa de Bielsa, pelo menos não diretamente. Ele tirou muita coisa de um elenco que nunca recebeu grandes investimentos, e uma hora esse elenco simplesmente quebrou. As lesões prejudicaram a temporada do Leeds, e Bielsa saiu no fim de fevereiro para dar ao clube uma chance de sobreviver. Estava certo. Com Jesse Marsch, o Leeds sobreviveu.


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Foi incrível para um time que havia apresentado um futebol tão bom em 2020/21, mas, até 13 de março, as vitórias do Leeds cabiam em uma mão: Watford, Norwich, Crystal Palace, Burnley e West Ham. A situação era desesperadora e nem sempre por falta de desempenho. Até jogou direitinho de vez em quando. Mas o seu principal artilheiro, Patrick Bamford, sofreu com muitas lesões e disputou apenas nove rodadas. Kalvin Phillips perdeu três meses de ação. O capitão Liam Cooper também ficou um tempão fora. Diante das circunstâncias, Marsch não poderia ter ido muito melhor.

Após perder do Leicester na estreia, somou dez pontos em quatro rodadas e seria derrotado apenas por integrantes do Big Six – Chelsea, Manchester City e Arsenal – antes do fim do Campeonato Inglês. Arrancou empates de Crystal Palace e Brighton e encerrou a campanha vencendo o Brentford. Foi o suficiente para ficar três pontos acima da zona de rebaixamento. E agora, com muitas idas e vindas no mercado de transferências, terá a chance de implementar o seu próprio estilo.

O mercado

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Luis Sinisterra é anunciado pelo Leeds (divulgação)

Principais chegadas: Brenden Aaronson (Red Bull Salzburg), Luis Sinisterra (Feyenoord), Tyler Adams (RB Leipzig), Rasmus Kristensen (Red Bull Salzburg), Marc Roca (Bayern de Munique)

Principais saídas: Raphinha (Barcelona), Kalvin Phillips (Manchester City), Kiko Casilla (sem clube)

Depois de sofrer pelo excesso de lesões, a única reação era tentar aumentar o elenco. Foi isso que o Leeds fez, e ainda não completou os seus negócios. Mapeia o mercado em busca de outro atacante para dar suporte a Bamford e Rodrigo. A primeira prioridade foi repor a saída dos seus dois principais jogadores: Raphinha e Kalvin Phillips.

Brenden Aaronson é mais um meia-atacante que joga por dentro, mas também pode ser usado pelos lados. Compatriota do técnico, estava no Red Bull Salzburg, pelo qual fez 13 gols em 66 jogos – uma média ok para a posição. Outra potencial reposição de Raphinha é Luis Sinisterra, destaque do Feyenoord vice-campeão da Conference e que vem de uma temporada em que marcou 23 vezes. Seria uma substituição de pé trocado porque ele atua pela esquerda. Mas de qualquer maneira, são dois promissores e jovens talentos ofensivos que darão mais poder de fogo ao Leeds.

Também da estrutura da Red Bull veio o substituto de Kalvin Phillips. E um antigo conhecido de Marsch, que promoveu sua estreia em Nova York e depois o reencontrou durante a curta passagem por Leipzig. Meia da seleção norte-americana, Tyler Adams tem características similares às de Phillips e tentará ditar o ritmo do meio-campo com seus passes.

Nas margens, o meia Marc Roca é uma boa aposta pelo valor baixo (€ 10 milhões) porque chegou a ser uma das grandes promessas do futebol espanhol, mas não chegou a explodir pelo Bayern de Munique. Rasmus Kristensen, também com 25 anos, foi mais um reforço do Salzburg para a lateral direita. Necessária porque Stuart Dallas ainda deve perder alguns meses por causa de uma fratura no fêmur.

O elenco

Marsch manteve a estrutura tática de Bielsa, um 4-2-3-1 que com o argentino previa muitas trocas de posição, mas é adepto do 4-2-2-2. Deve tentar basear a temporada nesse desenho. Kiko Casilla teve contrato rescindido e foi dispensado, deixando apenas o jovem Kristoffer Klaesson, 21 anos, como reserva de Illan Meslier – que tem 22. Talvez buscar uma opção barata e experiente para se integrar a esse grupo seja uma boa ideia.

O Leeds está com um problema nas laterais para as primeiras rodadas porque, além de Dallas, Junior Firpo machucou o quadril durante a pré-temporada. O zagueiro Pascal Struijk tem quebrado esse galho. Além dele, Diego Llorente, Robin Koch e o capitão Cooper são as opções para o miolo de zaga. Não é o setor mais forte do Leeds. O lateral direito Luke Ayling é um dos jogadores mais usados desde os tempos de Bielsa.

A saída de Phillips fará falta, mas Tyler Adams é um ótimo reforço ao meio-campo, que ainda tem Roca, Mateusz Klich e Adam Forshaw. Os últimos dois foram titulares na maioria dos jogos com Marsch. Agora terão forte concorrência. Do meio para a frente, Luis Sinisterra, Jack Harrison e Daniel James são as principais opções para os lados, junto com o deslocamento de Aaronson, que também pode jogar como uma espécie de segundo atacante com mais movimentação.

Porque, se Marsch quiser usar uma dupla de atacantes, as opções são escassas. Além de Bamford, ainda com um trabalho de recondicionamento físico para fazer, há apenas Rodrigo, que não correspondeu como se esperava desde que foi contratado. Os garotos Sam Greenwood e Joe Gelhardt acabaram de renovar contrato e podem ganhar alguns minutos nesse vácuo.

O técnico

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Jesse Marsch, técnico do Leeds

Homem da Red Bull, Marsch foi assistente em Leipzig e começou de fato a sua carreira na franquia de Nova York. Ganhou proeminência em Salzburg, porém, onde ganhou duas vezes a dobradinha nacional e foi escolhido para substituir Julian Nagelsmann na Alemanha. Alguma coisa deu muito errado porque, em um clube que acredita em processos, não teve mais do que 14 jogos de Bundesliga para mostrar serviço antes de ser demitido. Mas como tem um claro potencial, não ficou muito tempo desempregado e foi convocado pelo Leeds para substituir Bielsa. Fez o que tinha que fazer – e não era uma missão fácil. Agora, terá pré-temporada, reforços e alguma moral para impor suas impressões digitais.

O futuro

Do Sunderland para o Arsenal e depois para o Leeds, Sam Greenwood testou várias categorias de base. Ele ainda tem 20 anos e pouca experiência entre os profissionais, mas faz bastante gol entre os garotos e teve seu contrato renovado antes de a temporada começar. Na ausência de muitas opções para o comando de ataque, pode ganhar minutos e mostrar o quanto tem realmente de potencial para ser um centroavante de qualidade da Premier League.

Expectativa para a temporada

Quando o Leeds se contentaria em ficar na primeira divisão, Bielsa surpreendeu com um nono lugar. Quando o Leeds começou a imaginar voos mais altos, teve que se contentar com a permanência. Passado o susto, Marsch terá um pouco mais de tranquilidade para montar um time ao seu estilo e, se os reforços se adaptarem bem e as lesões diminuírem, ele também pode conduzir uma campanha perto do meio da tabela, enchendo o saco dos grandes e praticando um bom futebol. Ainda mais com as saídas de Raphinha e Phillips, esse seria um ótimo cenário.

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