Guia da Premier League 2022/23 – Everton: Retrocedendo | OneFootball

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·05 de agosto de 2022

Guia da Premier League 2022/23 – Everton: Retrocedendo

Imagem do artigo:Guia da Premier League 2022/23 – Everton: Retrocedendo

Cidade: Liverpool Estádio: Goodison Park (39.595 pessoas)


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Última temporada – 16º lugar

O pior cenário que o torcedor do Everton poderia ter imaginado era muito parecido com este: uma briga feroz contra o rebaixamento, evitado por apenas quatro pontos, com turbulência nos bastidores e troca de técnicos, culminando com a venda do seu principal jogador. O que ele poderia, sim, ter imaginado muito bem é que Rafa Benítez não teria muita tranquilidade para trabalhar em Goodison Park. Não teve, não foi bem e caiu fora no meio de janeiro, quando parecia impossível que o time conseguisse ganhar de alguém – ganhou apenas do Arsenal em um intervalo de 15 rodadas.

O começo até que tinha sido promissor? Benítez tentou afastar a resistência de parte da torcida pelo seu passado ligado ao Liverpool com quatro vitórias nas primeiras seis rodadas. Acontece que os adversários também não eram os mais poderosos. Dois rebaixados, o Southampton e o Brighton foram batidos. Quando a tabela começou a ficar mais difícil, os resultados rarearam tanto que apenas cinco pontos foram somados entre a metade de outubro e a metade de março.

O que significa que Frank Lampard também não saiu chutando a porta quando foi contratado no fim da janela de transferências de janeiro, junto com Dele Alli e Donny van de Beek. Dois reforços que pouco fizeram para mudar o panorama. Houve uma correção de rota em março. O Everton não ficou bom da noite para o dia, mas reaprendeu a somar alguns pontos e conseguiu evitar a queda, terminando a temporada levando uma melancólica goleada do Arsenal por 5 a 1.

Richarlison foi decisivo nessa sequência, mas não teve sua melhor temporada. Agora está no Tottenham. Dominic Calvert-Lewin sofreu uma lesão séria em setembro e não conseguiu recuperar a melhor forma física. Começa a nova temporada machucado novamente. O Everton contratou pouco até agora para tentar recuperar 20 pontos e voltar ao patamar que estava no fim do trabalho de Carlo Ancelotti – que ainda não era exatamente satisfatório.

O mercado

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Tarkowski é anunciado pelo Everton (Foto: Divulgação)

Principais chegadas: James Tarkowski (Burnley), Rúben Vinagre (Sporting), Dwight McNeil (Burnley

Principais saídas: Richarlison (Tottenham), Cenk Tosun (Besiktas), Fabian Delph (sem clube), Gylfi Sigurdsson (sem clube), Jarrad Branthwaite (PSV), Donny van de Beek (Manchester United)

A torneira secou. E secou legal. Mesmo Rafa Benítez praticamente não teve orçamento para contratar. Não é difícil entender por quê. Farhad Moshiri não hesitou em investir dinheiro no Everton desde que comprou o clube e, nos últimos quatro anos, o viu cair de oitavo para 12º, uma oscilação dentro da margem de erro para 10º, e 16º na temporada passada. Nem o dinheiro da venda de Richarlison ainda foi reinvestido. Com mais um mês de mercado pela frente, isso deve acontecer. Por enquanto, contratou quem dava para contratar – e isso quis dizer pegar quem queria sair do Burnley.

E ok, não fez maus negócios. James Tarkowski chegou sem taxas de transferências. Ainda tem 29 anos e era um dos zagueiros mais sólidos da parte de baixo da tabela da Premier League com o Burnley. Dwight McNeill, que custou cerca de £ 20 milhões, era o jogador mais talentoso do Burnley. Pode substituir o brasileiro porque gosta de criar a partir da ponta esquerda.

Rúben Vinagre, ex-Wolverhampton, foi emprestado por um ano para ser mais uma opção na lateral esquerda. O possível retorno de Idrissa Gueyé, do PSG, começou a ganhar as manchetes esta semana, e há interesse em outro jogador do Burnley, o ponta Maxwel Cornet, além de Amadou Onana, outro meia.

O elenco

Não é de fazer o torcedor suspirar, mas ainda deveria ser capaz de uma campanha mais digna. Jordan Pickford é por enquanto o titular da seleção inglesa, e seu reserva, Asmir Begovic, tem bastante experiência. A zaga ficou interessante com a chegada de Tarkowski, uma presença mais imponente que Michael Keane, Ben Godfrey e Mason Holgate. Ainda há Yerri Mina, se um dia ele conseguir parar de se machucar. Vitaliy Mykolenko chegou em janeiro para ser o titular na esquerda, e agora terá a concorrência de Vinagre. A lateral direita parece um pouco frágil porque ainda depende do capitão Seamus Coleman, 33 anos, ou terá que apostar na juventude de Nathan Patterson.

Allan e Abdoulayé Doucouré formam uma das melhores duplas de volante da Inglaterra, e Jean-Philippe Gbamin finalmente conseguiu ter uma sequência de jogos em seu empréstimo ao CSKA Moscou. Idrissa Gueyé deixaria o setor, que ainda tem a juventude Tom Davies, bem forte. André Gomes e Dele Alli são os meias mais criativos, embora ambos com um problema parecido: a irregularidade. No ataque, McNeil chega com possibilidade de ser titular, embora o garoto Anthony Gordon tenha sido uma das poucas boas notícias da última temporada. Demarai Gray e Alex Iwobi foram pelo menos sólidos, e agora, sem Richarlison, os gols dependem de Calvert-Lewin e do experiente Salomón Rondón.

O técnico

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Frank Lampard, técnico do Everton (Clive Brunskill/Getty Images)

Está chegando a hora de decidirmos se Frank Lampard é ou não um técnico com futuro. Não pegou a melhor situação no Everton, mas tinha material humano para conduzir um resgate mais seguro. Alternou bons e maus momentos pelo Chelsea e foi razoável no Derby County. Precisará mostrar mais alguns truques para não passar a impressão de que continua bem empregado porque é um dos maiores jogadores da história da Inglaterra. A situação, novamente, não é a ideal. O Everton pouco contratou até agora e perdeu seu principal nome. Mas terá uma pré-temporada para desenvolver suas ideias e tentar finalmente apresentar um pouco de consistência.

O futuro

Entre tantos problemas, pelo menos Anthony Gordon teve um ano de afirmação. Após um empréstimo não tão bem-sucedido assim ao Preston North End, o garoto de 21 anos jogou em 35 rodadas da Premier League, pelos dois lados do ataque, e se destacou a ponto de entrar na lista de reforços de outros clubes ingleses. Como o Tottenham. Sem Richarlison, e precisando de uma nova referência ofensiva, o Everton espera que ele se desenvolva ainda mais. Precisa até.

Expectativa para a temporada

Na real mesmo? A expectativa do Everton desde a chegada de Moshiri é brigar por vaga em competições europeias. Mas seriam necessários uma reviravolta incrível para isso virar realidade e um trabalho técnico que não sabemos ainda se está à altura de Frank Lampard. A realidade é voltar a figurar entre os dez primeiros, sem que a palavra rebaixamento apareça no noticiário. Seria um bom resultado, dadas as circunstâncias. Também é possível almejar alguma mágica nas copas inglesas, nas quais o Everton tem ido bem, com quatro semifinais nas últimas seis participações em FA Cup e Copa da Liga.

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