Guia da Champions League 2021/22 – Grupo G: Lille, Sevilla, Red Bull Salzburg e Wolfsburg | OneFootball

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Trivela

·14 de setembro de 2021

Guia da Champions League 2021/22 – Grupo G: Lille, Sevilla, Red Bull Salzburg e Wolfsburg

Imagem do artigo:Guia da Champions League 2021/22 – Grupo G: Lille, Sevilla, Red Bull Salzburg e Wolfsburg

Por que acompanhar

Alguns grupos na Champions League têm cara de Liga Europa. É o que acontece com o Grupo G, que inclui até mesmo o Sevilla para aumentar essa impressão. Se falta um antigo campeão do torneio na lista de participantes, ao menos as chances de ver uma disputa aberta são bastante consideráveis. É uma das chaves mais difíceis de se fazer um prognóstico. Os espanhóis são favoritos para a primeira colocação, seja pelo potencial de seu elenco ou pelo trabalho estabelecido de Julen Lopetegui. De resto, tudo pode acontecer com os projetos novos de Lille, Red Bull Salzburg e Wolfsburg.


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O grupo tende a oferecer ainda jogos mais duros e amarrados. Sevilla, Wolfsburg e Lille são equipes mais pragmáticas, que se destacam bem mais pela consistência defensiva do que por voracidade no ataque. O Salzburg, em compensação, pode se diferenciar por isso. Os Touros Vermelhos vêm de boas participações continentais e priorizam a ofensividade, mesmo com as trocas no comando. Além disso, o clube prima pelas revelações nas últimas edições da Champions – com menção principal a Haaland.

Vale destacar também como o mercado de transferências pode causar impacto em relação à última temporada. Sevilla e Wolfsburg contrataram bem, não necessariamente buscando estrelas, mas dando muitas opções aos seus diferentes setores para lidar com a competição continental. O Red Bull Salzburg, por sua vez, sabe como pinçar promessas em sua filial. Neste sentido, a desconfiança recai sobre o Lille, que mantém a base campeã francesa, mas com perdas significativas e nenhuma compra que realmente salte aos olhos.

Títulos

Lille – NenhumSevilla – NenhumRed Bull Salzburg – NenhumWolfsburg – Nenhum

Retrospecto recente

Lille

2020/21 – Não participou2019/20 – Fase de grupos2018/19 – Não participou2017/18 – Não participou2016/17 – Não participou

Sevilla

2020/21 – Oitavas2019/20 – Não participou2018/19 – Não participou2017/18 – Quartas2016/17 – Oitavas

Red Bull Salzburg

2020/21 – Fase de grupos2019/20 – Fase de grupos2018/19 – Preliminares2017/18 – Preliminares2016/17 – Preliminares

Wolfsburg

2020/21 – Não participou2019/20 – Não participou2018/19 – Não participou2017/18 – Não participou2016/17 – Não participou

Ambição

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Ivan Rakitic, do Sevilla (Imago / OneFootball)

Lille

O Lille terá a Champions League como seu grande objetivo da temporada. Está claro como os Dogues não conseguirão competir pelo bicampeonato na Ligue 1 e a equipe também corre o risco de sequer ter forças para se manter na briga pela classificação à próxima Champions. Assim, caberá aproveitar a oportunidade continental e tentar a vaga nos mata-matas. É ver se o time consegue engrenar, quando a queda de desempenho se mostra evidente, sobretudo pela saída do técnico Christophe Gaultier. Vale lembrar que, após a conquista nacional em 2010/11, o LOSC fez um papel ruim na Liga dos Campeões. A equipe terminou na lanterna do grupo (com Internazionale, CSKA Moscou e Trabzonspor), sequer avançando à Liga Europa.

Sevilla

O Sevilla é o clube mais competitivo da chave e demonstra isso pela consistência continental, o que não se nota nos demais concorrentes. Os andaluzes fizeram uma boa campanha na temporada passada, eliminados pelo Borussia Dortmund, e vinham de mais um título na Liga Europa em 2020. O objetivo dos rojiblancos, assim, será assegurar a primeira colocação para tentar evitar cruzamentos mais duros nas oitavas. A partir disso, é tentar contar com a sorte para pegar um caminho mais digerível na sequência da competição. Pelo que faz na Espanha e na Liga Europa, o Sevilla merece uma campanha mais longa na Champions. Porém, o clube só chegou uma vez às quartas de final neste século – quando despachou o Manchester United, antes de sucumbir ao Bayern de Munique.

Red Bull Salzburg

O Red Bull Salzburg vem de duas campanhas notáveis na Champions League, mesmo sem se classificar aos mata-matas. Se a presença na fase de grupos permaneceu como um tabu para o clube durante mais de uma década, os Touros Vermelhos aproveitaram bem a oportunidade nas duas últimas temporadas. O problema mesmo ficou para a dificuldade dos grupos, um contra Liverpool e Napoli, outro contra Bayern e Atlético de Madrid. Desta vez, o caminho parece mais aberto, embora Jesse Marsch tenha deixado o comando e a relevância continental tenha provocado uma limpa no elenco. Passar aos mata-matas é a missão, mas uma repescagem para a Liga Europa soaria mais do que compreensível, diante das circunstâncias internas e das mudanças.

Wolfsburg

O Wolfsburg não disputa a Champions League desde 2015/16. E aquela campanha ficou na história dos Lobos, com a classificação sobre o Gent nas oitavas e o crime quase cometido diante do Real Madrid nas quartas. Muito mudou na Volkswagen Arena desde então, mas os alviverdes ainda podem confiar numa nova aparição nos mata-matas. O time de Mark van Bommel começa melhor do que o esperado na Bundesliga e o mercado de transferências se voltou exatamente para a competição continental, dando profundidade ao elenco rumo às diferentes disputas. Depois da eliminação nas preliminares da última Liga Europa, a equipe parece melhor preparada para lidar com o desafio internacional e se colocar como o segundo candidato mais forte do grupo.

Ponto forte

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Karim Adeyemi (centro), do Red Bull Salzburg (Imago / OneFootball)

Lille

O Lille mostrou na temporada passada como poderia ser competitivo nos momentos decisivos. O clube passou a Ligue 1 inteira brigando pelo título, mas arrancou na reta final e ganhou confrontos diretos. Esse tipo de postura pode ser valiosa na Champions League, sobretudo num grupo nivelado. Além do mais, alguns jogadores do setor ofensivo chamaram a responsabilidade repetidas vezes, sobretudo Burak Yilmaz e Jonathan David. Por outro lado, as mudanças internas são sensíveis – com a despedida do técnico Christophe Gaultier, assim como as vendas do goleiro Mike Maignan e do volante Boubakary Soumaré. Assim, a classificação na Champions depende da recuperação da consistência defensiva que se perdeu neste início da temporada. A segurança dos Dogues foi um grande trunfo no título nacional e não se repete neste novo ciclo.

Sevilla

O Sevilla tem o padrão de jogo mais claro do grupo. Julen Lopetegui chega à sua terceira temporada consecutiva à frente dos rojiblancos. Montou uma equipe muito firme na defesa e que aplica um jogo direto em suas investidas, com força pelo alto e capacidade nas pontas. Na Champions passada, o treinador demonstrou como pode mudar um jogo difícil, fazendo o Borussia Dortmund passar aperto para conquistar a classificação. E o elenco atual dos andaluzes se sugere bem mais completo. O clube não sofreu perdas significativas na última janela e ainda trouxe ótimas alternativas. Os destaques ficam às laterais, onde Gonzalo Montiel e Ludwig Augustinsson garantem um descanso a Jesús Navas e Marcos Acuña, ao passo que ainda podem elevar o sarrafo da equipe titular.

Red Bull Salzburg

O Red Bull Salzburg é uma das equipes europeias que têm menos problemas para encarar processos de renovação. Basta vez o que aconteceu nas temporadas passadas, quando Jesse Marsch perdeu Erling Braut Haaland, Hwang Hee-chan e Takumi Minamino, mas ainda assim conseguiu fazer uma campanha digna no torneio continental mesmo com novos protagonistas. As excelentes categorias de base e redes de olheiros dos Touros Vermelhos facilitam tal processo, com novas fornadas de talentos sempre prontas a despontar. Apesar disso, as dificuldades atuais podem ser um pouco maiores, com o adeus de Jesse Marsch, além dos jogadores-chave que saíram – como Mergim Berisha, Patson Daka e Dominik Szoboszlai. O novo encarregado de dirigir o time é o iniciante Matthias Jaissle, de apenas 33 anos. O prodígio alemão treinava o Liefering, filial do Salzburg, e terá sua primeira experiência na Champions. Para facilitar sua transição, ao menos, vários garotos que já jogavam sob suas ordens na segundona austríaca têm rendido bem no primeiro time.

Wolfsburg

O Wolfsburg foi uma das melhores equipes no aspecto defensivo ao redor da Europa durante a temporada passada. E, mesmo com a mudança de treinador, tal característica permanece. Os Lobos lideram a Bundesliga com quatro vitórias magras e apenas um gol sofrido. A única perda do setor foi a de Marin Pongracic, que era reserva, e a diretoria ainda trouxe o ótimo Sebastiaan Bornauw para aumentar a solidez. Koen Casteels está entre os melhores goleiros do futebol alemão, Maxence Lacroix deve logo dar saltos maiores em sua carreira e Josuha Guilavogui é uma parede na cabeça de área. Ainda vale mencionar Ridle Baku, por vezes usado como ponta, mas que dá mais qualidade ofensiva quando escalado na lateral direita.

O craque

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Maximilian Arnold, do Wolfsburg (Imago / OneFootball)

Lille: Jonathan David

Jonathan David chegou ao Lille na temporada passada, após fazer sucesso no futebol belga, e ainda levou um tempo para engrenar. O centroavante, no entanto, prevaleceu na reta final da Ligue 1 e teria um papel importantíssimo na conquista do título. A expectativa é de que consiga render com frequência maior, agora que está adaptado ao clube. O canadense possui muita explosão e faro de gol, além de força física. Aos 21 anos, pode aproveitar a vitrine oferecida pela competição continental para se provar e buscar um novo contrato na próxima temporada. É um momento decisivo na sua carreira, especialmente pelo destaque com a seleção nacional, em busca da vaga na Copa do Mundo.

Sevilla: Jules Koundé

O bom mercado do Sevilla não se explica apenas pelos jogadores que chegaram ao elenco. Talvez o grande feito dos andaluzes na janela tenha sido mesmo segurar Jules Koundé, diante das investidas do Chelsea. Os Blues ofereceram alto para contratar o zagueiro, mas não o suficiente para atingir a pedida dos sevillistas. Desta forma, o beque permanece como protagonista da forte zaga ao lado de Diego Carlos e pode permitir que sua equipe sonhe com uma grande campanha. Aos 22 anos, Koundé figura nas listas de melhores defensores em atividade na Europa, muito por conta dos dois últimos anos vividos na Espanha. Tentará mostrar serviço no clube para dar a volta por cima com a seleção, após a atuação desastrosa como lateral direito contra a Bósnia na última Data Fifa.

Red Bull Salzburg: Karim Adeyemi

Nas duas últimas temporadas, o ataque do Red Bull Salzburg se desmanchou pelo menos três vezes. Munas Dabbur, Erling Braut Haaland e Patson Daka foram os artilheiros vendidos pelos Touros Vermelhos num intervalo curtíssimo. Mesmo assim, a equipe atual segue com um destaque ofensivo capaz de ganhar a primeira convocação à seleção alemã com apenas 19 anos. Adeyemi veio do pequeno Unterhaching e passou um tempo no Liefering, até se firmar no elenco principal do Salzburg durante a temporada passada. O adolescente costumava sair do banco, mas despontou na reta final do Campeonato Austríaco e virou titular na atual campanha. Já são seis gols na liga nacional, pintando como provável protagonista na Champions. E ele tem outras companhias interessantes na frente. Na preliminar da Champions contra o Brondby, o esloveno Benjamin Sesko (18 anos) e o americano Brenden Aaronson (20 anos) foram responsáveis pela classificação.

Wolfsburg: Maximilian Arnold

Arnold não marca tantos gols quanto Wout Weghorst e nem possui o renome de outros companheiros do elenco. O meio-campista, todavia, é uma figura central para o sucesso do Wolfsburg há muitos anos. Cria das categorias de base, o camisa 27 até parecia ter bola para virar jogador de seleção. Não chegou a tanto, com sua única chance limitada a 2014, mas virou um motor dos Lobos, pela leitura de jogo e pela capacidade técnica, sem se esconder do pau. Já são mais de 250 jogos pela Bundesliga, com temporadas muito boas sobretudo por seu papel na criação. Aos 27 anos, terá a chance de disputar a Champions pela segunda vez, depois de ter anotado um dos gols contra o Real Madrid na caminhada até as quartas de final em 2015/16.

Mister Champions

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Burak Yilmaz, do Lille (Imago / OneFootball)

Lille: Burak Yilmaz

Aos 36 anos, Burak Yilmaz foi uma surpreendente estrela na conquista do Lille no último Campeonato Francês. Em sua primeira oportunidade numa grande liga da Europa, o atacante fez chover e estrelou os Dogues em sua façanha. Agora, poderá disputar novamente a Champions, o que se acostumou a fazer pelos clubes turcos. Foram sete participações no torneio pelos quatro principais times de seu país – Besiktas, Fenerbahçe, Trabzonspor e Galatasaray. O ápice aconteceu com os Leões, em 2012/13. Numa equipe que também contava com Didier Drogba e Wesley Sneijder, Yilmaz foi o artilheiro com oito gols e se provou decisivo na caminhada do Galatasaray até as quartas de final. Naquela que pode ser a última chance da carreira, terá mais motivação.

Sevilla: Ivan Rakitic

O Sevilla possui um elenco de jogadores experientes. Jesús Navas, em especial, supera os 120 jogos por competições continentais – incluindo três títulos de Copa da Uefa / Liga Europa com os rojiblancos. Ainda assim, o capitão fica um passo atrás quando o assunto é Champions. Rakitic faturou a Liga Europa com o Sevilla, mas possui mais história para contar no torneio principal. Iniciou a campanha do Schalke 04 semifinalista em 2010/11, antes de se mudar à Andaluzia, enquanto depois brilharia no Barcelona campeão em 2014/15. Mesmo que a idade pese sobre sua capacidade física, o maestro teve seus momentos de destaque na campanha passada e leva para campo uma experiência enorme para transmitir aos companheiros nesse tipo de situação.

Red Bull Salzburg: Andreas Ulmer

Capitão do Red Bull Salzburg, Andreas Ulmer tem idade para ser pai de alguns de seus companheiros. E quando muitos jogadores do elenco ainda eram crianças, ele já estava participando da Champions pelo clube austríaco. O lateral esquerdo fez parte de quase todas as frustrações do Salzburg nas preliminares da competição continental. Foram nove eliminações no certame até que ele pudesse, enfim, estrear na fase de grupos. Foi titular em todos os jogos nas duas últimas campanhas e segue como uma liderança expressa dentro dos vestiários, aos 35 anos. O austríaco ainda tem no currículo a trajetória até a semifinal da Liga Europa de 2017/18, quando também esteve entre os melhores do time.

Wolfsburg: Admir Mehmedi

O Wolfsburg é um dos elencos com menos partidas acumuladas na Liga dos Campeões. O mais experiente na competição é o técnico Mark van Bommel, que disputou finais com Barcelona e Bayern de Munique. Já entre seus jogadores, o mais acostumado ao cenário continental é o atacante Admir Mehmedi. O suíço disputou a Champions por Zurique, Dynamo Kiev e Bayer Leverkusen, além de ter atuado na Liga Europa com o Freiburg. Com os Lobos, esteve apenas em duas edições na Liga Europa e ainda tentou evitar a queda precoce nas preliminares passadas. Resta saber se sua rodagem garantirá alguns minutos a mais em campo, já que tem esquentado o banco na Bundesliga.

A contratação

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Erik Lamela, do Sevilla (Imago / OneFootball)

Lille: Angel Gomes

O Lille preferiu fazer poucas apostas neste mercado de transferências, mesmo perdendo alguns de seus principais jogadores. Amadou Onana e Gabriel Gudmundsson chegaram como nomes a médio prazo, enquanto Ivo Grbic veio emprestado do Atlético de Madrid para garantir competição no gol. Para encorpar o elenco, os Dogues contam com o retorno de jogadores que estavam emprestados, e o principal deles é Angel Gomes. O ponta das seleções inglesas de base jogava pelo sub-23 do Manchester United quando assinou sem custos com o Lille em 2020, mas acabou emprestado de imediato ao Boavista. Depois de uma boa temporada no Campeonato Português, a promessa de 21 anos voltou à França e finalmente pôde estrear. Tem sido titular na meia esquerda, mas ainda sem grandes contribuições.

Sevilla: Erik Lamela

O Sevilla contratou seis novos jogadores nesta janela de transferências. Nenhum deles chega com o rótulo de titular absoluto, mas todos eles têm nível para pelo menos se revezarem na disputa da Champions League. Thomas Delaney e Rafa Mir são bons acréscimos, além dos supracitados Montiel e Augustinsson, mas nenhum deles com a experiência de Erik Lamela. Aos 29 anos, o ponta não foi tudo aquilo que se apostava no Tottenham, mas teve seus lampejos e pode decidir partidas para os rojiblancos. Tal capacidade de definição se notou logo cedo em La Liga, com o argentino saindo bem do banco para garantir pontos cruciais no início da campanha. Agora ele volta à Champions, torneio do qual foi finalista com os Spurs, embora tenha se lesionado exatamente na reta final em 2018/19.

Red Bull Salzburg: Bernardo

O Red Bull Salzburg é um clube que faz raríssimas contratações de jogadores acima dos 23 anos e boa parte de seus reforços são pinçados do Liefering, a filial na segundona austríaca. Até por isso, a adição de Bernardo chama atenção. O brasileiro retorna ao clube onde deu seus primeiros passos como profissional, com passagens posteriores pelo RB Leipzig e pelo Brighton. Ele já tinha sido emprestado ao Salzburg no segundo semestre da temporada passada, mas sofreu com as lesões e não teve tanta sequência como titular. Contratado em definitivo nesta janela, vem sendo mais aproveitado como lateral esquerdo ou deslocado como volante. Até pela vivência na Premier League, pode auxiliar na orientação de companheiros bem menos rodados.

Wolfsburg: Lukas Nmecha

O Wolfsburg fez um dos melhores mercados da Alemanha, sobretudo no setor ofensivo. Os Lobos pegaram Luca Waldschmidt e Dodi Lukébakio em baixa, enquanto trouxeram Maximilian Philipp de volta do futebol russo. O destaque inicial, porém, é Lukas Nmecha. O atacante brilhou na recente conquista do Campeonato Europeu Sub-21 com a Alemanha, quando foi o artilheiro da equipe e marcou gols em todos os jogos nos quais esteve em campo desde as eliminatórias – inclusive na final. Emprestado do Manchester City ao Anderlecht na última temporada, Nmecha foi comprado pelo Wolfsburg por € 8 milhões e faz a diferença para os atuais líderes da Bundesliga, com dois gols em três partidas – mesmo saindo do banco nas duas primeiras. Não deve atuar na posição de Wout Weghorst, mas ganha chances como ponta direita.

O técnico

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Mark van Bommel, do Wolfsburg (Imago / OneFootball)

Lille: Jocelyn Gourvennec

Christophe Gaultier assumiu o Lille na luta contra o rebaixamento, conseguiu levar o clube de volta à Champions League e ainda conquistou a Ligue 1 depois de uma década de hiato. Estava clara a parcela de responsabilidade do comandante nesta ascensão, mas, com os investimentos estagnados, ele preferiu assumir um projeto mais promissor no Nice. E a escolha de Jocelyn Gourvennec para substituí-lo causou estranheza. O treinador de 49 anos teve seu breve destaque no modesto Guingamp no início da década passada e não deu certo quando ganhou uma oportunidade para dirigir o Bordeaux. Neste começo com os Dogues, também não consegue repetir o nível de desempenho de seu antecessor e, mesmo com a conquista da Supercopa da França, vê seu trabalho em xeque. A Champions vai exigir sua resposta.

Sevilla: Julen Lopetegui

Lopetegui está no grupo de principais treinadores do futebol espanhol, mesmo com uma carreira relativamente curta. Fez um excelente trabalho nas seleções de base e teve uma experiência positiva no Porto, até conduzir a renovação da seleção principal após a saída de Vicente del Bosque. Cumpria bem na missão, mas o tumultuado acerto com o Real Madrid rompeu a confiança às vésperas da Copa de 2018. E se não emplacou no Bernabéu, o Sevilla recupera seu prestígio e comprova como ele realmente tem talento na casamata. Lopetegui combina boas campanhas em La Liga com dignos momentos nas competições continentais, já erguendo a Liga Europa. Também soube formar uma espinha dorsal forte na Andaluzia e parece capaz de elevar o nível da equipe. Por tudo aquilo alcançado nestes dois anos, é um treinador com seu lugar na história dos rojiblancos e que pode elevar tal percepção através da Champions.

Red Bull Salzburg: Matthias Jaissle

Matthias Jaissle quebra recordes de precocidade aos 33 anos, mas possui uma excelente base para ascender tão rápido na carreira. Antigo zagueiro de Ralf Rangnick no Hoffenheim, o alemão precisou encerrar a carreira cedo por conta das lesões e logo iniciou sua preparação como técnico. A primeira chance veio através do próprio Rangnick, tornando-se assistente de Sebastian Hoeness na base do RB Leipzig. Passou também duas temporadas como assistente do Brondby, até ganhar o convite para dirigir o sub-18 do Salzburg, e depois o Liefering, a filial dos Touros Vermelhos. Com a partida Jesse Marsch, Jaissle tornou-se o próximo na linha sucessória e indica que pode manter o sarrafo alto na Red Bull Arena: venceu seus dez primeiros jogos na equipe principal, agora com a chance de estrear na Champions.

Wolfsburg: Mark van Bommel

Van Bommel impõe mais respeito por sua história como jogador do que como treinador. O antigo capitão da seleção holandesa encerrou sua carreira em 2013 e, pouco depois, virou assistente do sogro Bert van Marwijk nas seleções da Arábia Saudita e da Austrália. Entre um trabalho e outro, o ex-volante dirigiu a base do PSV e voltou para o clube onde foi ídolo em 2018, para assumir a equipe principal no lugar de Phillip Cocu. O trabalho não deslanchou e, depois de uma temporada e meia, Van Bommel acabou demitido. O holandês ficou um ano e meio desempregado, até ser convidado para dirigir o Wolfsburg no lugar de Oliver Glasner. O caminho já estava bem pavimentado pelo antecessor e, apesar da eliminação precoce na Copa da Alemanha, o começo é positivo pelos resultados – mesmo faltando um duelo de mais peso neste início de Bundesliga.

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