Guia da Champions League 2020/21 – Grupo F: Zenit, Borussia Dortmund, Lazio e Club Brugge | OneFootball

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Trivela

·20 de outubro de 2020

Guia da Champions League 2020/21 – Grupo F: Zenit, Borussia Dortmund, Lazio e Club Brugge

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POR QUE ACOMPANHAR

Os melhores grupos da Champions League não são necessariamente aqueles que trazem consigo as camisas mais pesadas ou que monopolizam a classificação em duas equipes. Por isso mesmo, o Grupo F promete ser um dos mais interessantes desta edição do torneio. A imprevisibilidade está expressa entre concorrentes que possuem suas armas, mas também não apresentam um futebol tão confiável assim. De todas as chaves, o Grupo F se sugere o mais aberto às surpresas e o mais difícil de se cravar quem avança aos mata-matas.


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O Borussia Dortmund carrega a sua dose de favoritismo, mas não é um time constante. Sem dúvidas, os aurinegros são os que contam com as melhores individualidades e também a maior experiência na competição. O que não garante tanto assim o trabalho de Lucien Favre, sobretudo pelas fragilidades defensivas e fora de casa. Já a Lazio vem de uma excelente temporada na Serie A, mas estava há mais de uma década longe da fase de grupos da Champions. É preciso ver até onde a corda estica para o time de Simone Inzaghi, sem grandes adições nesta janela de transferências e com sinais mais constantes de irregularidade.

O Zenit é o cabeça de chave e possui um alto investimento, com jogadores de qualidade e o domínio no futebol russo. Nem sempre é o suficiente para fazer bonito na Champions, embora os celestes tenham equilibrado em um grupo do qual vieram dois semifinalistas (Lyon e Leipzig) na temporada passada – mesmo avaliado como um dos mais fracos. Já o Club Brugge é mesmo o azarão, até pela venda de protagonistas nos últimos meses. Apesar disso, complicou a clubes de peso no último ano, inclusive ao Real Madrid. Parece ser possível ao menos beliscar a repescagem à Liga Europa – como aconteceu nas duas últimas campanhas, aliás.

TÍTULOS

Borussia Dortmund – 1 (1996/97) Lazio – nenhum Zenit – nenhum Club Brugge – nenhum

RETROSPECTO RECENTE

Zenit

2019/20 – Fase de grupos 2018/19 – Não participou 2017/18 – Não participou 2016/17 – Não participou 2015/16 – Oitavas de final

Borussia Dortmund

2019/20 – Oitavas de final 2018/19 – Oitavas de final 2017/18 – Fase de grupos 2016/17 – Quartas de final 2015/16 – Não participou

Lazio

2019/20 – Não participou 2018/19 – Não participou 2017/18 – Não participou 2016/17 – Não participou 2015/16 – Não participou

Club Brugge

2019/20 – Fase de grupos 2018/19 – Fase de grupos 2017/18 – Preliminares 2016/17 – Fase de grupos 2015/16 – Preliminares

AMBIÇÃO

Borussia Dortmund

Com certas sobras, o Borussia Dortmund é o clube mais experiente do Grupo F na Champions. As aparições no torneio continental são constantes e quase sempre resultam em mata-matas. Mas não é que os aurinegros tenham chegado tão longe durante os últimos anos, com campanhas mais curtas na metade final da década. O próprio desempenho em 2019/20 deixou a impressão de que poderia mais, com a vitória sobre o PSG na ida, mas a reviravolta no duelo que culminou na eliminação. O sucesso do Bayern coloca pressão no Signal Iduna Park. É ver como o BVB corresponde, dependendo ainda mais de seus jovens destaques. Sancho e Haaland, se desejam mesmo dar novos saltos na carreira, tentarão aproveitar a vitrine.

Lazio

A Lazio pode ter desaprendido como é disputar a Champions, algo costumeiro ao clube durante os fortes tempos na virada do século. Ainda assim, em uma chave acessível graças ao cabeça de chave, a classificação é uma ambição natural do time de Simone Inzaghi. Há uma dúvida sobre como os laziali lidarão com a maratona de partidas, bem como com o objetivo de se aproximar do Scudetto. Mas a classificação às oitavas é importante não apenas para recobrar a grandeza da agremiação, mas também para garantir milhões na conta bancária em um momento de crise e permitir novas contratações. Muitos destaques terão espaço na Champions pela primeira vez, a exemplo de Sergej Milinkovic-Savic, mas não que os biancocelesti viessem de grandes momentos recentes na Liga Europa.

Zenit

Até pelo posto de cabeça de chave, o Zenit possui uma cobrança sobre si. O clube de São Petersburgo se beneficia pelo bom ranking da Rússia e a relevância de seu país no sorteio gera uma expectativa de que os celestes possam fazer mais. Porém, o fato de pegar adversários em condições mais modestas não gera tantas garantias assim. É um time que mescla bem a experiência de jogadores locais com o potencial de estrangeiros, sobretudo os sul-americanos. De qualquer forma, apesar de algumas boas atuações na campanha passada, falta mais regularidade no torneio ao time de Sergey Semak para sonhar com as oitavas de final.

Club Brugge

Como em outras oportunidades recentes, o Club Brugge retorna à Champions cotado como a quarta força de sua chave. Entretanto, os belgas já deixaram bem claro por que não podem ser descartados de antemão. É um clube que faz muito bem seu trabalho com as categorias de base e, correndo por fora, monta equipes efetivas. Nas duas últimas edições, a agremiação roubou pontos dos chamados favoritos – com empates diante de Real Madrid, Atlético de Madrid e Borussia Dortmund. Além do mais, deixou para trás Galatasaray e Monaco, pegando o atalho à Liga Europa na corrida com oponentes que pareciam mais renomados. É bom que os adversários desta edição estejam igualmente atentos que não haverá um saco de pancadas.

PONTO FORTE

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Borussia Dortmund

A individualidade costuma fazer toda a diferença ao Borussia Dortmund na Bundesliga e não deverá ser diferente na Champions. O clube se pauta bastante na qualidade de seus jogadores e isso gera críticas naturais ao trabalho de Lucien Favre, muito inconsistente coletivamente. Por mais que o rendimento da defesa tenha melhorado nos últimos meses, tantas vezes os aurinegros dependeram da voracidade de seu ataque para conquistar seus resultados. E não deverá ser diferente desta vez, até pela alta quantidade de opções excelentes que o BVB possui. Sancho, Haaland, Marco Reus, Julian Brandt, Thorgan Hazard e ainda outros constituem uma das melhores linhas de frente da Europa, mesmo que não sejam suficientes para salvar uma equipe tão propensa aos deslizes.

Lazio

O bom desempenho da Lazio se concentra no futebol direto de sua equipe, com efetividade no ataque e um leque de armas para arrebentar defesas. A fome de gols de Ciro Immobile levou os biancocelesti mais longe na Serie A, sobretudo pelo recorde quebrado pelo artilheiro. Mas não que o time se resuma ao seu protagonista, com outros tantos jogadores importantes por seu papel na conclusão e na criação – a exemplo de Luis Alberto, o grande sócio do matador. Assim, a linha de frente bem orquestrada por Simone Inzaghi deverá chamar atenção. O problema mesmo é a falta de segurança defensiva, que piorou neste começo de temporada e indica uma queda de nível dos laziali. O time se mostra mais vulnerável e não engrena neste início de campanha no Italianão.

Zenit

A estabilidade do Zenit é maior que a de seus concorrentes no Grupo F. Os celestes são comandados por Sergey Semak há três temporadas e, depois do bicampeonato nacional, também despontam na liderança neste novo início de liga. É um projeto endinheirado, mas sem grandes exageros e que serviu para montar uma equipe bem estruturada. O Zenit possui bons nomes em todos os setores, confiando em seus medalhões, mas também em jovens talentos que poderão trazer lucro no futuro – Malcom puxando a fila. E neste ponto está o amadurecimento da equipe ao longo do atual ciclo, com jogadores para causar impacto na Champions, sobretudo do meio para frente. Contudo, os russos precisam apresentar mais na competição.

Club Brugge

O Club Brugge simboliza o bom trabalho realizado no futebol belga com jovens jogadores. Há alguns atletas mais experientes para impulsionar a equipe, mas a base é formada mesmo por talentos pinçados ainda na adolescência. E muitos deles têm vingado, não apenas para ajudar o clube na conquista do Campeonato Belga, como também para torná-lo competitivo na Champions – Emmanuel Dennis, Krépin Diatta, Youssouph Badji e David Okereke merecem menção.. O fato de ser um time que chama pouca atenção em sua chave pode ajudar o Brugge, ao tirar o peso da responsabilidade de seus garotos. Caberá ao técnico Philippe Clement, mais uma vez, explorar esse potencial e traçar as estratégias corretas para incomodar os favoritos. A recuperação na liga nacional, para tomar a ponta na rodada passada, indica tal confiança.

O CRAQUE

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Borussia Dortmund: Erling Braut Haaland

Jadon Sancho talvez seja um jogador mais importante ao mecanismo do Borussia Dortmund, assim como Marco Reus se sobressai por sua liderança. No entanto, haverá um holofote especial sobre Erling Braut Haaland. O centroavante disputará sua primeira temporada completa com os aurinegros. Quase complicou ao PSG nas oitavas de final em 2019/20, embora seus momentos mais expressivos na Champions tenham ocorrido com o Red Bull Salzburg, ainda na fase de grupos. E o norueguês tentará reproduzir o impacto no Signal Iduna Park. Mesmo que a fome de gols não esteja tão absurda como no primeiro semestre, a média do prodígio permanece muito alta e ele será um diferencial na empreitada.

Lazio: Ciro Immobile

Ciro Immobile foi o primeiro jogador a levar a Chuteira de Ouro para a Itália em 13 anos. Também encerrou um período hegemônico no qual apenas Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Luis Suárez se revezavam pelo prêmio na última década. Obviamente, sua vitória também indica a queda dos veteranos, mas os 36 gols marcam um recorde histórico à Serie A. E a Champions será um ótimo palco para o centroavante referendar seu talento. Immobile disputou o torneio continental pela Juventus, pelo Sevilla e pelo próprio Dortmund, mas sem a preponderância que apresenta com os laziali. Limitado à Liga Europa nos outros anos, vai ser essencial às pretensões de seu clube num momento de pressão.

Zenit: Artem Dzyuba

Artem Dzyuba se transformou desde a Copa do Mundo de 2018. De jogador relegado no próprio Zenit, voltou com muito moral do Mundial e se recolocou como protagonista na equipe de Sergey Semak. Não é o jogador mais habilidoso do elenco, longe disso, mas possui muita presença de área e facilita bastante o trabalho dos companheiros. Por isso, permanece como uma peça intocável na formação dos celestes. Foram 25 gols e 26 assistências em 55 jogos nas duas últimas edições do Russão. E a média está ainda mais alta neste início de liga, com seis tentos e quatro assistências após dez aparições. Aos 32 anos, o capitão sabe que o tempo está passando em sua carreira. Por isso, deve chamar ainda mais a responsabilidade no maior dos palcos pela Europa.

Club Brugge: Simon Mignolet

Durante muito tempo, Simon Mignolet foi visto como um dos maiores problemas do Liverpool. Desde que voltou ao futebol belga, virou o principal jogador em atividade no país e liderou o Club Brugge ao título nacional com atuações magníficas. O veterano aproveita bem sua liderança em um elenco essencialmente jovem, além de manter números expressivos de invencibilidade desde a última temporada. Num grupo de tanta voracidade ofensiva, deverá ser um bocado exigido. Por isso mesmo, as esperanças do Brugge se concentram em suas luvas, nem que seja para ir à Liga Europa.

MISTER CHAMPIONS

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Borussia Dortmund: Lukasz Piszczek

Cada vez mais, o Borussia Dortmund se distancia do time bicampeão alemão e finalista da Champions. Marco Reus ainda esteve em Wembley, mas tinha acabado de retornar ao Signal Iduna Park. O único dos nomes frequentes entre os titulares que também ergueu a Salva de Prata foi Lukasz Piszczek. O defensor perdeu seu ápice físico e, por isso mesmo, foi transferido da lateral a um posto mais fixo na zaga. Não é absoluto do time, mas continua útil na proteção e deve ganhar mais sequência após iniciar a temporada com problemas físicos. Vivendo sua última temporada como profissional, aos 35 anos, simboliza um espírito vitorioso que por tantas vezes se perde no BVB.

Lazio: Lucas Leiva

Pepe Reina é o jogador da Lazio com mais partidas disputadas em Champions, mas deve permanecer no banco dos italianos. Dentro de campo, deve ser bem mais valiosa a experiência de Lucas Leiva. O meio-campista viveu períodos de vacas magras com o Liverpool, mas ainda assim disputou quatro edições do torneio continental com os ingleses e contabilizou 25 jogos, com campanhas expressivas principalmente na virada da década. Aos 33 anos, o brasileiro é uma liderança evidente ao time e permanece com sua importância na organização defensiva – um ponto a se melhorar. Já são quatro temporadas no Estádio Olímpico, compartilhando um dos melhores momentos do clube nas últimas décadas.

Zenit: Dejan Lovren

Um dos principais reforços do Zenit na atual temporada, Lovren chega como um grande acréscimo justamente por seu passado na Champions. O zagueiro tem menos aparições no torneio que seu companheiro de defesa, Yaroslav Rakitskiy. Em compensação, disputou uma final e compôs o elenco campeão com o Liverpool há duas temporadas. Apesar da volta por cima, o croata vinha perdendo espaço em Anfield e virou solução em São Petersburgo, para suplantar Branislav Ivanovic. Em pouquíssimo tempo, já se transformou num xerife à zaga e num nome de referência para auxiliar os celestes em seu objetivo.

Club Brugge: Hans Vanaken

Aos 28 anos, Hans Vanaken participou de todas as empreitadas recentes do Club Brugge nas competições continentais. Esteve presente em cinco edições da Champions, contando as preliminares, e três vezes figurou na fase de grupos. E o meio-campista, que chegou a usar a braçadeira de capitão em 2019/20, teve seus momentos de brilho. Chegou a marcar dois gols nos 4 a 0 sobre o Monaco em 2018 e também deixou o seu diante do Real Madrid em 2019. É um jogador com capacidade ofensiva e de criação, que contribui bastante à produção de gols do Brugge por sua precisão. Se não é dos garotos que devem atrair interesse no mercado, merece cuidados pela forma como encabeça a equipe.

A CONTRATAÇÃO

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Borussia Dortmund: Jude Bellingham

O Borussia Dortmund fez um mercado de transferências bastante contido, fruto da pandemia e também dos investimentos ocorridos na última temporada. Emre Can foi o principal medalhão, comprado em definitivo da Juventus. Thomas Meunier veio numa bela oportunidade sem custos, assim como Reinier chegou apenas por empréstimo. Desta maneira, o maior investimento dos aurinegros ocorreu em Jude Bellingham, um garoto de 17 anos com parca amostragem na Championship. E, ainda assim, uma promessa que não demorou a justificar seu preço. O meio-campista vem de boas aparições na Bundesliga, já auxiliando pelo seu dinamismo. É preciso ir com calma em sua ascensão, mas a Champions surge como bela oportunidade de confirmar seu talento.

Lazio: Vedat Muriqi

Analisando friamente, talvez o grande “negócio” da Lazio na atual janela de transferências foi garantir a permanência de Sergej Milinkovic-Savic, um destaque que parece cada vez mais pronto a dar saltos maiores em sua carreira. Os investimentos do clube foram mais voltados a preservar seus destaques, bem como a ampliar seu elenco com reservas úteis. Os novatos pouco atuaram neste início de Serie A. Mas, entre os que vieram, o principal nome é Vedat Muriqi. O centroavante saiu de uma excelente temporada com o Fenerbahçe, apesar do desempenho aquém do clube na Süper Lig. Veio para dar mais sustentação ao ataque, apesar da reserva. De qualquer maneira, é um substituto que pode garantir pontos aos biancocelesti.

Zenit: Wendel

O Zenit tem encontrado boas oportunidades de mercado nas últimas temporadas e não seria diferente desta vez, mesmo que o elenco pareça cada vez mais redondo. A contratação mais cara foi a do volante Wendel, o terceiro brasileiro da legião celeste, que se juntou a Douglas Santos e Malcom. O meio-campista vinha amadurecendo no Sporting e aceitou a proposta de um clube um patamar acima, que briga por títulos e figura na Champions. O novato já começou a aparecer na equipe e pode contribuir especialmente com suas chegadas à frente. O maior desafio é mental, diante dos recorrentes casos de racismo no país, dos quais o jovem já foi vítima.

Club Brugge: Noa Lang

O Club Brugge não gastou com reforços para esta temporada. As adições mais numerosas ao elenco foram de jogadores que saíram da base ou que voltaram de empréstimo. A única novidade de fora é Noa Lang, ponta esquerda de 21 anos emprestado pelo Ajax. O garoto veste a camisa 10, mas disputou apenas uma partida até o momento. Na temporada passada chegou a passar pelo Twente, embora seus melhores momentos tenham ocorrido com o segundo quadro dos Godenzonen

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