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·28 de julho de 2025
Guardiola encerra de vez o ciclo Barcelona

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Em entrevista à revista GQ, Pep Guardiola deixou claro que sua trajetória no Barcelona pertence ao passado e não terá reprise, conforme reportado pelo Mundo Deportivo. O atual treinador do Manchester City afirmou de maneira categórica: "Já se acabou. Se acabou para sempre. Foi muito bonita, mas já se acabou. Voltar como presidente? Não, não sirvo para isso." Guardiola, um dos grandes responsáveis pelos anos dourados recentes do clube catalão, encerra assim qualquer especulação sobre um possível retorno — seja no banco de reservas, seja nos bastidores.
Pep também revelou planos pessoais para o pós-City. Ao fim de seu contrato na Inglaterra, ele pretende fazer uma pausa do futebol — por tempo ainda indefinido. “Um ano, dois anos, três, cinco, dez, quinze…”, sugeriu, sinalizando que está pronto para uma nova etapa fora do ritmo intenso que acompanha seu trabalho há décadas.
O técnico foi questionado sobre Lamine Yamal e as inevitáveis comparações com Messi. Para ele, é cedo e injusto medir o jovem pelo parâmetro do maior ídolo blaugrana. “Acho que o Lamine Yamal deve seguir sua carreira e, quando completar quinze anos jogando, veremos se é melhor ou pior. Só o fato de compararem já mostra que ele é bom, mas Messi é outro patamar. Foram 90 gols em uma temporada ao longo de quinze anos, sem parar, sem lesões. Isso são palavras maiores. Deixem o menino fazer sua história."
Guardiola avaliou ainda o ciclo recente à frente do Manchester City, citando um desgaste natural após tantos títulos na Premier League. “Quando você ganha seis campeonatos, chega um momento em que você baixa. É do ser humano”, analisou. Ele admitiu que talvez mudanças no elenco pudessem ter ocorrido, mas ponderou que o processo de queda foi necessário: "Estivemos 13 ou 14 meses sem vencer, algo inédito. Mas foi saudável, porque o sucesso confunde."
O treinador refletiu também sobre as pressões do cargo: “Eu estive por quatro ou cinco meses em cada estádio ouvindo 60 mil pessoas gritarem: ‘You’ll be sacked in the morning’. Não há outra profissão assim, mas somos muito bem pagos para aceitar isso. Se não quiser, faça outra coisa.” Guardiola apontou que já sentiu mais inseguranças e medos no começo da carreira, mas segue motivado, ainda que reconheça que um dia irá parar.
Por fim, sobre a difícil relação com os atletas, Guardiola enfatizou: “Tenho 23 jogadores e escolho 11 a cada três dias. Os outros sentem que não os quero, mas é justamente ao contrário. Sofro por eles, mas não há outra explicação.”
Para os torcedores do Barcelona, a mensagem é inequívoca: Guardiola fechou o capítulo catalão e, pelo menos para ele, esse ciclo não se reabrirá.
Fonte: Mundo Deportivo
Photo by Paul Miller/Getty Images
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