Trivela
·31 de dezembro de 2022
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·31 de dezembro de 2022
O Everton atravessa uma temporada novamente claudicante, mas conseguiu cumprir uma das tarefas mais duras da Premier League: arrancar um ponto do Manchester City dentro do Estádio Etihad. Parecia que o jogo não fugiria do roteiro esperado, com um gol de Erling Braut Haaland no meio do primeiro tempo. Entretanto, os Toffees tiveram grande espírito de luta e contaram com um golaço de Demarai Gray para deixar tudo igual na segunda etapa. Com muita entrega, numa partida disputadíssima, preservaram o empate por 1 a 1 até o apito final. Jornada ruim ao time de Pep Guardiola, num tropeço custoso às suas pretensões na vice-liderança.
Logo de cara, Haaland precisou de um atendimento médico após uma dividida. Isso quebrou o ritmo inicial da partida. Quando teve a chance, de qualquer forma, o centroavante assustou. Acionado por Kevin de Bruyne aos 11 minutos, Haaland tentou passar por Jordan Pickford e finalizou com pouco ângulo, mas acertou apenas o lado de fora da rede. Que o controle do jogo ficasse com o Manchester City, como esperado, não era uma grande apresentação do time. Faltava repertório e, nas principais tentativas, Pickford saía bem para cortar os cruzamentos.
O poder de fogo do City, ainda assim, não se nega. E uma grande jogada bastou para que o gol saísse aos 24 minutos. De Bruyne e Jack Grealish iniciaram a construção do lance, até que Riyad Mahrez recebesse do lado direito da defesa. O argelino entortou a marcação e rolou para a batida de Haaland, mascada, mas mais uma vez fatal. São 21 gols nesta Premier League. O tento parecia abrir a porteira aos Citizens e o Everton precisou se segurar em meio à turbulência, até que conseguisse sair um pouco mais ao ataque no fim do primeiro tempo. Mas, apesar da recuperação, os Toffees não eram tão contundentes. Quase o segundo gol veio aos 44, num cruzamento de De Bruyne para a cabeçada de John Stones que bateu na trave.
A temperatura do jogo tinha aumentado no fim do primeiro tempo. E o incêndio tomou forma na segunda etapa. O duelo se tornou muito mais pegado, com o Everton bastante aplicado em frustrar as criações ofensivas dos adversários, embora o Manchester City também se mostrasse pouquíssimo criativo. E A loucura estalou aos 19 minutos, quando os Toffees empataram. Demarai Gray arrancou no contra-ataque com muita liberdade e teve todo o tempo do mundo para resolver o que fazer dentro da área. Deu um tapa cruzado na gaveta, sem qualquer chance de defesa para Ederson. Golaço.
A partir de então, o Everton não tinha pudores em jogar pelo empate. Era uma excelente atuação defensiva da equipe, com muita luta e uma dose também de catimba. O Manchester City, todavia, não podia reclamar dos adversários quando a própria equipe caía na pilha de nervos e não conseguia apresentar um bom futebol. O jogo ficava amarrado, até que os Citizens finalmente respondessem aos 37. De Bruyne foi travado e Mahrez parou numa defesaça de Pickford, antes que James Tarkowski também bloqueasse Rodri. Já do outro lado, o Everton desperdiçou uma boa chance de resolver a partida.
Pep Guardiola realizou três mudanças aos 42, com as entradas de Ilkay Gündogan, Phil Foden e Julián Álvarez. A arbitragem resolveu dar generosos 11 minutos de acréscimos, tempo mais que suficiente a uma reviravolta. Mas, em meio ao desespero dos celestes, prevaleceu a solidez defensiva do Everton. Os Toffees sobreviveram às tentativas de alçar a bola na área e Pickford seguia muito atento nos cruzamentos. O abafa continuou até os últimos instantes, mas também a zaga rifava cada chegada e Conor Coady seria essencial em um dos cortes de cabeça. Outro susto veio aos 56, quando Foden surgiu e Seamus Coleman travou. Já o chorinho aconteceu no estouro do relógio, aos 58, em cruzamento de Mahrez que Stones não alcançou.
Para o Manchester City, o resultado soa como uma oportunidade desperdiçada e enfatiza como o time não está em sua melhor forma. A equipe aparece na segunda posição, com 36 pontos, restando secar o Arsenal. Já o Everton volta para casa satisfeito com o pontinho arrancado, depois de três derrotas consecutivas na liga. Com 15 pontos, o time de Frank Lampard é o 16° na tabela, dois pontos acima da zona de rebaixamento.
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