
Central do Timão
·01 de setembro de 2025
Goleira do Corinthians fala sobre momento no clube, torcida, final do Brasileiro e sonho de defender Seleção

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·01 de setembro de 2025
Diante de quase oito mil torcedores no Canindé, o Corinthians empatou com o São Paulo em 2 x 2 na manhã deste domingo, 31, no jogo de volta do Campeonato Brasileiro Feminino. Com o resultado, as Brabas se classificaram para a decisão do torneio, onde enfrentarão o Cruzeiro, além de garantirem vaga na próxima Copa Libertadores em 2026.
Após a partida a goleira Nicole, que se destacou no Majestoso ao defender um pênalti no fim do primeiro tempo, falou com a imprensa. A atleta respondeu a diversos questionamentos, analisando a partida das Brabas, seu próprio desempenho, projetando a grande decisão do Brasileirão e também exaltando suas companheiras na posição, sobretudo Lelê. Confira a seguir as principais respostas:
Foto : Rebeca Reis/ Staff Images Woman/ CBF
Defesa do pênalti
“No pré-jogo a gente sempre procura, recebe um material, estuda um pouco, (…) mas naquele momento é mais um feeling, no momento de adrenalina do jogo, você vai sentido como vai ser. E eu, Nicole, acho que o pênalti é responsabilidade de quem está batendo, a gente quando pega é mérito. Não que a gente não tenha responsabilidade, mas a pressão maior é em quem está batendo. Então minha estratégia é tentar de alguma forma desestabilizar a menina, tentar força ela a bater mal ou para fora.”
“Acho que é fruto de um trabalho coletivo de todo o time, de toda a preparação de goleiro, acho que todo mundo tem um papel importante nisso e fico muito feliz de ter contribuído com o time hoje.”
Convocação para a Seleção?
“Eu procuro não criar expectativas, acho que meu momento é bom, venho fazendo bons jogos, não crio expectativas, mas a gente sempre trabalha pensando. Eu sempre tive o sonho de jogar Olimpíada, Copa do Mundo, toda atleta tem esse sonho, essa vontade. Acho que se a convocação vier vai ser reflexo de um bom trabalho que eu estou fazendo aqui, então meu pensamento é sempre me manter fazendo um bom trabalho.”
Como é jogar contra o São Paulo
“É sempre difícil, é um dos grandes adversários. Esse ano a gente estava um pouco engasgado com elas, acho que gente transformou toda essa energia, essa indignação, em vontade, duelo, em tudo. Acho que fez toda a diferença para por energia e fazer dois grandes jogos, como foram.”
Análise do jogo
“A gente conseguiu a classificação mas deixou a desejar em bastante coisas, teve bastante erros, tanto defensivos quanto ofensivos. A partir de amanhã a gente já vira a chavinha para o Cruzeiro, a gente foca nas qualidades e nos pontos fracos do Cruzeiro, então a preparação segue a mesma, mas a gente muda essa chavinha de acordo com o adversário.”
Expectativa para a final
“Vai ser um grande duelo, um duelo de gigantes. O Cruzeiro fez um grande campeonato. Eu particularmente fico feliz por ver um time que investiu, que a torcida está apoiando, chegar à final. Vai ser um grande espetáculo por todo o contexto do ano, de tudo. É uma equipe muito qualificada e tenho a certeza que a gente vai fazer uma grande apresentação.”
“Acho que a gente chega, como sempre, muito forte. Desde que eu cheguei aqui eu notei que é um time que se agiganta em fases decisivas, em finais, então é um time que está ali sempre preparado, sempre martelando e sempre muito competitivo. Acho que o Corinthians chega com esse ar de quem quer sempre ganhar tudo, e acho que isso é um ponto muito importante para a final. “
Fiel Torcida
“A torcida do Corinthians é diferente. Ano passado, quando eu entrei para jogar a final do Brasileiro na Neo Química Arena, eu fiquei toda arrepiada, eu quase chorei, porque é uma torcida muito diferente. Quando a gente vê a galera lá no ônibus apoiando a gente, dá uma energia diferente. Quando a gente toma um gol eles gritam mais alto ainda, então é uma coisa muito legal.”
Estádios
“A gente começou jogando no Pacaembu, mas eu fui uma das pessoas que sentiu muita dor, no tendão, em tudo, e teve muitas meninas que sentiram dores. Eles trouxeram a opção de jogar aqui no Canindé, e a gente preferiu por conta do gramado. A nossa preferência sempre vai ser para Neo Química, para a final espero que a gente jogue na Neo Química.”
Exaltando a companheira
“A Lelê, ela sempre me apoiou desde o dia que eu cheguei aqui. A gente está disputando a posição mas é uma pessoa muito querida para mim, me ajudou muito aqui no Corinthians. Eu fico feliz de saber que ela está feliz por mim, de saber que o gol está tranquilo, que está bem guardado.”
“Eu cheguei com uma responsabilidade muito grande. Além da pressão de jogar no Corinthians e ganhar tudo, a gente tem essa responsabilidade a mais de representar uma pessoa como a Lelê lá dentro. Não é fácil fazer o que estou fazendo de criar minha própria história, e acho que esse respeito com a torcida vem sendo construído ao longo das partidas, e é fruto de muito trabalho. Sou uma pessoa que acredita muito em trabalho, o trabalho leva muito longe.”
Carreira no clube
“Sentimento que eu tenho com o Corinthians, desde sempre, são momentos muito importantes, muito decisivos. Cheguei aqui numa situação bem difícil, a gente passou por mudanças, por tudo, mas acho que o elenco em si, o time, sempre tem esse espírito competitivo, esse espírito de crescer, de ganhar, e acho que isso dá ênfase de novo, que faz toda a diferença no ambiente, no treinamento, sempre tem esse ar competitivo. E estou muito feliz, acho que a gente vai chegar muito bem para a final.”
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