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·03 de setembro de 2020

George Best: craque, contraditório e popstar no United

Imagem do artigo:George Best: craque, contraditório e popstar no United

“Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres bonitas e carros velozes, o resto eu desperdicei“. Essa é uma das pérolas do gigante George Best. O lendário camisa sete nasceu em Belfast, na Irlanda do Norte, é um dos grandes da história do Manchester United, clube em que mais disputou partidas (470) e o que mais marcou gols (180). Em forma de homenagem ao craque, falecido em 2005 por complicações da cirrose, a coluna Reino Unido pelo Futebol relembra a passagem de Best pelos Diabos Vermelhos.

O inicio meteórico de Best

Best chegou ao Manchester United com apenas 15 anos de idade através de um olheiro do clube. Após dois anos no time de juniores, George estreou no profissional e rapidamente deu resultado. Assim, em sua primeira temporada na equipe principal, já venceu seu primeiro título, a Copa da Inglaterra de 1963. Posteriormente, na terceira temporada como profissional, mais uma conquista. Dessa forma, em 1965 veio o Campeonato Inglês, deixando Leeds United e Chelsea para trás. Nesta temporada, o craque britânico já impressionava por sua velocidade e agilidade para driblar.


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Dois anos depois, mesmo com Ron Davies do Southampton marcando 37 gols na liga, Best colocou novamente os Red Devils em primeiro no Inglês. Com isso, conquistando o sétimo Campeonato nacional do United. Mas o auge da equipe e do norte-irlandês ainda estava por vir.

A temporada mágica de 1967/68

No cenário nacional, o Manchester United em 1967/68 não venceu nenhum título. No Inglês, ficou com vice-campeonato mesmo com Best marcando 28 gols (melhor marca de sua carreira), enquanto nas Copas nacionais nem alcançaram a final. Entretanto, o auge da geração de Best e Bobby Charlton, comandados por Matt Busby chegou no cenário europeu. A Copa dos Campeões (Atualmente Champions League) tinha formato diferente. Portanto, já se iniciava no mata-mata. Dessa forma, o United iniciou seu caminho tranquilo superando Hibernians, de Malta, o Sarajevo, da antiga Iuguslávia, e nas quartas de final, o polonês Górnik Zabrze. A verdadeira pedreira ainda estava por vir.

Nas semifinais, ninguém mais, ninguém menos, que o hexacampeão Real Madrid de Francisco Gento. Mas nem todo esse currículo conseguiu para o próprio Diabo Vermelho, George Best. O norte-irlandês marcou um belo gol de perna esquerda na primeira partida, dando à vitória ao Manchester. No jogo de volta o resultado ficou em 3 x 3, o que levou o time inglês em sua primeira final europeia. E a final marcou a passagem de bastão de Eusebio para Best. Os ingleses conquistaram o título com um sonoro 4 x 1 em cima do Benfica, definido na prorrogação. Para variar, George marcou um dos gols da conquista no Estádio de Wembley. Com tudo isso, o popstar foi eleito o Bola de Ouro do ano de 1968.

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O triste fim do Diabo Vermelho em Manchester

Apelidado de quinto Beattle, ser comparado a Pele e Maradona, aparecer em grandes capas de revistas… Parece tudo em sonho, mas foi nisso em que George Best se perdeu. O que o craque brilhava dentro de campo, acontecia fora das quatro linhas também. Festas, carros velozes, bebidas e mulheres, esses eram os hobbys do britânico, que não soube administra-los, muito menos sua carreira. Dessa forma, com as polêmicas fora de campo, a saída de Sir Matt Busby e o trágico rebaixamento do Manchester United em 1973/74, Best saiu do clube.

Em entrevista ao jornalista Sam Pilger, do jornal britânico FourFourTwo, Best, ao ser questionado “se pudesse fazer tudo de novo, o que mudaria?”, o craque não mostrou arrependimento:

“Nada. Eu tive uma ótima vida. Não queria ter ido a prisão, não queria ter sido proibido de dirigir e não queria me envolver nas brigas. Mas é tudo um processo de aprendizado pelo qual você precisa passar“.

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Estatua de Best, Law e Bobby Chalton. Foto: Divulgação/Manchester United

Após a saída do United, Best passou por 12 clubes em seis países diferentes, até se aposentar em 1985.

Foto destaque: Reprodução/Getty Images

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