Jogada10
·14 de abril de 2023
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·14 de abril de 2023
À deriva após a catastrófica e meteórica passagem do técnico Vítor Pereira pelo clube, o Flamengo mostrou enorme fragilidade na derrota de 2 a 0 para o Maringá pela terceira fase da Copa do Brasil. O resultado até poderia ter sido mais elástico diante da enorme desorganização do time rubro-negro, comandado interinamente por Mário Jorge, treinador do time sub-20. Agora, no jogo de volta, no Maracanã, o Flamengo vai precisar vencer por pelo menos três gols de diferença para chegar às oitavas de final.
As deficiências da equipe deixam ainda mais clara a urgente necessidade de se contratar um novo treinador. O problema é que o sonho de consumo da torcida e da diretoria – o português Jorge Jesus – não tem disponibilidade para vir agora porque está em plena disputa do Campeonato da Turquia comandando o Fenerbahçe. O Flamengo teria que esperar um mês e meio para poder contar com o técnico.
Aí é que o calo aperta. Nesse período, o time terá jogos importantíssimos pela Copa do Brasil e pela Libertadores da América, sem esquecer ao menos oito rodadas do Campeonato Brasileiro. E isso ficaria sob a responsabilidade de um técnico-tampão do sub-20? E se os resultados continuarem sendo desastrosos? Difícil bancar.
Em contrapartida, o retorno de Jorge Jesus seria o exorcismo de um fantasma que há anos assombra o clube. Todo e qualquer treinador que chega ao Flamengo tem que lidar imediatamente com o nome do técnico português, que, de fato, foi o principal responsável pela temporada mágica de 2019. No entanto, não se pode esquecer que ele deixou o clube rubro-negro porque quis, preferindo ir trabalhar à época no Benfica.
Deixar o buraco em que a diretoria do Flamengo se meteu ao contratar Vítor Pereira não será tarefa fácil. O time perdeu todos os títulos que disputou na temporada até aqui, incluindo o Mundial de Clubes, em que viu o sonho desmoronar já na semifinal. Recentemente, foi humilhado pelo Fluminense com um histórico 4 a 1 na decisão do Carioca, com direito a olé. A verdade é simples: com ou sem Jesus, haverá muito trabalho a fazer. E o tempo é mais um grande adversário.