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Futebol Cearense

·02 de dezembro de 2020

Fortaleza promove ação contra o racismo na partida contra o Corinthians

Imagem do artigo:Fortaleza promove ação contra o racismo na partida contra o Corinthians

Foto: Bruno Oliveira/Fortaleza EC

Todos os jogadores pretos entrarão com um alvo nas costas


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Nesta quarta-feira (02), o Fortaleza voltará a campo pelo Brasileirão, em partida válida pela 23° rodada, contra o Corinthians. Para o duelo, a equipe cearense preparou uma ação contra o racismo. A informação foi divulgada pelo jornalista Bruno Formiga, do grupo Turner, em suas redes sociais.

Na ação, todos os jogadores pretos entrarão com um alvo nas costas. Segundo o próprio jornalista, trata- se de: ”Uma campanha que reflete sobre como uma parcela da população sofre bem mais com a violência que o restante. É estatística pura.”

Que dados o clube quer chamar à atenção?

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), negros somam 75,9% dos brasileiros assassinados entre os anos de 2008 a 2018. Os estados que concentraram as maiores taxas de homicídios contra pessoas negras estão nas regiões Norte e Nordeste, com destaque para Roraima (87,5 mortos para cada 100 mil habitantes), seguido por Rio Grande do Norte (71,6), Ceará (69,5), Sergipe (59,4) e Amapá (58,3).

O estudo traz ainda que em 2018, os homicídios foram a principal causa das mortes da juventude masculina brasileira, representando 55,6% das mortes de jovens entre 15 e 19 anos, 52,3% daqueles entre 20 e 24 anos e 43,7% dos que estão entre 25 e 29 anos.

Posicionamento de clubes

No Brasil, a ampla maioria dos clubes são instituições sociais. Mas poucos lutam por causas problemáticas da sociedade. O Bahia, é um grande exemplo de agremiação que ”nadou contra a maré” e tem tido campanhas de sucesso por causas como: Intolerância religiosa, derramamento de óleo na costa do litoral no Nordeste e contra o racismo também.

O próprio Fortaleza tem tido um bom desempenho em movimentos sociais. O clube já teve ações como a de incentivo a doação de sangue, onde retirou as letras O, A e B da fachada de sua sede e contra a homofobia nos estádios.

Recentemente, dezenas de clubes se uniram em apoio a influenciadora Mariana Ferrer, que foi hostilizada em audiência virtual no caso onde acusa um empresário de estupro.

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